ARABELLA

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Meu corpo ainda treme, e eu ainda consigo senti-lo

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Meu corpo ainda treme, e eu ainda consigo senti-lo.
Eu não deveria ter vindo até aqui, eu não imaginava que ele estaria aqui. Deveria ter permanecido na minha cama. Eu ainda estaria segura.

Já faz quase uma hora desde que uma mulher entrou aqui para saber se eu precisava de algo, suponho que aquele rapaz tenha mandando ela até aqui. E eu sequer sei o seu nome, não sei quem ele é. Mas deve ser alguém importante o suficiente pra mandar aqui.

Mas por um instante eu achei que era o Ray entrando, para me abusar mais uma vez. E dessa vez não havia para onde fugir, nem alguém para me salvar. Pois contra o Ray eu sei que não seria capaz, nem ninguém, até agora. Ninguém havia o enfrentado como ele, eu deveria ao menos ter agradecido.

Ele foi gentil comigo e eu fui uma mimada, medrosa e mau educada. Ele me ofereceu ajuda e eu se quer consegui responder a sua pergunta com decência, como alguém normal. Mas o que diabos há de errado?

— Bella — Olívia entrou como um trovão na sala — Eu te procurei por todo o lugar — Sua voz estava embargada — O que aconteceu?

Foi como se o meu mundo estivesse de desmanchando mais uma vez, e dessa vez Oli estava ali. E ela veio ao meu encontro, como nas últimas semanas. E eu me desfiz em chorar mais uma vez em seus ombros.

— O Ray — Mau podendo falar, seu nome soou como a única explicação. E senti o aperto dos braços da minha amiga me apertar — Ele está aqui!

— Oh, Bella — Ela me apertou em seus braços acariciando meu cabelos — Me desculpe por deixá-la sozinha, eu não fazia ideia de que ele estaria aqui. De verdade, se eu soubesse não a teria arrastado até aqui. — Ela nos afastou para me olhar e vi sinceridade em seus olhos esmeraldas.

— Não e sua culpa, Oli — Sentei-me novamente no sofá — Isso sempre acontece, não acho que terei paz afinal.

— Ei — Oli sentou-se ao meu lado segurando uma de minhas mãos — Não diga isso, você ainda viverá maravilhas! — Ela disse como sempre vem dizendo.

Apenas assenti não podendo rebater sua positividade. Vi Oli olhar por toda a sala e parar seu olhar em mim, aquele olhar desconfiado.

— Como você veio parar aqui?

Suspirei lembrando-me de toda a cena.

— Eu consegui acertar o Ray e correr dele, mas ele veio atrás de mim — Senti nojo em lembrar, e recordei-me do medo, era como está sendo perseguida por um bicho papão. E talvez ele seja isso — Eu entrei em um banheiro mas não consegui trancar a porta dele, então eu apenas tentei me esconder em uma das cabines — Olívia me olhava com os olhos atentos — Um rapaz de jaqueta marrom, de alguma forma fez com o que o Ray fosse embora. — Olívia arqueou as sobrancelhas — Ele me pediu para ficar aqui até acabar o evento, disse que se eu quisesse me levaria até minha casa.

diary • joseph quinn Onde histórias criam vida. Descubra agora