Lauren Jauregui | Point of View
Meus amigos vieram jantar na minha casa, havíamos terminado a última prova da faculdade a tarde, provavelmente já éramos arquitetos e eu seguiria os passos do grande Jauregui na empresa dele… nossa empresa.
— Eu amo tanto a comida daqui.
— Marly é maravilhosa mesmo, ela faz uma empada de legumes que me faz ajoelhar.
— Pensei que a única que te fizesse ajoelhar era a Camila. – Eles gargalharam com o comentário de Emilia e eu neguei.
— Ainda não, mas será um prazer. – Ela revirou os olhos.
— Você é nojenta, Lauren. Sério. – Henry falou e foi minha vez de gargalhar.
— Mas conta como foi, no dia nem falamos muito sobre, foram tantas provas.
— Nem me fala, minha cabeça dói só de lembrar.
— Como foi?
— Foi ótimo. É como estávamos falando aquele dia, sexo é muito mais química do que experiência, se as pessoas têm uma conexão e as energias combinam, vai ser ótimo.
— Concordo com você, lembro quando nós ficamos com a Lily, primeiro você e me assustou muito falando que ela era péssima na cama, mas eu achei incrível.
— Isso mesmo. Eu gosto tanto da Camila, de conversar com ela, estar com ela. – Falei isso, na verdade eu já estava com saudade dela.
— O pau dela é normal?
— Emília! – Henry exclamou e ela deu os ombros.
— Como se você não quisesse saber também.
— É normal sim. Eu li tanto sobre, falando que podia ter alguma anomalia, mas ele é perfeitinho.
— É pequeno?
— Ei. Vocês vão querer saber da minha experiência ou dela?
— Ela está certa. Eu estou feliz por vocês, Lauren. Me sinto mal por não ter te dado o incentivo necessário no começo, mas eu estava com medo dela surtar e desistir.
— Sim, vocês foram péssimos conselheiros nesse período, mas eu sempre senti algo forte por ela, algo bem difícil de ser superado por algo momentâneo.
— Acha que ela é sua pessoa? Pensa em casar com ela? – Fiquei encarando Diana, ela uma pergunta bem válida.
— Acho que nunca falamos sobre casamento, eu nunca pensei sobre isso na verdade.
— Você também falava isso sobre namoro e ela acabou te surpreendendo.
— Eu tinha uma visão diferente sobre o relacionamento antes do pedido. Achei que ela não estava de tudo nisso.
— Ela também passou por alguns perrengues.
— Engraçado ela ter se tornado tão calma e focada em tudo. As pessoas costumam ficar péssimas depois de uma situação como essa.
— Ela é um doce, vocês não a vêem muito, por conviverem pouco com ela, mas ela chega a ser fofa em certas situações. É tão lindo ver aquela gostosa toda tatuada com atitudes de um bebê.
— Céus! Você está muito apaixonada.
— Estou. Mega apaixonada e não me envergonho disso.
— Pede ela em casamento, aproveita que acabou a faculdade e ela está recomeçando a vida.
— Seria muito precipitado, mas quero conversar com ela a respeito disso. Sei lá, passamos mais tempo juntas, nem lembro qual foi a última vez que dormi na minha casa, só quero saber a visão dela sobre isso.
— Ela nem deve pensar nisso.
— Amanhã nós vamos escolher a casa dela ou apartamento, não sei ainda, ela me chamou.
— Seria um momento bem propício.
— Só não a assuste.
— Não vou.
— Gostei da ideia. – Ouvi minha mãe, ela estava escorada no batente da porta.
— Sem pressão, mãe.
— Aprova a nora, Senhora Jauregui? – Henry perguntou e ela assentiu.
— Sempre gostei de Camila, ela é uma moça adorável.
— Isso é verdade, até quando soube da verdade, meus pais foram os primeiros a me pedir para ouvir o lado dela.
— Nós pais sempre sabemos. – Ela beijou minha testa.
— Vão conseguir deixar a Lauren sair do ninho?
— Se for para perto. – Ela disse e eu revirei os olhos. — Mas os domingos vão ser sagrados com nossos almoços.
— Vão sim, mãe, não se preocupe com isso. – A abracei e o assunto ficou diferente depois disso. Falamos sobre o futuro e como seriam as coisas depois da faculdade.
×××
Camila nunca me pareceu do tipo exigente, mas estamos deixando a corretora sem muitas opções.
— Camz. O que exatamente você tem em mente?
— Eu não sei, Lauren, mas nada me vez sentir em casa ainda.
— Bom… não precisa ter pressa, só quando se sentir bem mesmo deve decidir, pois é uma grande decisão.
— Tudo bem. – Ela entrelaçou os dedos aos meus, segurando minha mão com força. — Acho que você deve gostar também, pois vamos passar bastante tempo juntas.
— Acha mesmo?
— Sim. – Ela beijou minha testa e a abracei, estávamos entrando na oitava casa, Alisha teve uma emergência e teve que nos deixar, Robbie está viajando a negócios, mas disse que não queria compactuar com isso de qualquer forma. Ele está muito chateado na verdade.
— Essa é a mais afastada da cidade, mas compensa pelo quintal muito amplo e tem um sótão e porão recentemente restaurados.
Camila estava atenta as paredes e ao piso do lugar. Ela passou a mão pelo corrimão da escada enquanto subíamos.
— Tem vários quartos, se pretendem começar uma família é um ótimo lugar. – Camila não falou nada, apenas assentiu e olhou para o quarto.
— Esse sótão é teve o piso trocado, agora é de madeira Ipê.
— Minha namorada não curte nada que afete a natureza. – Olhei para Camila como se ela tivesse falado um eu te amo, foi bem perto disso na minha percepção.
— Não precisa se preocupar com isso, só aceitamos casas com madeira na construção se estiverem com certificado de reposição florestal, inclusive terão uma cópia quando receberem a escritura. – Camila me olhou como se pedisse permissão e eu assenti.
— Eu gostei dessa casa, mas vamos ter que decorar ela de novo. Me ajuda com isso depois? – Ela falou e eu assenti. — Vamos ficar com ela.
A moça deve ter dado graças a Deus, explicou como funcionaria a compra e eu estava agarrada a cintura de Camila, com essa minha necessidade enorme de sempre estar em contato com ela. Ela tocava minhas mãos que estavam contra sua barriga conforme assinava alguns papéis.
Finalmente chegamos na casa de Robbie e Camila despencou no sofá. Preparei algo para comermos e ela acabou pegando no sono e eu fiquei admirando ela dormir como uma tola. Eu estou muito apegada a ela, isso é fato e espero que ela sinta as mesmas coisas por mim.
A deixei ali para organizar nossas roupas para o coquetel, deixei tudo sobre a cama dela e a deixei dormir bastante, pois ficaríamos até tarde da noite no tal evento.
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Veneno
Hayran KurguFui presa aos 14 anos e aprendi a me virar como pude enquanto passava pelo inferno. Agora com 27 anos e com minha liberdade muito próxima, vou contar com a ajuda dos meus leais amigos para me reintegrar à sociedade. Querem saber meu crime? Se eu sou...