Capítulo 62 - Bolha

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Camila Cabello  |  Point of View




Olhei para o relógio e dormi por três horas, mas já estava me sentindo bem. Perguntei onde havia uma cantina por ali e fui me alimentar. A nossa turma tinha ido para casa, voltariam quando a Lauren acordasse.

Depois disso não consegui dormir mais, a enfermeira entrou no quarto com o nosso pequeno a plenos pulmões e como mágica, Lauren despertou assim que ouviu o choro.

— Olá, mamãe. Eu estou faminto. – A moça disse e entregou ele para Lauren.

— Camz! – Ela disse e eu me aproximei.

— Como você está, amor? – Falei acariciando seu cabelo.

— Ainda estou cansada. Quero logo ir para casa.

— Vou deixar vocês três um pouco sozinhas para aproveitar esse momento. – A enfermeira disse e  saiu fechando a porta.

— Como você está, Camz?

— Estou bem.

— Já foi para casa? Se alimentou?

— Nunca deixaria você aqui sozinha. Eu estou bem, comi algo na cantina.

— Precisa descansar.

— Precisamos dar um nome a ele.

— O que você acha?

— Você teve todo o trabalho.

— Queria conversar sobre isso com você. – Acariciei o rostinho do meu filho. — Eu nunca vou ter palavras para expressar o quanto foi importante você do meu lado, amor. Eu estava com tanta dor, mas você ali me apoiando e me passando segurança me motivou demais.

— Era o mínimo, amor. – Selei nossos lábios.

— Segure ele um pouco.

— Faz tanto tempo que eu não seguro um bebê. – Falei receosa, mas ela negou e me alcançou ele. Eu nunca vou saber explicar as sensações que esse garotão me faz sentir à cada novo passo nosso.

— Ei, garotão. Como você prefere ser chamado? – Coloquei meu dedo na sua mãozinha e ele apertou. — Você é fortão. Você tem os dedinhos tão lindinhos. – Me inclinei para beijar a testa dele. — Eu gosto de Théo. – Falei e olhei para Lauren.

— Eu gosto também.

— Então pode ser Théo?

— Claro. É lindo. – Lauren se recostou por completo e eu entreguei ele para ela.

— Caralho, Lauren. A gente fez um bebê! Você tem noção disso? E ele é perfeito.

— Fantástico. Não vejo a hora de irmos para casa e vivermos essa experiência logo.

— Vamos precisar ficar mais um dia aqui.

— Você precisa ir para casa e descansar, amor.

— Eu quero ficar aqui com você e estou ótima. Você sim que precisa descansar para irmos mais cedo pra casa. – Beijei a testa dela. — Eu amo você, Lo.

— Eu também te amo, Camz. A nossa turma está feliz?

— Caralho! Esqueci de avisar que você acordou. Depois eu ligo para sua mãe, mas eles ficaram bem felizes. Seus pais estavam bem emocionados, eles queriam saber se eu chorei. – Ela riu.

— Como uma criança. – Ela respondeu e eu neguei.

— A enfermeira falou que sim, mas eu estava tão anestesiada que nem notei.

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