ARABELLA

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Um passo após o outro, mentalizei

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Um passo após o outro, mentalizei.
Um após o outro, lembrando-me para não cair ao lado.

— Você não quer deitar um pouco? — Joe perguntou, seu queixo ainda estava sob minha cabeça.

E não, eu não queria sair dali. Por que isso era tudo o que eu havia feito em semanas, eu apenas dormi esperando que tudo passasse, mas no final eu estive quebrada como nos outros dias.

Eu estou tão cansada, de dormir, de chora e de tentar.

— Não — Minha voz saiu baixa demais.

Joe respirou fundo, ainda abraçados no meio da sala ao som de "I Wanna Be Yours" que acabara de começar. E talvez aquela fosse uma de minhas canções favoritas.
Ele riu, fazendo-me olhar para cima e encontrar seus olhos. Ele sorria e de alguma forma me fez querer sorri também, mas me mantive ali, quieta apenas admirando-o.

Receosa, finalmente enrosquei meus braços ao redor de sua cintura. Talvez ele tenha sido o primeiro  que abracei de verdade, sem medo nem culpa.
Joe pegou a taça das minhas mãos, jogando-a no sofá.

Abraçada a ele me senti melhor do que em todos esses dias, meu coração acelerava a cada movimento que fazíamos, cada vez que Joe beijava o topo da minha cabeça.

Olhei para cima, encontrando o seu olhar, seus cachos caiam na altura de sua testa. E seus olhos estavam iluminados, fazendo-me lhe encarar.

Joe encostou sua testa sob a minha e fechou os olhos, e eu conseguia sentir sua respiração em meu rosto.

— Arabella — Ele disse quase em sussurro.

Apertei mais os meus braços ao redor do seu corpo, sentindo-me pela primeira vez na vida, segura ao lado de alguém.
O formigamento em minha barriga dessa vez era diferente, eu nunca havia o sentido assim antes, ia do estômago ao quadril. E minhas mãos estavam mais suadas que nunca, em conjunto a eletricidade que percorria da espinha até a nunca, causando-me dificuldade para respirar normalmente.

Joe sorriu como se soubesse o que estava causando em mim. Sorri de volta, envergonhada.

— Acho que bebi além da conta — Admiti respirando fundo, sentindo os braços de Joe me apertarem mais.

— Uma vez ou outra, não faz mal — Ele respondeu baixo, sua voz estava rouca.

Suspirei quando ele enterrou seu rosto na curva do meu pescoço, revirei os olhos quase que instintivamente ao sentir sua respiração quente ali.
O calafrio que percorreu por todo o meu corpo quase me fez tremer.

diary • joseph quinn Onde histórias criam vida. Descubra agora