"Ninguém sabe do tamanho da profundeza do que é o amor até o encararmos dentro de outros olhos. Joseph levava uma vida calma até ter o estouro de sua carreira atuando em Stranger Things vendo seu mundo virar um turbilhão de emoções. A contra ponto...
Li na tela do meu celular a pergunta de Joseph. Quase não tínhamos conversado naquele dia por causa de seu trabalho e eu compreendia totalmente. Para ser sincera ficava até um pouco agradecida já que não sabia mais como agir depois daquele beijo. Quer dizer, claro que eu queria, claro que foi maravilhoso mas e agora? Vocês tem que entender que eu nunca fui de acreditar em contos de fadas e muito menos eu ia me envolver com um cara que era famoso e poderia ter qualquer pessoa aos seus pés. Não queria mais uma decepção, ainda mais essa.
"Estou sim! Quer fazer algo?"
Pois é, eu não queria me envolver mas até ali qual o mal que me podia fazer também. Entendem como eu já me encontrava confusa naquela época? Conclui que eu apenas estava curtindo as minhas férias e porque não curtir um romance casual entre ela.
"Ainda quero te levar pra jantar. Será que posso te pegar às 17:30?"
Claro que eu estranhei o horário mas não questionei nada ao rapaz e apenas confirmei que estaria o esperando na porta. Perguntei onde íamos para que eu me arrumasse para a ocasião mas claro que Joe fez suspense.
"Me da dica do dresscode ao menos!"
Mordisquei a parte interna da bochecha ansiosa enquanto esperava a resposta de Joseph agarrada ao celular. Aquela sensação me fazia sentir como uma adolescente novamente.
"Como nós sempre: simples e especial."
Por mais que isso fosse pouco para alguns para mim foi o suficiente para entender a intenção. Então as 17:30 estava lá eu, parada em frente ao prédio em que eu estava morando por um mês. Vestida com um sleepdress discreto e sandálias, apesar do calor nova-iorquino carregava comigo uma jaqueta aonde fosse por sempre ter frio.
Então vi o carro de Joseph encostar na minha frente. Do mesmo modo que eu, ele também vestia algo discreto e confortável. Sorri brevemente ao perceber que tinha de fato entendido a intenção. E sorri um pouco mais ainda ao notar outra única rosa em sua mão.
- Soube que há uma onda de crimes por aqui envolvendo flores e saguões de hotel. - Disse a ele em forma cômica enquanto já caminhava em direção ao mesmo.
- Você para com isso! - Riu de minha piada desencostando do carro e também vindo em direção a mim. - Você não podia estar mais perfeita! - Joseph me segurou pela cintura assim que pode alcançá-la e me analisou de cima a baixo ali mesmo. Ao fim chegou em meus olhos e sorriu satisfeito. Me entregou a rosa e já se pôs novamente a abrir a porta para mim.
- Agora você vai me contar onde vamos? - O analisei enquanto já se ajeitava no banco. Joseph pensou por alguns segundo e me olhou chegando um pouco mais perto de meu rosto.
- Você se importa de fazermos uma pequena breve viagem? - Ele fez uma careta esperando minha resposta, tinha medo de que eu negasse.
- Além de stalker, é sequestrador? - Rimos tímidos de mais uma de nossas piadas internas. - Claro que não, tá tudo bem. - Alisei o rosto do rapaz carinhosamente em forma de demonstrar conforto.
- Então... a gente escolhe uma playlist bacana... - Disse tirando o celular do bolso e dando em minhas mãos, se ajeitou mais uma vez no banco. - e vamos. - Eu apenas confirmei e comecei a rolar suas playslists no spotify. Sinceramente haviam muitas e algumas nem tão boas assim. - Mas antes... - Suspirou largando o cinto assim que se lembrou. Aproximou de meu rosto mais uma vez e esperou que eu o olhasse curiosa com sua fala. Assim ele me beijou. Novamente o beijo mais doce que já havia provado. Era uma armadilha terrível gostar tanto daquilo.
Caímos na estrada ao som de Beatles e Bowie. Era como um breve sonho. A paisagem, a música, o momento e nós. Nós que inclusive riamos e nos divertíamos muito continuando assuntos da noite anterior. E começando novos também. Era perfeito de se ver.
- Dessa vez quem vai dar de conceitual vai ser eu! - Disse timida enquanto abria a câmera do celular e me preparava para tirar uma foto. Joe tentava analisar o ângulo e não atrapalhar se movendo.
mariwentz on stories • 1 minuto atrás
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Duas horas passaram rápidas dentro do carro. Sim, duas horas. Quando notei estávamos em Hamptons, jamais havia pisado lá mas sabia que estávamos no lugar. Eram quase oito da noite e por incrível que pareça a luminosidade ainda estava presente no céu. De repente Joe estacionou o carro na beira da praia na entrada de um restaurante. Foi quando pude ler as letras e comecei a rir.
- Não acredito que você me trouxe para um restaurante brasileiro. - Segurei em seu ombro eufórica por Joseph ter pego um pequeno detalhe da nossa conversa anterior e ter transformado em algo especial e simples como nós. De fato ele era um cara incrível.
- Você disse que sentia falta. - Disse em um tom baixo, quase rouco. Os olhos do rapaz permaneciam grudados em mim como se assistisse um seriado de televisão. Senti as costas de sua mão quente deslizar por meu rosto em modo carinhoso. A segurei no mesmo jeito e olhei para ele ainda sorrindo. Dessa vez quem o beijou fui eu.
