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Sem revisão

Novaes

Silva me avisou que Sônia Maria e sua família já haviam chegado ao destino. Fiquei aliviado em saber que estava tudo bem. Com tudo acabei perdendo uma excelente profissional, mas era o certo a se fazer.

Estava em meu escritório em Brasília quando meu celular tocou, era Carlo.

- Onde ela está? - perguntou direto.

- Longe.

- Você me prometeu que não iria se envolver! - me acusou nervoso. - Sabe o quanto preciso dela!

- Foi uma decisão dela ir embora. O que queria que fizesse? A prendesse aqui para você?! Ela é uma mulher livre e pode ir onde bem quiser!

- Ferrazzi vai ficar sabendo disso e...

- Não ouse me ameaça Carlo! - disparei o interrompendo. - Não sou culpado por sua burrice em conquistar uma mulher! Você a teve em suas mãos e a deixou escapar!

- Eles vão caçá-la! Todos eles!

Ele estava se referindo aos dois irmãos. 

- E a culpa será de quem? 

- Estou voltando para o Brasil ainda hoje, vou encontrar Sônia Maria e nem que seja arrastada, vai voltar comigo para a Italia e vamos nos casar. Pelo bem de nossa amizade, espero que não interfira dessa vez. - disse ele.

- Caso isso venha a acontecer, espero que seja homem o suficiente para impedir que seus irmãos a toquem de alguma maneira. Sônia Maria não vai sobreviver se algo assim acontecer.

Não esperei por sua resposta e encerrei a ligação. Tinha feito o que estava ao meu alcance para ajudar Sônia Maria e caso viesse me pedir ajuda novamente, não pensaria duas vezes em fazer tudo de novo.

O jato estava me esperando para voltar para casa. Passar uma noite longe de Eli era o suficiente para me encher de saudade. Sua próxima ultrassom estava marcada e quem sabe seria possível descobrir o sexo do bebê. Estava animado com a possibilidade de ser um garotinho, mas se for uma menina não vai ser um problema para mim.

Quando cheguei em casa, escutei gargalhada de ambas vindo da piscina. Eli vestia um biquini rosa e sua barriga me parecia maior do que antes. Ela sorriu ao me ver e veio ao meu encontro. Se jogou em meus braços e beijou minha boca.

- Deveria ter avisando que vinha, assim teria te esperado para o almoço.

- Já almocei.

- Troque de roupa e venha ficar com a gente.

O convite era tentador, mas meu pau tinha planos diferentes olhando aquela piscina. 

- Não posso, tenho algumas ligações para fazer.

- Liguei mais cedo para o escritório e foi outra mulher que atendeu. Onde está Sônia Maria?

- Ela não trabalha mais para mim.

- Como assim?

- Foi embora.

- Ale...

- Depois conversamos sobre isso, vá aproveitar a piscina e sua amiga.

Beijei sua testa e voltei para dentro antes que começasse a me interrogar. Eli era curiosa por natureza e não me deixaria em paz até conseguir entender a razão dela ter ido embora.

Fui para meu escritório e fiz algumas ligações. Passaria o restante do dia em casa e só amanhã voltaria a trabalhar normalmente.

Elas ficaram na piscina até o final da tarde, estava saindo do banho quando Eli entrou no quarto. Seu pele estava rosada pelo excesso de sol.

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