Capítulo 38

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Sem revisão

Sônia Maria

Novaes me pediu algo que me deixou muito surpresa, ele iria pedir a mão de Eli em casamento e me fez reservar o melhor restaurante da cidade e isso custou uma pequena fortuna.

No dia seguinte chegou sorridente ao escritório e creio que a razão disso é Eli ter aceitado o pedido.

- Bom dia! - me cumpimentou ele animado.

- Ela disse sim? - perguntei sem me conter.

- Sim.

- Parabéns! - digo sincera.

- Por enquanto vou manter isso em sigilo, vou esperar mais alguns dias para anunciar para todos.

- Como quiser.

O cliente chegou no horário e ele entrou para sua sala. Durante toda a manhã trabalhei entre organizar a agenda de Novaes e receber os clientes que chegavam a todo instante. Era impressionante a quantidade de pessoas que vinham atrás dele, entre pedidos por seu cargo político quanto para propostas de diversos negócios.

- Você pode ir almoçar. - disse ele me dispensando.

- Posso ficar mais um tempo se precisar de mim. - digo solícita.

- Não precisa, vá almoçar.

Estranhei seu jeito, mas comecei a organizar tudo para então sair, mas não fui rápida o suficiente e dei de cara com Carlo.

Depois de sua visita a minha casa, o clima ficou pesado, minha mãe passou alguns dias arredia e sabia que estava remoendo toda aquela história.

Eu não queria saber de nenhuma família por parte daquele monstro! Não precisei dele antes e não precisava deles agora.

- Olá. - disse ele.

- Novaes está te esperando em sua sala. - digo tentando passar por ele.

- Sabe que nós precisamos conversar, estou respeitando o tempo que precisa para digerir tudo isso, só que já deu. - disse ele segurando meu braço.

- Não temos nada para conversar, já deixei mais do que claro o que penso. Eu e minha família não precisamos de nenhuma herança. - digo puxando meu braço.

- Você nem ao menos sabe quanto dinheiro é...

- Já disse que não me importo!

Passei por ele e entrei no elevador, não queria saber de nada. Estávamos bem sem esse dinheiro, para que acrescentar mais esse problema em minha vida?
Almocei e temi voltar para o escritório e dar de cara com Carlo, mas eu não podia simplesmente não voltar. Resignada voltei e para o meu alívio ele já tinha ido embora.

Trabalhei o restante da tarde e já era noite quando fui embora. Minha casa estaba vazia quando cheguei, meu irmão iria dormir na casa de um colega e minha mãe saiu com algumas amigas. Estava feliz por ter saído de casa para se distrair, seria bom para ela
Tomei um banho e fui procurar algo para comer.

A campainha tocou e fui atender, era Carlo novamente. Que homem mais insistente!

- O que quer?

- Me deixe entrar e escute tudo que tenho que te contar. - pediu ele.

Respirei fundo e o deixei entrar. Estava usando um pijama velho e meus cabelos molhados, Carlo tinha o dom de aparecer quando estou toda desleixada.

Ele me seguiu até a cozinha e ficou me observando comer, o que era enervante para mim.

- Disse que queria me contar. Então fale.

- Peço que me escute sem me interromper e depois pergunte o que quiser perguntar. - pediu ele.

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