Capítulo 31

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Sem revisão

Alexandre

Não consegui dormir aquela noite e antes que o dia raiasse estava arrumado para sair. Iria me encontrar com Carlo, mas antes de sair deixei um bilhete para Eli. O certo era sair e deixar que se acalmasse e pensasse com clareza.

Confesso que não gosto de ser pressionado, não reajo muito bem a isso. Eli estava querendo respostas as quais eu não tinha para dar. Seria muito complicada essa relação. E desgastante demais para ela.

- Problemas no paraíso?

- Não comece Carlo! - digo irritado. - Não estou com humor para isso.

- O que foi? A novinha não está cooperando?

- Eli quer um nome para o que temos.

- Ela é mulher, o que esperava? 

Me sentei em uma poltrona que ficava próximo de uma janela. Estava no escritório que Carlo mantinha na cidade.

- Esperava que me entendesse, assumir um relacionamento com ela é loucura!

- Loucura maior vai ser quando ela se cansar de esperar que se decida. Ela é jovem e vai cansar, está no dna jovem deles.

Nunca tinha me passado pela cabeça que Eli pudesse se cansar de mim, mas Carlo tinha razão, ela era jovem e nada mais natural que fosse aproveitar sua vida. Só que esse pensamento me deixava tomado de ciúmes. Eli era minha de mais ninguém, morto seria o homem que ousasse tocar nela!

- Sério que pensou que poderia manter essa garota em suspenso pelo tempo que quisesse?

Não respondi ao comentário de Carlo e mudei de assunto.

- E sua futura esposa? Quando vai ser o casamento?

- Sabe muito bem que agora que encontrei Sônia Maria não vai ter mais casamento, preciso me casar com ela.

- Ela nunca vai aceitar, esqueça.

- Sabe que não posso, preciso arrumar um jeito dela vir até mim.

- Não a machuque ou vamos ter problemas.

Sônia Maria era uma mulher esforçada e muito dedicada ao trabalho. Sempre se mostrou ser de confiança e não aceitaria que Carlo a machucasse para conseguir o que queria.

- Não vou. - me garantiu ele.

Mudamos de assunto novamente e começamos a tratar sobre minha vinda ao seu escritório, negócios. Carlo foi o primeiro a sair da empresa de minha família depois de minha saída.

- Tenho alguns investimentos e quero sua opinião.

- Poderia ter conversado com Ferrazzi. - digo pegando a pasta que me entendeu.

- Não estou falando com Ferrazzi, conflito de nossas famílias.

Ele não quis entrar em detalhes e também não perguntei. Dei minha opnião sobre suas ideias e me despedi dele e voltei para o apartamento que se encontrava vazio.

Liguei para o celular dela e não me atendeu. Liguei para Alina e a mesma me afirmou que não estava com a amiga e inclusive se mostrou bastante preocupada.

- Ela deve ter saído para dar uma volta. Assim que ela chegar te aviso.

- Vocês brigaram?

- Não, estamos bem.

- Mesmo que me ache intrometida vou falar, se você não se acha capaz de dar o que minha amiga merece, se afaste dela. Eli já está sofrendo demais com a perda dos pais para você também ser o causador de mais sofrimento.

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