Capítulo 48 - Filhos

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Um ano depois…

Camila Cabello  |  Point of View




Eu estava olhando os relatórios do mês, está tudo indo muito bem, não é uma coisa muito lucrativa, mas é algo que eu gosto e está preenchendo meu tempo perfeitamente bem.

Já Lauren trabalha muito mais que eu, saí mais cedo e chega mais tarde, mas ela está em uma crescente admirável, ela sempre achou que não era algo dela, só que acabou encontrando uma paixão ali.

— Como está o balanço?

— Bom. Bem melhor do que imaginei.

— Ótimo. Sai mais cedo do trabalho hoje para tomarmos um uísque. Na sua casa ou na minha?

— Vamos para minha, a Cacau está ansiosa para voltar.

Prendi a coleira nela, olhei uns pedidos antes de sair do galpão.

— Toda vez que olho os projetos, sinto vontade de comprar uma bicicleta.

— Te dou uma se prometer que vai pedalar.

— Posso pensar a respeito disso.

Fomos para minha casa em carros diferentes, chegamos quase juntos e ele estacionou ao meu lado na garagem.

Entramos na sala e eu tirei meus calçados e abri a porta do quintal para Cacau correr e se aliviar, depois voltei para me atirar no sofá e ele me entregou o copo.

— O carro de Lauren está na garagem?

— Sim, ela só anda com a bicicleta que eu fiz para ela. Esse carro dela só dá problema, eu estou pesquisando um melhor para substituir esse.

— Esses recarregáveis são complicados mesmo.

— Eu achei um legal, vai ser um pouco caro, mas melhor do que ela ficar pedalando sozinha ela cidade. Ainda bem que ela não é extremamente radical, pois aceita as minhas caronas e as do pai.

— Eu gosto da forma que ela vê a vida. É muito legal mesmo. Ter essas certezas e tudo mais, sinto falta dela, mesmo sabendo que é algo comum, pois ela está fazendo muito sucesso, tenho um brilho egoísta querendo ela mais tempo comigo.

— Entendo você, mas como você disse, faz parte. – Ele levou mais um gole a garganta e fez uma careta. — E os filhos?

— Que filhos?

— Vocês compraram roupinhas, tratam a Cacau como uma criança e isso me parece sinal claro de um filho sendo planejado.

— Não! Isso… não!




Lauren Jauregui  |  Point of View




Ouvi os barulhos de Camila chegando e não me apressei, achando que ela viria para o banho, mas como ela demorou acabei desistindo.

Coloquei uma roupa confortável e fui descendo as escadas, Camila estava conversando com Robbie.

— Calma. Foi só uma pergunta. – Ele disse e ela foi até o bar.

— Estou calma, mas não é algo que não está nos nossos planos. E nem sei se vou ser mãe um dia, isso é muito complexo e eu não tenho uma noção de como ser uma boa mãe.

— Somos uma família, você se sairia muito bem e nós ajudaremos você.

— Mesmo assim, eu teria que envolver vocês em mais uma coisa e nem preciso me preocupar com isso, nós nem falamos sobre isso, nós quase nem nos vemos.

— A Lauren sabe que você pensa assim?

— A Lauren deve pensar da mesma forma, ela nem fala sobre isso e tals.

— Mas você tem um pau, sua opinião não vale. Todos depois de uma certa idade querem filhos. Não sei, acho que as relações são isso.

— Talvez nossa relação seja diferente.

Resolvi que era o momento de entrar na sala e acabei assustando os dois.

— Lauren! – Robbie disse levantando e me abraçando. — Roubei sua mulher por uns minutos.

— Alisha e você podem tudo. Onde ela está?

— Ainda no curso, sinto falta daquela mala. – Ele respondeu e eu fui abraçar Camila.

— Como está?

— Surpresa. Chegou cedo?

— Sim, meu pai me deixou aqui hoje.

— Que bom. – Ela me beijou e acariciou meu rosto após arrumar meu cabelo. — Linda. – Ela beijou meu rosto e ela sorriu a abraçando apertado.

— Eu vou deixar vocês sozinhas, pois fiquei de buscar minha mãe no aeroporto. Nos vemos amanhã?

— Sim, vou passar na sua empresa cedo. – Ele beijou a testa dela e acariciou meu braço, saindo da nossa casa.

Cacau fez uma festinha assim que percebeu minha presença, mas logo voltou ao quintal para latir ao vento.

— Se eu soubesse que viria cedo teria corrido para casa hoje.

— Queria fazer uma surpresa.

— Me avise, amor. Perdemos tempo longe uma da outra. – A beijei e ela relaxou um pouco seus ombros onde minhas mãos repousavam.

Ficamos em um beijo lento, ela se virou para largar o copo e segurar minha cintura entre suas mãos.

— Preciso de um banho, Lo.

— Tudo bem, vou preparar o jantar para nós e algo para Cacau.

— Eu ajudo você, não vou demorar. – Ela beijou minha testa e subiu as escadas.

Fiquei pensando no que fazer, Cacau me encarava atenta, cuidava os meus movimentos como se eu estivesse fazendo algo muito perigoso.

Será que a Camila vai pensar isso sobre filhos por muito tempo?

— Ela é uma bobona, trata você como um filha. – Falei com Cacau e ela começou a balançar o rabinho.

— Eu pensei em irmos para a casa na praia sexta. Podemos sair mais cedo do trabalho e ir direto para lá.

— Ótima ideia, amor. Vamos fazer isso.

— Precisa de ajuda? – Ela disse me abraçando e beijando minha nuca.

— Só ajude não sendo tão charmosa.

— São só carinhos.

— Sabemos o que seus carinhos fazem comigo.

— Talvez… – Ela mordeu meu ombro.

— Está jogando sujo.

Ela sorriu e após acertar meu bumbum com um tapinha, foi até a adega e abriu um vinho para nós.

— Quer me embebedar também?

— Só quero aproveitar ao máximo a noite com meu amor. – Ela selou nossos lábios.

— Bom… – Caminhei até ela e abracei seu pescoço. — O que me diz de irmos para a casa de praia na quarta?

— Sério?

— Sim, organizamos tudo entre hoje e quarta pela manhã, saímos a tarde.

— Perfeito. Isso vai ser maravilhoso, amor.

Ficamos ali trocando carinhos, ela falou várias vezes que sentia falta de ficar assim comigo e eu me senti bem culpada por não estar tão presente para ela.

Reorganizei minha agenda, depois fomos para piscina e ficamos até tarde ali. Antes de ir dormir, colocamos a Cacau na cama, que já está ficando pequena para ela.

NÃO ESQUEÇAM!

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