Capítulo 07 - A ilusão de uma vida normal... só para culpados.

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Camila Cabello  |  Point of View




Confiança para o pai de Robbie era algo bem complicado, pois ele me colocava em quase todas as entregas, nem bem chegava ao prédio e lá estava meu bipe descontrolado.

— Uau, como consegue tantas bipadas?

— Não sei mesmo.

— O senhor Amell conhece você?

— Desde pequena.

— Então é isso. – Ele mal terminou de falar e lá estava o meu bipe novamente.

Subi até a sala de Christopher e ele sorriu.

— Camila, última assinatura da semana. Pode ir direto para casa.

— Obrigado.

Pedalei até não sentir mais minhas pernas, pois queria entregar os documentos rápido e para ir embora. Deixei com a.secretária do cara e falei que pegaria na segunda pela manhã, já que ele não estava mais ali.

O caminho até a casa foi bem estranho, pois eu estava muito nervosa com a festa e com tudo que podia acontecer nela. O pior era pensar que nada podia acontecer nela, não poderia revelar meu nome, se alguém me reconhecesse ali seria meu fim. Apesar que só existem fotos minhas antes de ser presa, eu era uma criança, mudei muito nesse tempo. Só que sempre tem isso, a cabeça fica fervilhando e nunca tem um pouco de paz.

Alisha e Robbie estavam se arrumando no quarto deles, demoraram para me ver ali.

— Mila, que bom que saiu cedo hoje.

— Vai se arrumar, depois vem cá para eu maquiar você.

— Certo.

Falei e fui para o banho, analisei a quantia absurda de pelos e achei que seria melhor tira-los, mas isso requer tempo e talvez um aparelho de cortar cabelos.

Sorri com isso e sai do chuveiro, havia uma roupa sobre a cama e deduzi que fosse a que eu deveria vestir.

Assim que fiquei pronta fui ao quarto de Ro e Alisha me fez sentar à sua frente.

— Você é maravilhosa, não vai ser preciso muito. Só destacar esse olhão e sua boca. Lauren vai ter que ser rápida,.pois todas vão querer você. Se não fosse minha bebê eu te beijava agora mesmo. – Corei violentamente com aquilo, achei bobo, mas extremamente fofo o jeito que ela falava comigo.

Ela fez e ficou bem legal mesmo, nada muito chamativo e nós três estávamos muito pegáveis. Espero que Lauren ache o mesmo.

Chegamos ao lugar e estava lotado, muitas pessoas bêbadas por metro quadrado. Alisha viu alguém e caminhou apressada.

— Sara... ei. – A loira olhou e abraçou alisha calorosamente.

— Ainda bem que conseguiram vir!

— Sim, parece ótima. Você está linda.

— Obrigada!

— A Jauregui veio na festa?

— Sim.

— Minha amiga aqui a conhece e quer vê-la.

— Bom... se conhece a Lauren sabe que ela está abraçando uma árvore qualquer no momento. – Eu sorri e acenei para os dois que ficaram ali com a loira.

Procurei pelas árvores e realmente Lauren estava escorada em uma, com mais pessoas ao seu redor.

— Lauren... – Ela fixou o olhar em minha direção, mas estava escuro. Todos me olharam e aquilo me deixou mais nervosa.

— Karla. – Ela disse caminhando em minha direção. — Caralho! Isso sim é golpe cósmico. O que faz aqui?

— Minha amiga foi convidada e Robbie comentou que você estava nesta turma, achei que seria legal ver você. – Falei apertando minhas mãos, estava muito nervosa. — Se for muito estranho eu posso ir...

— Não. Que bom que você veio, não consegui achar você em nenhuma rede, procurei por Karla no Instagram do Robbie e não achei nada.

— Eu não tenho redes sociais, não tenho nem celular.

— Uau... isso sim é bem estranho.

— Comecei a trabalhar agora, tive uns problemas aí.

— Quem não tem? – Ela segurou meu braço. — Pessoal, essa é a Karla. Karla, esses são meus amigos, Henry, Liana e Emilia são meus melhores amigos. – Eu apertei a mão de todos e sentei ao lado do tal de Henry.

Era ruim de conversar ali, eles tinham os assuntos e eu não tenho muitas vivencias para compartilhar com pessoas estranhas.

— Nós vamos dançar um pouco. – A loirinha falou fazendo sinais para os outros.

— Desculpe entediar vocês. – Comentei me sentindo um ET por não interagir muito.

— Não, nós gostamos de você, mas Lauren nos mandou mensagem para deixar as duas sozinhas. Fica a dica. – Ela disse e piscou para mim.

A outra moça gargalhou e eu corei novamente, isso parecia um daqueles sonhos que eu tinha de uma vida normal com tudo dando certo.

— Você não falou muito. – Ela disse sentando ao meu lado. — Gosta de observar?

— Eu não sou muito de sair e o meu círculo é só o Robbie e a Alisha.

— Entendi, mas isso é bom. – Ela colocou a mão sobre a minha perna. — E sua família?

Eu juro que me faltou o ar neste momento, foi um desespero tão grande, queria sair correndo.

— Tudo bem?

— Sim. Só tenho problemas com minha família.

— Ah... não precisamos falar sobre isso mesmo.

— Desculpe... – Levantei. – Você deve me achar uma estanha, acho melhor eu ir embora...

— Não. Eu não acho isso, não precisa ficar nervosa. – Ela levantou e pegou minhas mãos. — Gosta de natureza?

— Sim. – Falei tentando me acalmar. — Eu gosto de liberdade, acho que não se pode ser mais livre do que em meio a natureza e perto de pássaros cantando. – Ela sorriu.

— Adorei o fato de você usar bicicleta. Tem ideia do bem que faz ao planeta por causa dessa simples escolha?

— Você tem uma também?

— Não, mas meu carro é elétrico.

— Elétrico? – Ergui a sobrancelha.

— Sim. Eu recarrego ele, não emite todos os gases que o carro comum emite.

— Incrível. – Ela se aproximou e abraçou meu pescoço, nos deixando extremamente próximas.

— Eu vou beijar você agora. – Assenti, nunca tinha beijado na minha vida, minhas experiências não precisaram de beijos, mas acho que não vai ser tão difícil.

Ela tocou meus lábios com os dela e meu estômago começou a revirar. Abracei a cintura dela e imitei seus movimentos.

Depois eu subi um pouco minha mão para aprofundar mais o beijo, sei lá o que eu estava fazendo, mas ela não reclamou, apenas aproximou mais meu corpo contra o dela.

Quando paramos ela acariciou meu rosto, selou nossos lábios uma vez e olhou para a casa.

— Eu adoro essa música! Vamos dançar?

— Eu não sei dançar.

— Eu ajudo você.

Ela me arrastou para casa e Ro e Alisha estavam com moças, fiz um positivo para eles que me retribuíram.

NÃO ESQUEÇAM!

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