Capítulo 64 - Fim

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Lauren Jauregui  |  Point of View



Como explicar a plenitude de uma mulher? Não sei. Só sei que sempre fui muito positiva em relação a vida, sempre busquei fazer o melhor para os outros, mesmo que os outros não tivessem o mesmo cuidado comigo. Só que observando do pedestal em que me encontro agora, posso entender perfeitamente que tudo precisava acontecer para me tornar melhor. Claro, ainda tenho muito a aprender, ainda mais com essa nova etapa começando, um filho para me ensinar muitas coisas, ele já me ensinou o que é amor incondicional. Nunca senti nada comparado ao que sinto quando seguro ele no meu colo. Isso é muito válido para o meu relacionamento. Eu nunca contei a ninguém, mas quando conheci Camila eu senti uma pequena mancha densa em sua energia, por isso fiquei com tanto medo quando ela me contou quem era, mas no fim eram só as mágoas dela mais que compreensíveis dela por conta da família insana que ela foi ganhar, agora eu me sento perto dela e só consigo sentir a pureza e leveza que ela exala, isso perto, pois quando eu sento nela de fato a energia é outra, uma loucura… Céus! Dá calor só de lembrar. Já me diminui muito para acompanhar pessoas pequenas de alma e agora me engrandeço só de sentir o amor dessa mulher maravilhosa.

— Pensativa, minha filha.

— Analisando esse projeto, algo nele não me agrada, mas eu não consigo captar o que é.

— Ele está sem estilo.

— Se fizermos a escada com essa rota aqui.

— É bem ousado.

— Melhor se conseguir colocar o jardim deste lado.

— Vai demorar mais, mas podemos colocar tudo isso na proposta.

Assenti, continuamos com mais projetos e como estávamos bem adiantados com nossos clientes, resolvemos ir mais cedo para casa, onde cheguei e minha mulher estava assistindo algum jogo, com o nosso filho deitado contra seu peito e segurando os cabelos dela.

— Olá, meus amores.

— Lo. – Camila disse levantando com cuidado e segurando o Théo. — Chegou cedo.

— O trabalho estava bem calmo.

— Que bom. – Ela me entregou o Théo e depois nos abraçou.

— E você, garotão? Se comportou?

— Ele é um anjo. Que menino calmo. – Ela beijou a testa dele. — Vou terminar de assistir o jogo e dar um banho nele.

— Deixa que eu faço isso.

— Já vai terminar.

— Eu vou amar fazer isso, fique tranquila. – Beijei a testa dela e fui para o banheiro com meu pequeno, que resmungava enquanto se balançava em meu colo.


Camila Cabello  |  Point of View


Meu celular vibrava feito louco, sabia que era o Rob me zoando porque o Toronto venceu os Warriors, então desconectei e fui ver Lauren.

— O telefone está tocando.

— É o Rob. Não atende.

— Seu time perdeu de novo? – Ela perguntou sorrindo.

— Não quero falar sobre isso.

— Vocês dois parecem crianças com isso.

— Ele que é chato.

— Como se você não fizesse pior quando é o contrário.

— Não atende. – Ela atendeu o celular.

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