ARABELLA

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Quatro dias

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Quatro dias.
Quatro torturantes e lentos dias, sentindo a falta de Joseph, e da Arabella que sou ao seu lado. As ligações por FaceTime não tem suprido a necessidade do seu toque, do seu cheiro.
E suas ligações tem me deixado ainda mais necessitada, isso é estranho. E novo.

— Achei fofo — Oli deu de ombros dando mais uma garfada em sua comida.

— O que? — Perguntei ainda inerte.

Olívia olhou através de mim, ela amava almoçar apreciando a vista que o restaurante lhe dava.

— Essa coisa — Gesticulou com as mãos, rodando o garfo apontado para mim — Que vocês tem, é fofo — Completou após engolir.

Tomei mais um gole do refrigerante antes de dar mais uma garfada em meu almoço. Dei de ombros.

O dia estava ensolarado, mas frio.
Eu diria que estava na proporção perfeita, para um almoço a beira mar, como Olívia tanto ama.
Por mim, eu ainda estaria deitada na minha cama, totalmente enrolada em minhas cobertas.

Não estaria almoçando as onze e meia em frente ao mar, comendo mais cabelo do que a própria comida.

— As vezes me sinto desconfortável — Respondi e Olívia franziu o cenho, confusa. Talvez — Parece que estou impedindo algo, não sei explicar. Sinto-me culpada por não ter coragem de fazer o mínimo. — Dei mais um gole na bebida — E fazer ele esperar assim.

— Não acho que deveria se sentir assim — Havia incômodo em sua voz — Devido a tudo o que você passou, isso é o mínimo que ele poderia fazer — Ela arqueou as sobrancelhas dando mais uma garfada — Se ele realmente estiver interessado, ele vai entender isso — Disse após engolir — E sinceramente, eu acho que isso incomoda mais á você, do que a ele.

— Não sei Oli, Joseph pode ser o mais fofo e compreensível possível — Larguei o garfo após terminar ali, pegando o guardanapo — Mas ele ainda é um homem, você sabe, e ele tem as necessidades de um — Limpei os cantos da boca com o papel.

Olívia parou de mastigar e engoliu a comida imediatamente, largando o garfo e assim como eu pegando um guardanapo.

— Isso não é problema seu, Bella — Ela disse após limpar a própria boca — Isso é algo que você não deve ser preocupar, eles tem sim as necessidades, mas ele tem suas próprias mãos pra se aliviar — Ela disse e eu sorri, sem graça. — Ou você acha que ele não faz isso?

Senti meu rosto queimar com suas palavras, eu não conseguia imaginar o homem se tocando daquela forma. Talvez eu esteja sendo muito ingênua.

— É — Foi a única coisa que consegui responder, fazendo minha amiga arquear as sobrancelhas em reprovação.

— Fala sério, Bella — Ela recostou-se sob a cadeira — Ele é um homem — Ela disse o óbvio — Deve fazer isso no mínimo uma três vezes ao dia.

diary • joseph quinn Onde histórias criam vida. Descubra agora