Sem revisão
Novaes
Dois dias depois...
Eli está dormindo, é assim que ela passa grande parte do seu tempo. Comer é um sacrifício e quase não fala. Alina está preocupada e passa o tempo que pode perto da amiga, mas Eli se fechou dentro dela e não quer ser ajudada.
- Eu preciso voltar para o Brasil. - digo para Alina. - Negócios aos quais não posso delegar.
- Eli não tem condições de viajar, é melhor que fique aqui.
Não gostava da ideia de deixar Eli, mas era o ideal no momento.
- Vá e resolva o que precisa resolver e volte. - disse ela diante do meu silêncio. - Eli vai ser bem sendo cuidada por mim.
Voltei para o quarto e fiquei um tempo olhando ela dormir. Suas olheiras estavam profundas e sua palidez me deixava preocupado.
Terminei de organizar minha coisas e gentilmente a acordei. Me sentei do seu lado na cama e segurei sua mão.
- Eu preciso voltar para o Brasil.
Espero alguma reação de sua parte, mas isso não acontece.
- No máximo em cinco dias estarei de volta.
Me inclinei e beijei sua testa e então sua boca. Quando me afastei dela, se virei de costas para mim e deixei o quarto.
Eli ficaria no apartamento que mantinha em Roma, como tinha muitos negócios no país o mantinha para minha comodidade.
- Já pedi para Luigi me trazer algumas roupas, pode ir tranquilo que vou te manter informado sobre tudo aqui.
Segui para o aeroporto e logo tinha embarcado em meu jato particular. Durante toda viagem trabalhei e ao desembarcar no em São Paulo, Sônia Maria já me aguardava e seguimos para a empresa enquanto me atualizava sobre tudo.
- Seu pai está me deixando completamente louca. - reclamou ela.
Me surpreendi, pois ela não reclamava de nada.
- Tem feito exigências absurdas e agora Fabiana e Bruno estão trabalhando no escritório. Sinto em dizer isso, mas não preciso de nenhuma assistente, sou capaz de cuidar de tudo sozinha.
- Não se preocupe, vou resolver tudo.
Meu pai e Bruno me aguardava quando cheguei.
- Alexandre, sabe o que está acontencendo aqui?! Como pode sair para transar e deixar tudo para trás?! - disparou meu pai.
Bruno me olhava com satisfação, estava saboreando toda a situação.
- A empresa me parece estar muito bem, não entendo o motivo de tanto alarde. - digo tranquilo.
Segui para minha sala com eles em meu encalço.
- As coisas não são assim, você tem responsabilidades as quais está negligenciando por uma mulher. E pensando bem, quem é essa mulher?
- Já chega! - digo batendo a mão em minha mesa. - Sei muito bem o que faço ou deixo de fazer! Não vou permitir que me venha exigir explicações sobre minha vida particular! Não gosto de cobranças, ainda mais quando sei de tudo que está se passando dentro de minha empresa!
- Alexandre...
- Aqui quem manda sou eu! - digo interrompendo meu pai. - Foi assim que você decidiu anos atrás! Tenho autonomia para fazer o que bem entender, então me poupe dessa conversa desnecessária e saia para que possa trabalhar e leve seu filho imprestável junto com você!
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Envolvida
RomanceCresci sendo alertada o quanto as pessoas podem más, e deveria tomar cuidado com quem se aproximasse de mim. Só que esse mal não consegui enxergar, e se aproximou de mim sem que eu percebesse. Ele vestia roupas caras e detinha um poder tão grande na...