013 quarto de hotel III

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• Narrativa de Joseph •

A volta para casa não foi algo tão simples. A foto que eu havia tomado com a dona do restaurante na noite anterior acabou vazando e bom, aparentemente a informação de que hotel em que eu estava também. Pensei por um segundo se Charlotte faria isso, mas me senti extremamente culpado e arrependido logo em seguida.

- Joseph eu não acredito! Como isso aconteceu? - Mariana batia o pé irritada, eu não entendia o porque dela querer esconder tanto algo assim. Quer dizer, claro que eu entendia a parte da privacidade mas tinha algo a mais naquilo.

- Eu não sei! Aqui é pequeno, os paparazzis tem contato, não sei! - Eu disse totalmente perdido sem poder explicar a ela. Minha voz se elevou um pouco sem eu mesmo querer e me assustei ao ver a cara branca de Mariana. - Desculpa, desculpa! - Dei dois passos largos até ela e segurei seu rosto com as duas mãos quase o esmagando sem querer. Dei dois selinhos em seus lábios como se aquilo fizesse alguma diferença.

- Tá tudo bem Joe... - Ela segurou minhas mãos ainda ali em seu rosto e me olhou nos olhos. Eu podia ver seu pesar, algo ali se quebrava entre nós. - Eu só...

- É tão ruim assim ser vista comigo? - A interrompi em um momento de leve fúria por não compreender tudo aquilo. Mais uma vez arrependido no segundo seguinte, não pelo ato mas sim pela resposta que poderia escutar.

- Joseph... - Mariana riu ironicamente, eu estava aprendendo que aquilo era um padrão constante em sua personalidade. Ela se afastou por um segundo e rodeou em torno de si mesma ainda inconformada com a pergunta. Deslizou as mãos no rosto e enfim me olhou nos olhos e prosseguiu. - Primeiro, eu não vou dizer todas ok? Mas conheço suas fãs e sei do que são capaz. - Nessa parte ela estava certa, algumas sempre passavam dos limites. - Segundo, hoje a gente é visto, amanhã eu sou conhecida pro resto da vida como sua saída casual. Não por ser uma ótima intérprete, não por ser a chefe de tradução de cinco línguas da Netflix... - Essa parte me surpreendeu, ela não havia me contado sobre o que era o tal grande contrato até então. - É, é isso mesmo! - Disse em uma empolgação confusa. - Eu sou chefe do departamento de tradução de uma grande empresa, finalmente o que eu almejei pra vida e agora vou ser a peguete do Joseph Quinn. - Ela dizia todas as palavras sem se quer respirar, parecia desabafar algo que prendia há tempos, não só sobre nós dois, mas sobre sua luta para chegar ao emprego que sempre almejou. Ainda para ajudar disse a palavra "peguete" em português me deixando confuso mas foi fácil compreender o que significava devido ao estresse da coisa toda.

- Eu... - Eu realmente não sabia o que falar. Além de não encontrar as palavras, eu não entendia o que pensar sobre o assunto.

- Olha, eu já disse que tá tudo bem. - Mariana respirou fundo enquanto enrolava seu cabelo tão loiro e comprido em um coque como se aquilo aliviasse sua combustão corporal. Já havia visto ela fazer aquilo outras vezes mas não pelo mesmo motivo.

- Eu vou conversar com o pessoal do hotel ok? A gente sai por trás, não sei... - Mais uma vez eu realmente não sabia como agir, mas eu ia dar um jeito. Já havia feito isso várias vezes. Mas não sem Charlotte.

"Char, preciso da sua ajuda."

Digitei mais que depressa a mensagem e antes mesmo de eu poder pensar foi respondida. Era surpreendente a disposição de minha assessora.

"Eu já sei! Olha isso aqui! Não tive como segurar!"

"Eu já sei! Olha isso aqui! Não tive como segurar!"

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https://www.tmz.com: O ator Joseph Quinn é visto pelas ruas de Hamptons com uma garota misteriosa. Leia mais....

A boca do meu estômago doeu ao ver a mensagem de Charlotte. Se antes eu havia perdido um pouco de Mariana, agora era o fim.

"Você tava bêbado? E quanto a tomar mais cuidado Joe? De qualquer forma, eu já tô quase chegando aí."

Eu não sabia se quer como olhar para Mariana que a essas alturas estava lá, sentada na ponta da cama imóvel, apenas com o olhar fixo em algum ponto se arrependendo de tudo o que vivemos até ali.

- A Charlotte, minha assessora, tá quase chegando aqui. Ela vai nos tirar daqui com segurança. - Me questionei por alguns segundos se valia a pena mostrar para Mariana o link da notícia, mas de qualquer modo ela saberia uma hora. - Tem mais uma coisa...

- O que? - Sua voz saiu tão falha como se estivesse desistindo aos poucos de estar acordada. O olhar que encontrou o meu já era vazio. Apenas entreguei meu celular a ela, não tive coragem de dizer mais nada. - Aghr! - Resmungou jogando o corpo para trás na cama cobrindo seu rosto com as duas mãos assim que pode ver a foto.

- A Charlotte vai dar um jeito ok? Ela é esperta, trabalha bem no ramo. - Eu não podia mover um músculo se quer. Sabia o quanto uma coisa tão boa tinha acabado em um pesadelo, não só para ela mas para mim também.

- Tá! - Para minha surpresa Mariana se levantou bruscamente da cama, me entregou o celular e toda aquela agonia tinha passado. - Eu não confio nem na minha sombra, mas vou confiar no profissionalismo dela. - Seu tom mais uma vez era irônico, claro. Mas acredito que dessa vez ela realmente não havia feito por mal, só era desse jeito que conseguia expressar seus sentimentos confusos. - Mas depois daqui, eu e você, acabou ok? - Aquilo sim foi uma facada. Era fácil para ela, claro que era. Mas para mim era um martírio escutar aquelas palavras vindas dos lábios que eu tanto gostei de beijar.

Quer dizer, vocês devem estar me achando melodramático e ela chata em todos os sentidos. Mas o ponto da nossa história aqui é que eu realmente fui pego de paixão a primeira vista, eu estava obcecado por ela numa profundidade tão grande que poucos dias a conhecendo não fazia diferença nessa coisa. Já ela, bom, ela não estava tanto na minha assim. Claro que estava afim e tudo mais, mas vocês entendem? Eu estava louco? Talvez.


Notinha: eu sei que ela tava de vestido gente mas dá um desconto para a foto que eu consegui achar 🥹 pensem na ideia da coisa kkk desculpa!

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Notinha: eu sei que ela tava de vestido gente mas dá um desconto para a foto que eu consegui achar 🥹 pensem na ideia da coisa kkk desculpa!

o conceito do amor »  joseph quinnOnde histórias criam vida. Descubra agora