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Sem revisão

Bruno

Duas semanas depois...

Alexandre me ligou para avisar que finalmente havia capturado o irmão de Lira. Eles seriam levados para um lugar discreto e me avisou para caso quisesse estar presente.

Queria ir, mas tinha um novo depoimento marcado na polícia. O processo sobre o caso daquela garota ainda está rendendo. Não quero ser preso por isso, mas existem tantas provas contra mim que o advogado disse que vai ser complicado me livrar por completo da acusação.

- Bruno!

Me virei para me deparar com Fabiana acenando para mim. Estava me preparando para sair do restaurante que havia ido almoçar com meu advogado.

- Tudo bem?

- Sim.

- Será que podemos conversar?

Não tinha nada para conversar com Fabiana, mas me pareceu estar ansiosa demais.

- Claro, se quiser podemos ir até minha casa.

- Vou te seguir com meu carro.

Assim que estacionei em frente de casa, também parou do meu lado. Carregava consigo uma bolsa grande e estranhei seu nervosismo.

- O que foi? - perguntei curioso.

Ela segurava a bolsa de um jeito estranho e fiquei em alerta.

- Você me machucou quando estávamos juntos. - disse ela. - Me humilhou e me tratou como lixo e como se tudo isso não bastasse me estuprou também.

- Fabiana...

Antes que pudesse terminar de falar. Ela sacou uma arma e apontou para mim. 

- Seu irmão, Lira e agora você. Todos me desprezaram! - gritou ela descontrolada. - Não sou boa a suficiente para pertencer a família Novaes.

- Abaixe essa arma. - peço para ela. - Não cometa uma loucura que vai se arrepender depois.

- Está com medo?! Bruno Novaes está com medo de uma mulher? Justamente você que sempre nos viu como meros objetos!

- Fabiana, por favor abaixe essa arma. Vamos conversar...

Ela atirou para cima e me afastei ainda mais. Fabiana estava completamente fora de si. Me mataria com toda certeza. Me aproximar dela seria loucura e correr também não era o ideal. O tiro chamaria a atenção da segurança que logo apareceria.

- A segurança vai aparecer e não vai ter chance. Abaixe essa arma e evite o pior. - tentei novamente.

- Ante que isso aconteça, vou te matar.

Voltou a apontar a arma em minha direção e antes que pudesse fazer algo. Senti o impacto do tiro acertando meu ombro. Gritei e caí do chão. Levei a mão até meu ferimento e o sangue escorria. 

- Sua maluca!

Tentei me levantar e me afastar dela que se aproximou ainda mais de mim com a arma apontada em minha direção. 

- Fabiana...

Escutei uma movimentação atrás dela e respirei aliviado. Os seguranças haviam chegado. Com dificuldade me levantei a tempo de vê-la sendo contida pelos homens. Procurei um lugar para sentar, meu ombro latejava e precisava ir até o hospital.

O responsável pela segurança da casa me ajudou a entrar no carro e seguimos para o hospital. Estava mais preocupado comigo do que com o que aconteceria com Fabiana.

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