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Sem revisão

Eli

Um mês depois...

Minha casa finalmente havia ficado pronta e tudo estava exatamente do jeito que sonhei. Me sentei no sofá e fechei meus olhos apreciando aquele momento.

- Espero ser eu o motivo desse sorriso. - disse Alexandre.

- Dessa vez não, estou apreciando minha casa.

Ele se sentou do meu lado e me puxou para seu colo e sua mão foi direto para minha barriga.

- Tudo está do seu jeito?

- Sim.

- Contratou os empregados que precisava?

- Sim.

- E nosso casamento?

- Já conversei com a empresa que vai cuidar de tudo.

Alexandre pareceu satisfeito em saber disso. Nada mais para ele importava que não fosse nosso casamento.

- Mais alguma coisa senhor Novaes?

- Por enquanto estou satisfeito. - disse beijando meu pescoço.

Tenho pensando nos últimos dias que talvez seja o momento de me desfazer da casa de meus falecidos pais. Peguei algumas coisas para compor a decoração daqui, mas  desde o ocorrido, nunca mais fui lá e sinto que agora é a hora.

- Quero ir até a casa dos meus pais.

Alexandre me encarou.

- Manter aquela casa fechada como um santuário não é saudável. Assim como aquele lugar foi um lar para mim, quero que seja para outra pessoa.

- Quando quer fazer isso?

- Antes do nosso casamento.

- Contrate uma empresa especializada em mudança e faça a seleção do que desejava ficar e o que vai para doação. - me sugeriu ele.

- Alina vai chegar no final de semana, pode me ajudar com isso.

Minha amiga viria me ajudar nos preparativos do casamento, fiquei feliz quando se ofereceu. Isso nos daria um bom tempo juntas. Sinto saudade de sua companhia, mas entendo que sua vida agora é longe daqui.

- Pizza para o jantar? - perguntei mudando de assunto.

- E a cozinheira que contratou?

- Deixa de ser chato! Estou com vontade de comer pizza!

- Deve ter uma alimentação saudável para que o bebê se desenvolva bem e...

- Detesto quando entra no modo preocupado. - disparei o interrompendo.

Tentei sair do seu colo, mas não permitiu.

 - Só quero o seu bem.

- Para o meu bem, quero comer pizza no jantar. - falei decidida. - Quer que o bebê nasça com cara de pizza?

Esse tipo de chantagem sempre funcionava com Alexandre. Não era certo de minha parte fazer isso, mas era a única maneira de me escutar. E claro, duvidava que fosse a primeira e muito menos seria a última mulher a usar a gravidez para conseguir algo.

- Tudo bem, qual sabor de pizza quer?

O abracei e abri um sorriso de satisfação sem que ele visse. Esse era o meu trunfo e não poderia deixar que descobrisse.

Quando terminamos de comer, Alexandre me pegou no colo e nos levou para nosso quarto. Tomamos banho juntos e me deitei na esperança de ainda conseguir assisitir um filme.

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