Capítulo 27

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Sem revisão

Novaes

Eli desmaiou ao reconhecer sua mãe e precisei levá-la para fora da sala. Sua palidez excessiva me deixou preocupado, está sendo tudo pesado demais para ela.

Coloquei pessoas especializadas atrás de seus pais e não consegui absolutamente nada e agora eles simplesmente aparecem mortos. Não sei o que realmente pensar. Alguma coisa não se encaixava em tudo isso.

Ainda não tinha conversado com meu pai sobre Gilberto e sua esposa, mas não duvidava de sua participação em tudo isso. Só que agora não dava para fazer nada, minha prioridade era Eli.

- O que aconteceu? 

- Ela não suportou a pressão e desmaiou. - respondi para uma Alina preocupada.

Me sentei na cadeira com Eli em meu colo.

- Eram realmente eles? - perguntou ela.

- Eram bem parecidos, mas só exames mais detalhados vão poder comprovar.

Luigi veio em nossa direção e abraçou Alina. Segui com Eli em meu colo até o carro e fomos para o hotel que tinha reservado. Um médico foi chamado para examiná-la quando demorou muito para acordar.

A deixei no quarto e segui o médico até a porta.

- Como ela está?

- Ainda dormindo, mas o médico me garantiu que ela está bem.

- Posso ficar um tempo com ela?

Indiquei a porta para Alina e fiquei sozinho com Luigi.

- O que acha de tudo isso? - perguntei direto.

- Isso foi planejado, quem queria matá-los sabia exatamente como e fez bem feito. A polícia não encontrou nenhuma pista.

- Sinto que algo não se encaixa. A viagem foi de última hora, não haveria tempo de planejar isso em tão pouco tem e em outro país.

- É um ponto, mas a morte foi limpa demais. Tiros certeiros e no rosto. Trabalho de profissional e o mais importante. Não levaram nada. - ponderou ele. - Os corpos não estavam escondidos, foram encontrados por uma senhora que passeava com o cachorro em um bairro não muito longe daqui.

- Pode ter sido uma tentativa de roubo que deu errado, eles se assustaram e fugiram sem levar nada.

Nem eu mesmo acreditava no que acabei de dizer. Se meu pai estivesse envolvido nisso, seria mais fácil entender tudo, mas muito mais complicado para Eli descobrir toda a verdade. 

- E quanto ao carro que eles estavam? - perguntei curioso.

- Roubado dias atrás, o dono não tem ligação com nada.

Ficamos em silêncio por um tempo, ambos processando tudo.

- Até que tudo se resolva, Eli pode ficar conosco e...

- Eu vou ficar o tempo que precisar, não vou sair de perto dela.

Escutei o choro de Eli e sabia que tinha acordado. Deixaria que passasse um tempo com a amiga.

Quando Alina me ligou avisando que contaria o que descobriu para Eli, pedi que esperasse chegar na cidade, mas ela não aceitou e precisei sair as pressas de Brasília. Sônia Maria ficou completamente perdida quando disse que estava voltando. Nem ao menos lhe expliquei o que estava acontecendo e muito menos quando pedi que organizasse nossa vinda para Paris no meio da noite.

- Novaes, Eli é muito importante para minha noiva. Se algo acontecer com ela por sua culpa, Alina vai te matar e não vou poder fazer nada para te ajudar.

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