• Narrativa de Mariana •
Adentramos o restaurante e logo fomos direcionados a um deck privado. Claro que Joseph já tinha planejado tudo, ou melhor arriscando, sua assessora. Podíamos ver o mar dali. Como antes, seguia tudo perfeito.
- É hoje que eu experimento o tal do brigadeiro. - Disse a última palavra forçando o sotaque enquanto já começava a rir de si mesmo pela fala. Se ajeitava sentado a minha frente na mesa.
- E tomar caipirinha! - Acompanhei Joseph na empolgação rindo também de minha fala. Eu observava o mar calmo e a praia deserta sempre que podia.
Jantamos e conversamos por horas. As caipirinhas haviam passado das contas então estávamos meio alegres demais já. Riamos alto, fazíamos brincadeiras, como duas crianças. Estávamos nos curtindo como nunca.
- Agora eu entendi porque vocês gostam desse negócio! - Disse Joseph enfiando o último brigadeiro da mesa na boca um tanto afobado. - É doce, bem doce... - Fez uma careta ao engolir. - Mas é tão bom! - Exagerou na última palavra para poder dar ênfase.
- E não é? - Eu ria de Joe comendo os brigadeiros feito um faminto. Parecia que jamais havia provado algo antes. - Você adquiriu um novo vício. - O rapaz concordou totalmente comigo.
Depois de tanto rir e comermos fui ao banheiro um minuto e quanto voltei Joe já havia pago a conta e além disso carregava uma garrafa de champanhe consigo. Tirou uma foto com a dona do restaurante e caminhou até mim.
- Vamos pra praia? - Me questionou animado e eufórico com o álcool. - Tira as sandálias! - Apontou para os meus pés brevemente e eu apenas concordei. Não sabia quem estava mais animado com aquilo tudo.
Corremos para a areia rindo feito crianças como mais cedo. Brincávamos como dois bobos, mas uma hora apenas paramos e sentamos para observar a lua. Já se fazia tarde da madrugada e ali na nossa volta não havia ninguém. Trocávamos a garrafa de champanhe e um cigarro de mãos dividindo os dois enquanto ficamos em silêncio ali, entendendo o que estávamos vivendo.
- Isso é perfeito. - Joseph suspirou ainda com os olhos fixos no horizonte. Tragou mais uma vez o cigarro. - Eu me sinto como...
- Um adolescente vivendo um clichê ridículo. - Completei sua frase o olhando esperando sua reação. Sorri brevemente um tanto tímida por ter dito aquilo mas sabia que era real, sabia porque eu sentia também.
- Exatamente! - Joseph concordou em um tom um tanto alto se virando até mim como conseguia e me agarrando pelos dois ombros me chacoalhando com delicadeza. Estava feliz por eu sentir o mesmo. - Não é bobo? - Disse baixo se aproximando mais um pouco ficando um tanto mais sério.
- Mas ainda sim delicioso. - Minha voz quase não saiu para essa última fala. Os lábios de Joseph já estavam quase grudados nos meus. Olhei em seus olhos que me olhavam de volta. Enfim, nos beijamos.
Vamos dizer que não tivemos muito controle da situação a partir daquilo. Nossos beijos se tornaram cada vez mais quentes e intensos até que senti o corpo dele descer sobre o meu me fazendo deitar na areia.
- Espera, espera! - Disse levantando e empurrando Joseph com cuidado de volta para cima. Ele que por sinal entendeu e também viu que não era uma boa ideia fazer aquilo. Não agora. - Não queremos ser presos ou coisa assim né?
- Você tá certa. - Suspirou tentando se controlar. Alisava seu cabelo até a nuca pensativo enquanto me olhava tentando não rir com tudo aquilo. Sabia que queríamos aquilo, claro que queríamos mas não ali.
- Bom, já tá tarde, você e eu bebemos... - Tentei puxar uma linha de raciocínio para que Joe entendesse onde eu queria chegar enquanto gesticulava as mãos uma em torno da outra. - Tá perigoso voltar agora...
- Hotel! - Estalou os dedos se animando e entendendo o meu pensamento. - Espera! - Sacou o celular de seu bolso com uma certa dificuldade e rolou a tela por alguns segundos. - Não fica brava tá? Mas é que minha assessora tinha separado o endereço de um caso... - Analisou a situação nos olhando de cima a baixo. - Isso acontecesse. - Ele riu em um tom tímido mas um tanto safado.
- Foi tudo premeditado então? - Ria junto dele fazendo uma cara engraçada da desconfiada. Eu amava a maneira como éramos leves.
- Você sabe que não! - Se preocupou por um segundo por eu estar não gostando da informação mas logo percebeu que eu estava rindo também daquilo tudo.
Caminhamos até o hotel, que ficava próximo ali enquanto ainda fazíamos arruaças e brincadeiras. Joseph e eu só ficamos sérios novamente quando precisamos acertar as coisas no balcão do hotel. Ele pediu um quarto com vista pro mar e eu não pude contrariar essa boa ideia.
Ao chegar no quarto não perdemos tempo. Sabíamos o que queríamos e queríamos para agora. Joseph me agarrou pela cintura me puxando bruscamente para o seu beijo. Era como se nossos corpos encaixassem perfeitamente. Aproveitamos a cama, e outros lugares, daquele quarto a noite toda. Éramos como dois amantes incansáveis nos satisfazendo muitas vezes. Mais uma vez era bom demais aproveitar aquilo, quase que como uma armadilha pronta.
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o conceito do amor » joseph quinn
Roman d'amour"Ninguém sabe do tamanho da profundeza do que é o amor até o encararmos dentro de outros olhos. Joseph levava uma vida calma até ter o estouro de sua carreira atuando em Stranger Things vendo seu mundo virar um turbilhão de emoções. A contra ponto...