Um ano depois…
Camila Cabello | Point of View
Eu estava olhando os relatórios do mês, está tudo indo muito bem, não é uma coisa muito lucrativa, mas é algo que eu gosto e está preenchendo meu tempo perfeitamente bem.
Já Lauren trabalha muito mais que eu, saí mais cedo e chega mais tarde, mas ela está em uma crescente admirável, ela sempre achou que não era algo dela, só que acabou encontrando uma paixão ali.
— Como está o balanço?
— Bom. Bem melhor do que imaginei.
— Ótimo. Sai mais cedo do trabalho hoje para tomarmos um uísque. Na sua casa ou na minha?
— Vamos para minha, a Cacau está ansiosa para voltar.
Prendi a coleira nela, olhei uns pedidos antes de sair do galpão.
— Toda vez que olho os projetos, sinto vontade de comprar uma bicicleta.
— Te dou uma se prometer que vai pedalar.
— Posso pensar a respeito disso.
Fomos para minha casa em carros diferentes, chegamos quase juntos e ele estacionou ao meu lado na garagem.
Entramos na sala e eu tirei meus calçados e abri a porta do quintal para Cacau correr e se aliviar, depois voltei para me atirar no sofá e ele me entregou o copo.
— O carro de Lauren está na garagem?
— Sim, ela só anda com a bicicleta que eu fiz para ela. Esse carro dela só dá problema, eu estou pesquisando um melhor para substituir esse.
— Esses recarregáveis são complicados mesmo.
— Eu achei um legal, vai ser um pouco caro, mas melhor do que ela ficar pedalando sozinha ela cidade. Ainda bem que ela não é extremamente radical, pois aceita as minhas caronas e as do pai.
— Eu gosto da forma que ela vê a vida. É muito legal mesmo. Ter essas certezas e tudo mais, sinto falta dela, mesmo sabendo que é algo comum, pois ela está fazendo muito sucesso, tenho um brilho egoísta querendo ela mais tempo comigo.
— Entendo você, mas como você disse, faz parte. – Ele levou mais um gole a garganta e fez uma careta. — E os filhos?
— Que filhos?
— Vocês compraram roupinhas, tratam a Cacau como uma criança e isso me parece sinal claro de um filho sendo planejado.
— Não! Isso… não!
Lauren Jauregui | Point of View
Ouvi os barulhos de Camila chegando e não me apressei, achando que ela viria para o banho, mas como ela demorou acabei desistindo.
Coloquei uma roupa confortável e fui descendo as escadas, Camila estava conversando com Robbie.
— Calma. Foi só uma pergunta. – Ele disse e ela foi até o bar.
— Estou calma, mas não é algo que não está nos nossos planos. E nem sei se vou ser mãe um dia, isso é muito complexo e eu não tenho uma noção de como ser uma boa mãe.
— Somos uma família, você se sairia muito bem e nós ajudaremos você.
— Mesmo assim, eu teria que envolver vocês em mais uma coisa e nem preciso me preocupar com isso, nós nem falamos sobre isso, nós quase nem nos vemos.
— A Lauren sabe que você pensa assim?
— A Lauren deve pensar da mesma forma, ela nem fala sobre isso e tals.
— Mas você tem um pau, sua opinião não vale. Todos depois de uma certa idade querem filhos. Não sei, acho que as relações são isso.
— Talvez nossa relação seja diferente.
Resolvi que era o momento de entrar na sala e acabei assustando os dois.
— Lauren! – Robbie disse levantando e me abraçando. — Roubei sua mulher por uns minutos.
— Alisha e você podem tudo. Onde ela está?
— Ainda no curso, sinto falta daquela mala. – Ele respondeu e eu fui abraçar Camila.
— Como está?
— Surpresa. Chegou cedo?
— Sim, meu pai me deixou aqui hoje.
— Que bom. – Ela me beijou e acariciou meu rosto após arrumar meu cabelo. — Linda. – Ela beijou meu rosto e ela sorriu a abraçando apertado.
— Eu vou deixar vocês sozinhas, pois fiquei de buscar minha mãe no aeroporto. Nos vemos amanhã?
— Sim, vou passar na sua empresa cedo. – Ele beijou a testa dela e acariciou meu braço, saindo da nossa casa.
Cacau fez uma festinha assim que percebeu minha presença, mas logo voltou ao quintal para latir ao vento.
— Se eu soubesse que viria cedo teria corrido para casa hoje.
— Queria fazer uma surpresa.
— Me avise, amor. Perdemos tempo longe uma da outra. – A beijei e ela relaxou um pouco seus ombros onde minhas mãos repousavam.
Ficamos em um beijo lento, ela se virou para largar o copo e segurar minha cintura entre suas mãos.
— Preciso de um banho, Lo.
— Tudo bem, vou preparar o jantar para nós e algo para Cacau.
— Eu ajudo você, não vou demorar. – Ela beijou minha testa e subiu as escadas.
Fiquei pensando no que fazer, Cacau me encarava atenta, cuidava os meus movimentos como se eu estivesse fazendo algo muito perigoso.
Será que a Camila vai pensar isso sobre filhos por muito tempo?
— Ela é uma bobona, trata você como um filha. – Falei com Cacau e ela começou a balançar o rabinho.
— Eu pensei em irmos para a casa na praia sexta. Podemos sair mais cedo do trabalho e ir direto para lá.
— Ótima ideia, amor. Vamos fazer isso.
— Precisa de ajuda? – Ela disse me abraçando e beijando minha nuca.
— Só ajude não sendo tão charmosa.
— São só carinhos.
— Sabemos o que seus carinhos fazem comigo.
— Talvez… – Ela mordeu meu ombro.
— Está jogando sujo.
Ela sorriu e após acertar meu bumbum com um tapinha, foi até a adega e abriu um vinho para nós.
— Quer me embebedar também?
— Só quero aproveitar ao máximo a noite com meu amor. – Ela selou nossos lábios.
— Bom… – Caminhei até ela e abracei seu pescoço. — O que me diz de irmos para a casa de praia na quarta?
— Sério?
— Sim, organizamos tudo entre hoje e quarta pela manhã, saímos a tarde.
— Perfeito. Isso vai ser maravilhoso, amor.
Ficamos ali trocando carinhos, ela falou várias vezes que sentia falta de ficar assim comigo e eu me senti bem culpada por não estar tão presente para ela.
Reorganizei minha agenda, depois fomos para piscina e ficamos até tarde ali. Antes de ir dormir, colocamos a Cacau na cama, que já está ficando pequena para ela.
NÃO ESQUEÇAM!
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Veneno
FanfictionFui presa aos 14 anos e aprendi a me virar como pude enquanto passava pelo inferno. Agora com 27 anos e com minha liberdade muito próxima, vou contar com a ajuda dos meus leais amigos para me reintegrar à sociedade. Querem saber meu crime? Se eu sou...