ARABELLA

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Tranquei a porta, sentindo o meu coração disparar

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Tranquei a porta, sentindo o meu coração disparar. Fechei os olhos tentando manter o ar em meus pulmões, controlando-me.

Joe estava pingando, totalmente encharcado. A roupa estava totalmente colada ao seu corpo, marcando-o.
Caminhei até o armário do quarto, e voltei á sala trazendo comigo duas toalhas para o homem que continuava imóvel, e as joguei em sua direção.

— Você vai acabar molhando tudo — Disse sem olhar em seus olhos.

— Posso tirar a roupa se quiser — Ele disse sério, eu o olhei no mesmo momento. Semicerrando os olhos.

— As roupas que você usou estão limpas em cima da cômoda, pode se trocar — Apontei para o quarto e o homem seguiu até lá, fechando a porta.

E eu finalmente soltei todo aquele ar que estava preso em meus pulmões. Quase desabando ali no meio da sala, me apoiei na mesa, tentando manter a calma e as lágrimas nos olhos.

Joe não poderia me ver tão exposta assim, ele não tinha que sentir mais pena de mim. Esse era o última sentimento que eu queria da sua parte.

Ouvi seus passos logo atrás de mim, mas não tive reação. Era como estar paralisada. Joe me abraçou, colando seu corpo em minhas costas, apertando toda a extensão da minha barriga, me fazendo arrepiar. Minhas  mãos abriram-se sob a mesa, em choque. Meu coração acelerou no mesmo momento, e eu senti o formigamento em minha nuca.

— Não faça isso comigo, por favor — Ele pediu baixo, contra minha orelha — Não me mande embora de novo.

Eu não o mandei embora, pelo contrário. Eu o deixei entrar, então por que essa era a sua súplica?

— Só me dê uma chance, e eu prometo fazer valer a pena. — Ele sussurrou, e eu conseguia sentir sua barba roçar a minha orelha.

— Só me diga o que você veio dizer, e só então eu poderei lhe responder — Saindo do seu abraço, me virei ficando de frente para o homem. Ele nunca pareceu tão alto como agora.

— Tudo bem — Ele coçou a cabeça — Primeiro eu não tenho PENA de você — Ele disse dando ênfase na palavra — Eu não sei de onde você tirou isso, sinceramente.

— Não era isso que você ia terminar de dizer ao telefone, quando eu entrei aqui? — Perguntei cortando-o.

— O que? — Sua sobrancelhas desalinharam-se tornando o seu rosto confuso, mas logo relaxou — Faz sentido você pensar isso, mas se você tivesse entrado segundos depois. Saberia exatamente o que eu falaria — Ele deu um passo à frente, fazendo-me recuar, e bater na mesa. — E não seria essa a situação em que estaríamos.

diary • joseph quinn Onde histórias criam vida. Descubra agora