Lauren Jauregui | Point of View
Estava esperando Camila se aprontar para irmos ao coquetel, Sofia ligou umas seis vezes para o celular dela e isso está começando a me irritar.
Ela deixou o celular aqui no sofá, ela nem liga muito para ele, então eu o desliguei. Não estamos atrasadas para esse desespero todo.
— Vou ver se está tudo bem. – Robbie falou, mas antes que ele pudesse subir as escadas, Alisha e Camz começaram a descer a mesma.
— Por Deus! Camz, você está maravilhosa.
— Vocês estão lindas. – Robbie disse e eu assenti, com o queixo meio caído ainda.
— Nossa, eu pensei que ia ficar bom em você, mas isso é um exagero. – Camila me abraçou.
— Obrigada mesmo por me ajudar.
— Eu que agradeço. Eu vou rasgar esse vestido todo quando voltarmos. – Eles riram com isso, mas eu estava falando sério. Já estava excitada e nem saímos de casa ainda.
×××
No coquetel a surpresa não foi tão grande, fora um terrário enorme com várias cobras no meio da sala e as máscaras, eram só um monte de homens exibindo belas mulheres para futuros sócios ou ex-sócios.
— Pensei que não iriam vir. Te liguei um monte de vezes, mana.
— Eu estava meio ocupada hoje, comprei minha casa e tals. – Ela abraçou Camila e para isso me empurrou para longe dela. Eu sorri negando e senti a mão de Alisha no meu ombro.
— Parabéns pela conquista.
— Obrigada. Onde podemos sentar?
— A mesa de vocês fica ali. – Ela indicou e fomos nos sentar. — Em que lugar fica sua casa nova, mana?
— Afastada da cidade, tem umas árvores no quintal e é muito linda, não é, Lauren?
— Sim. Maravilhosa.
— Mas foi você quem escolheu? – Ela perguntou para mim.
— Não. Camila que comprou porque eu escolheria?
— Não sei. Me diga você.
— Essa festa está meio sinistra com essas cobras. – Robbie disse tentando quebrar o clima.
— Eu ia comentar isso. Quem decorou a festa?
— Isso é coisa do tio, não sei muito bem porque essa fixação com esse terrário.
Camila encarou Sofia por um tempo e depois disso ficou muito calada, uns petiscos chegaram e eu aproximei minha cadeira a dela, levando uns deles a sua boca. Ela sorriu e comeu após isso.
— Estão bons. – Arrumei a máscara dela e ela tocou meu rosto.
— Aconteceu alguma coisa?
— Eu estou com uma coisa na cabeça.
— Quer compartilhar?
— É uma loucura, nem vale a pena. – Beijei o rosto dela.
— Mas se está te deixando assim deve ser algo relevante. – Ela se virou para mim. Puxou minha cadeira de maneira que quase sentei no colo dela de força que ela utilizou. — Nossa… – Ela beijou meu rosto.
— Só quero saber se é sério esse lance de rasgar vestido. – Eu sorri após ela sussurrar isso e arranhei a nuca dela de leve.
— Lógico que é, eu vou te cansar hoje.
— Vou reservar um quarto naquele hotel de novo. O que você acha?
— Uma ótima ideia.
— Não vejo a hora de ter minha casa. – Ela beijou meu rosto e pegou o celular, ligando para lá.
— Se me derem licença, vou ir conversar com o tio um pouco. – Sofia disse e assentimos.
— Ela está testando meus limites.
— Ela só está com ciúmes da irmã, isso é normal. Logo ela acorda para vida.
— Não quero me envolver nisso, mas estou começando a ficar incomodada com a situação também. – Ela beijou meu rosto. — Vocês três sempre vão ser prioridade na minha vida e ela vai ter que se acostumar com isso.
Camila me abraçou e ficamos assim até o tio dela subir ao palco e começar um discurso. Ela ficou tensa de repente, achei até um pouco trêmula e inquieta, ela olhava para as pessoas e ao redor como se procurasse algo.
— Eu preciso ver uma coisa, vem comigo, Ro?
— Claro. – Eles levantaram e sumiram entre as pessoas, logo Sofia voltou a mesa.
— E Camila?
— Foi com o Robbie ver algo. – Alisha respondeu e ela assentiu.
— Foi respirar um pouco, Lauren não desgruda dela. – Sofrer a falou sarcástica.
— Namoramos, é natural que fiquemos um pouco coladas. Você é casada, entende muito bem disso.
— Eu tenho noção em espaços públicos.
— Ei… Sofia, a Camila já falou que não está gostando dessa implicância com Lauren, Camila não pode se irritar ou ficar sendo pressionada, já passou por muitos problemas e agora ela quer paz. Lauren é a escolha dela e faz muito bem a Camila, tem que ver como ela está diferente de quando saiu da prisão por conta de Lauren, então pare de julgar esse relacionamento delas, pois você não sabe nada sobre ele. Lauren é muito mais rica que você e não precisa do dinheiro que Camila vai ganhar, nunca precisou e para o bem da sua relação com sua irmã, aceite Lauren como da família ou quem vai perder é você.
— Não quero que ela escolha, só que ela me dê atenção.
— Ela dá e olha as merdas que você faz ela enfrentar. – Eu falei e as duas me encararam. — Ela não quer saber se sua
família vai bem ou mal, ela quer ser sua amiga, Sofia. Ela não liga se a empresa vai bem ou vai falir, ela só quer saber sua sobremesa preferida ou como você conheceu o Luke. Ela quer ficar com você e seu cachorrinho no parque, ela até disse que seria muito legal passar uma tarde com você na sua loja, mas ela quer mais de você, não da sua família. Se você não entender isso, vai perder ela de vez.Sofia nada falou, apenas levantou da mesa e saiu dali, dei os ombros, ela precisava ouvir isso.
— Acho que fizemos a coisa certa, ela precisa entender.
— Espero que mude agora.
Camila e Robbie retornaram a mesa, eles estavam sérios e ignoraram nossas perguntas, Camila me beijou, de forma
diferente, mais bruta, acho que ela estava nervosa com algo, suas mãos estavam geladas contra meu rosto, retribui para não a deixar chateada.— Aconteceu alguma coisa?
— Essa festa é muito estranha, eu vou embora daqui, não quero mais ficar aqui. – Ela disse meio desesperada e eu segurei o rosto dela.
— Calma. Eu estou aqui. Vocês dois podem ficar fazendo companhia para a mimadinha? Camila não está se sentindo bem.
— Quer que eu ajude? Precisa que eu te examine? – Alisha disse e Camila negou.
— Acho que ela só está nervosa. Eu consigo cuidar dela, qualquer coisa te ligo.
Eles assentiram e eu sai dali com ela, fomos para o hotel, ela demorou um pouco para se acalmar, mas ela não me contou o que aconteceu.
NÃO ESQUEÇAM!
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Veneno
Fiksi PenggemarFui presa aos 14 anos e aprendi a me virar como pude enquanto passava pelo inferno. Agora com 27 anos e com minha liberdade muito próxima, vou contar com a ajuda dos meus leais amigos para me reintegrar à sociedade. Querem saber meu crime? Se eu sou...