Capítulo 23 - A noite em que tudo deu errado

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Lauren Jauregui  |  Point of View




Na festa da faculdade arrumei qualquer sofá para me sentar e logo estava rodeada por meus amigos. A minha cabeça quase girava com a música alta e o amontoado de tagarelas me deixava mais confusa.

— Camila não quis vir?

— Não. Ela não gosta de aglomerações.

— Ela estava naquela festa?

— Ela está mentindo para mim! – Esbravejei como se fosse algo óbvio e que todos devessem saber os meus problemas.

— Ei! – Henry ponderou e eu respirei fundo.

— Me desculpe, mas ela está, eu sinto essas coisas, vocês sabem! Ela está mentindo e certamente tem outro compromisso.

— Acha que ela está com outra?

— Não! Camila não é assim, mas ela vai fazer algo importante está noite e estou agoniada com isso.

— Quer ir ver ela?

— Ela não está na casa dela e não consigo falar com os amigos dela. Parece que todos sumiram e isso me deixa muito irritada. Ela sempre me exclui das coisas importantes.

— É recente, Lauren. Olha a quantia de coisas que ela enfrenta, ela só está te protegendo de certas coisas e acho muito correto da parte dela. Você não precisa se martirizar por dores dos outros, Laur. Amor não é isso. – Liana me confortou e apertou minha mão.

— Espero que tudo fique bem, mas algo aqui. – Coloquei a mão sobre o peito. — Algo está errado.

— Você está apaixonada?

— Eu quero me apaixonar totalmente por ela, mas ela precisa destruir essa parede que ela montou para se proteger..Entendo completamente, mas estou me esforçando muito e ela precisa fazer o mesmo.

— Normal ela não ter muita cabeça para essas coisas agora. Relaxa um pouco, você está muito tensa ultimamente.

— Você costuma ser muito paciente, Lauren. O que aconteceu para essa ansiedade toda? – Henry completou a frase da Liana.

— Não sei. Camila é diferente.

— É a falta de sexo.

— Emília!

— Qual é, Lauren? Sabemos que sua cultura natural exala sexualidade e você está na seca com a Camila.

— Não me resuma a sexo, Em. Já conversamos sobre isso.

— Você brigou comigo naquele dia e não me convenceu. – Revirei os olhos e Henry sentou ao meu lado.

— Se é ou não, uma foda não se dispensa e estamos em uma festa e você está solteira. Ela nunca vai saber se você ficar com alguém para extravasar suas emoções. O Senhor Whittle ali está sempre a sua disposição, sabe disso, Laur. Pare de se torturar se a solução está do seu lado.

— Verdade. Aproveite a noite e como ela está mentindo mesmo, será chumbo trocado.

Eles me arrastaram para o centro da sala e começamos a dançar.



Camila Cabello  |  Point of View




O meu nervosismo era evidente. Estou mentindo novamente para Robbie, Alisha e para Lauren. Falei aos meus amigos que sairia com Lauren e a mesma que tinha um compromisso. Meus amigos foram jantar com os pais e Lauren tinha alguma festa para ir, o que fez de meu plano quase perfeito. Os seguranças me deixaram na frente da casa de Lauren. Peguei a chave no esconderijo e passei por dentro da casa o mais sorrateiro que consegui.

Após algumas invasões de quintais, consegui sair pelo outro lado e os seguranças novamente dormiram no ponto.

Juan me convidou para jantar, Sofia vai estar lá e ele quer tentar nos aproximar mais uma vez. A última tentativa ele falou, preciso ver Sofia, talvez com ele por perto ela me entenda... talvez ele a acuse e ela lembre de algo. Estou à espera de qualquer milagre.

— Não acredito. – Olhei para trás e Sofia estava ali. Eu estou parada em frente ao prédio, pensando nas possibilidades e agora ela está aqui.

— Nós três precisamos conversar.

— Não. Você precisa sair da nossa cola, nossos pais não vão voltar e só isso me faria perdoar você.

— Eu não fiz nada, Sofia. Só protegi você.

— Não. Pare de me culpar, sua doente. Juan sabe que foi você, concorda comigo, ele só sente pena por ser bom demais. Até com um monstro. – Ela entrou no prédio apressada e eu a segui.

— Sofi, eu não sou um monstro... – Não consegui terminar a frase e ela já estava dentro do apartamento de Juan, tentou fechar a porta, mas a impedi.

— Que inferno! Juan! Você sempre ajudando essa... que porra é essa? – Ela disse após tropeçar. Era uma lona cobrindo o chão da sala. Ele sabe? Foi então que as ideias começaram a se organizar na minha cabeça.

— Pode parecer loucura, mas seriamos mais felizes se eles morressem. – Ela me encarou e eu me aproximei dela.

— Viu! Finalmente vai confessar?

— Eu ouvi essa frase faz muito tempo, Sofia. Vamos embora daqui.

— O que? – Eu segurei o braço dela. — Me solta, sua doida.

— Vem logo, Sofia... – Nos viramos e Juan estava escorado na porta já fechada.

— Eu não quis atrapalhar a pequena discussão de vocês. É muito rancor e isso prejudica muito nossas vidas.

— Juan, acho que você está certo, Sofia e eu não vamos nos acertar, preciso mesmo tocar minha vida e vamos esquecer isso.

— Eu avisei você, Camila. Você e essa persistência irritante me tiraram do eixo. Doce Sofia... – Ele disse olhando para ela.

— Você está estranho.

— A Sofia está atrasada, Juan. Ela esqueceu um compromisso... – Falei tentando caminhar até a porta, mas ele tirou a chave da porta e parei no mesmo instante, eu poderia brigar com ele, mas a arma em sua mão me fazia temer por nossas vidas. Sofia não estava entendendo o que estava acontecendo, ela estava confusa e eu queria falar, mas não sabia como o Juan faria, já que seu rosto possuía um sorriso estranho.

— Isso é uma arma? – Sofia perguntou quando ele trocou a arma de mão e ele gargalhou.

— Demorou para perceber, irmãzinha, Camila está quase morrendo, pálida e tremendo, você demora muito para pegar os sinais, mas eu só preciso saber de uma coisa... já jogaram roleta russa?

NÃO ESQUEÇAM!

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