Sem revisão
Novaes
Três dias depois...
- Julia se juntou com a família nesta cidade e o aluguel do local está no nome de Eli Moura.
Sônia Maria me estendeu o relatório e esperou que lesse.
- Seu pai também colocou um investigador no caso, quer saber o paradeiro da família de qualquer jeito. E também devo acrescentar que Bruno está pesquisando sobre Eli.
Mantive minha expressão neutra, mas não havia gostado de saber que Bruno agora estava interessado em Eli.
- E fora Lira que está movimentando uma soma além do normal em sua conta. Só essa semana foram quase cem mil reais.
Lira era mais esperta do que imaginava, sempre conseguia esconder o real destino do dinheiro que desviava de sua conta. Por anos tenho tentando descobrir, mas sem sucesso. Poderia muito bem confrontá-la, mas era certo que negaria e isso deixaria meu pai chateado.
- Depois que o dinheiro saí da conta dela é impossível rastrear seu destino. - acrecentou Sônia.
- Continue de olho em todos eles e me avise qualquer mudança. Quando a família da garota e Eli Moura, vou cuidar pessoalmente.
Sônia Maria saiu em seguida me deixando sozinho. Peguei meu celular e liguei para Eli, mas não me atendeu e tomei a decisão de ir até sua cidade. Chamei minha assistente e pedi que cancelasse minha agenda no restante do dia.
- Você vai comigo. - avisei para ela.
Ela apenas acenou concordando, pegou sua bolsa e seu celular e me seguiu até o estacionamento. Meu motorista já me esperava e entramos no carro. Avisei para onde íamos e saímos da cidade.
Sônia estava em seu celular ajeitando minha agenda.
- Tudo certo. - disse depois de algum tempo.
Ainda não era meio dia e se tudo desse certo, voltaria a tempo de participar de um jantar de negócios. Sônia Maria trabalhou todo o percurso, até chegarmos na cidade. Ela era silenciosa e só abria a boca para dizer algo realmente útil ou importante.
- Quero que toque a campainha e peça para conversar com Eli. - digo para ela.
Tentei ligar novamente para ela e não me atendeu. Poderia muito bem ir lá e conversar com seus pais, mas estava sendo bondoso ao mandar Sônia ir em meu lugar.
O carro parou um pouco a frente da casa dela e indiquei a casa que minha assistente deveria bater. Ela saiu do carro e tocou a campainha, demorou um tempo para alguém atender, mas logo uma Eli assustada apareceu.
Sônia indicou o carro e não consegui esconder o sorriso diante do horror no rosto dela. Vi uma Eli raivosa vir ao meu encontro. Ela entrou no carro e bateu a porta com toda a força.
- Você é louco?! - gritou ela. - O que está fazendo aqui?! Se não atendi suas ligações era um sinal que não queria falar com você!
- Não grite.
- Grito o quanto quiser! Se não quisesse me ouvir gritar, não teria vindo aqui!
Suas bochechas estavam rosadas e sua boca era um convite para que a beijasse. Eli conseguia me tirar o foco.
- Sei que está escondendo a família aqui. - digo a fazendo ficar quieta. - E não tente negar.
- Se fizer alguma coisa contra eles, vou acabar com você!
- E como pretende fazer isso? - indaguei curioso.
- Vou até a polícia e te denuncio.
- Acha mesmo que vão acreditar em você?
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Envolvida
RomanceCresci sendo alertada o quanto as pessoas podem más, e deveria tomar cuidado com quem se aproximasse de mim. Só que esse mal não consegui enxergar, e se aproximou de mim sem que eu percebesse. Ele vestia roupas caras e detinha um poder tão grande na...