Sem revisão
Bruno
- Esse é meu último aviso. Quero meu dinheiro até amanhã ou vou precisar estragar esse belo rosto. - disse o cobrador antes de sair. - Ou quem sabe deixar seu corpo boiando em algum rio da cidade.
Ele soltou minha camisa e isso me fez cair com tudo no sofá. Foi nesse momento que meu amigo e dono do apartamento chegou. O cobrador do cassino passou por ele e fechou a porta atrás de si. Nos últimos dias tenho fugido de cobradores e tentado falar com meu pai. Minha situação está cada dia mais insustentável e não sei o que fazer.
- Bruno, você precisar sair. - disse meu amigo.
Ele estava sério e preocupado.
- Não quero me envolver em seus problemas. - continuou ele. - Essas pessoas são perigosas e temo por minha segurança.
Não iria implorar para ficar ali.
- Tudo bem, vou pegar minhas coisas e sair.
Tentava não demonstrar o quanto estava desesperado. Peguei minhas coisas e saí. Entrei em meu carro que foi a único bem que me restou e saí do estacionamento do prédio. Eu não tinha para onder ir.
- O que quer Bruno?
- Preciso de sua ajuda.
Era muito difícil precisar dizer aquilo justamente para minha ex mulher.
- O que aprontou dessa vez? - disparou ela.
-Não tenho para onde ir, me ajude.
Escutei um suspiro do outro lado da linha e esperei por uma resposta ao meu pedido.
- Não. - disse simplesmente. - Não vou te ajudar...
Encerrei a ligação e minha vontade era de jogar aquele aparelho contra o painel do carro, mas me contive. Não teria dinheiro para comprar outro. Respirei fundo diversas vezes e tentei pensar. Liguei para Fabiana que também não me atendeu e depois para Lira.
- Não posso te ajudar Bruno. Seu pai também tirou todo meu dinheiro. Nem ao menos estou saindo de casa. - me contou ela.
- Papai está completamente fora de si! Precisamos fazer algo! Me recuso e ser tratado desse jeito!
- Ele sabe que está devendo o cassino. Ficou ainda mais irritado e afirmou que não vai pagar mais nada.
- Eles vão me matar! - gritei desesperado.
- Sinto por você Bruno, mas está sozinho dessa vez.
Olhei para o celular e o desespero crescia cada vez mais dentro de mim. Ninguém queria me ajudar. Liguei o carro que estava parado e segui até o escritório de Alexandre.
- Sua entrada não é permitida. - disse o segurança me barrando. - São ordens de Novaes.
- Preciso falar com ele.
O segurança estava irredutível quanto a me deixar entrar. Foi quando vi Sônia Maria chegando e a chamei. Sua expressão se fechou ainda mais a me ver.
- Preciso falar com Alexandre. - digo quando se aproxima de mim.
- Novaes não está na cidade, perdeu seu tempo vindo aqui.
- Então você poderia me ajudar.
Ela me encarou por um tempo, nem ao menos conseguiu esconder a surpresa por meu pedido.
- Ninguém pode te ajudar Bruno, está sozinho como sempre se empenhou em ficar. Alexandre não vai pagar o cassino. - disparou ela seca.
- Eles vão me matar! Será que ninguém percebe isso? - gritei nervoso.
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Envolvida
RomanceCresci sendo alertada o quanto as pessoas podem más, e deveria tomar cuidado com quem se aproximasse de mim. Só que esse mal não consegui enxergar, e se aproximou de mim sem que eu percebesse. Ele vestia roupas caras e detinha um poder tão grande na...