Capítulo 11

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Sem revisão

Eli

Uma semana depois...

Hoje estou voltando para meu apartamento. Depois desses dias na casa dos meus pais, precisava voltar para minha rotina.

- Quando chegar me ligue. - pediu minha mãe me abraçando. - E se cuide.

Abracei meu pai que também e fui em direção ao ônibus. Meu pai tinha se planejado para me levar, mas aconteceu um imprevisto e por isso estava indo de ônibus.

A viagem demorou um pouco mais que o esperado, pois houve um acidente na estrada e ficamos parados por um tempo. Quando enfim cheguei em meu apartamento já era quase dez da noite. Organizei e limpei o que precisava e quando terminei tudo já era madrugada.

Tomei um banho e me deitei, acordei na manhã seguinte e fui para a faculdade. Recebi alguns olhares, mas no geral tudo correu bem. Depois passaria no trabalho e pediria minha demissão.

- Enfim se dignou em aparecer! - disse Andressa assim que viu. - Você no mínimo...

- Só estou aqui para avisar sobre meu desligamento. - digo a interrompendo.

- Tudo bem, passe no rh e acerte tudo por lá.

Andressa passou por mim e seguiu para o seu escritório. Fui na direção oposta e passei direto para a sala do rh. Conversei com a responsável e estava oficialmente fora do escritório. Estava me preparando para sair quando a moça me chamou e pediu para que a acompanhasse.

- Sério?! - digo vendo Novaes.

Revirei meus olhos quando escutei a porta sendo fechada.

- Você deveria procurar algum tipo de ajuda psicológica, essa sua obsessão por mim, está começando a me assustar.

- Por que está saindo do trabalho?

- Por que este escritório é seu e não quero ter qualquer ligação com nada que venha de você ou sua família. Era só isso?! Já posso sair?!

Antes que ele pudesse dizer algo a porta abriu e seu pai e seu irmão entraram. Me afastei institivamente para trás. O jeito que ambos que olhavam, me dava medo.

- Eli Moura, que prazer te conhecer. - disse Bruno. - Você é mais linda pessoalmente.

- Não encoste em mim. - digo quando ele estende sua mão.

Tento passar e ir em direção a porta, mas o senhor não se move e começo a temer por minha vida.

- Foi muito errado o que fez, acusar meu filho de algo tão sério. - disse o velho. - Sabia que posso te processar por isso?

- Só me deixe sair. - peço com a voz trêmula.

- Meu filho é inocente e tudo que aquelas pessoas desejam é dinheiro...

- Seu filho é um estuprador!

Levo minha mão até a boca e percebo a burrada que fiz.

- Sua pira...

- Chega! - brandou Novaes. - O que vocês estão fazendo aqui?

- O mesmo que você, colocando essa garota no lugar dela.

O velho avançou em minha direção e quando dei por mim estava quase que encurralada num canto da sala com os três me olhando. Bruno é o que me dava mais nojo, seus olhos passeavam pelo meu corpo e quando lambeu seus lábios de forma lasciva estremeci de nojo.

- Se vocês saírem, posso resolver esse empasse com Eli. - pediu Bruno. - Nós podemos nos acertar.

- Não! - gritei alarmada.

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