Antes de anoitecer, voltamos para casa. Aproveitamos o final da tarde deitados no gramado, conversando e apreciando o belo dia que acabava. Sabendo que com ele nosso tempo junto estava se esgotando, e eu me senti mal em pensar nisso.
É incrível como em poucos dias Joe me fez querer tanto estar ao seu lado. Como eu nunca quis estar com alguém antes.
— Não estou afim de ir lá — Disse simplesmente e Joe me olhou confuso.
— Há algo de errado? — Ele perguntou, levantando um pouco a persiana para espionar as pessoas que estavam ao lado de fora. Reunidas ao redor da piscina de Olívia.
— Volta pra cama — Pedi fazendo o homem me olhar no mesmo momento e sorri. — Vamos terminar a série. — Sugeri sorrindo, envergonhada pelo que eu tinha acabado de falar.
Joe sorriu, caminhando de volta para onde estava.
As pessoas ali continuavam a rir e conversar alto, Joe aumentou o volume da TV e se deitou ao meu lado.O quarto estava escuro, assim como todo o trailer. Apenas a TV refletia a luz em todo o lugar, mas eu ainda conseguia ver todo o corpo de Joseph próximo ao meu. E eu estava tão nervosa, as pontas dos meus dedos eram quase como cubos de gelo.
Iniciamos a quarta temporada, e com ela a introdução de Joe na série. Ele estava animado, mas não me contou nada sobre o que aconteceria, segundo ele, para ter emoção.
Assim que seu personagem apareceu, o homem dublava a si próprio baixinho. Mas eu conseguia lhe ouvir, seu personagem era o típico esquisito da escola, mas ainda sim eu o achei um tanto atraente. Talvez, por ter o rosto daquele que estava deitado ao meu lado.
— Arabella — Ouvi alguém chamar ao lado de fora, mas a voz parecia longe. — Venha beber conosco — A voz era masculina, e de alguém que parecia um tanto quanto alterado.
Ouvi algumas outras repreendendo-o e eu já sabia de quem se tratava.
Joe me olhou, como se perguntasse o que eu faria.
Eu me aconcheguei mais as cobertas, e ele entendeu que falei sério quando disse que não estava afim.— A.R.A.B.E.L.L.A — Gritou o meu nome, dessa vez pausadamente. E eu suspirei quase irritada.
Ouvi Olívia reclamar com o homem, mas eu sabia que ele não iria parar. Jason era bom em ser inconveniente.
— Jason, pare — Olívia gritou irritada.
Joe se levantou novamente, indo até a janela para espionar pela persiana. A voz de Jason ficou um pouco mais próxima do que antes, enquanto Olívia o repreendia.
Jason poderia ser um bom homem, mas não sabia se portar bem após algumas cervejas, principalmente quando alguém que feriu seu ego estava por perto.
Ouvi a maçaneta da porta girar e olhei assustada para Joe, que andou até a sala. Checando a porta que estava trancada, mas a maçaneta continuava a fazer barulho.
Ouvi Joe xingar alguma coisa baixo antes de destranca-la, abrindo bruscamente a porta.Joe a abriu e o silêncio tomou conta do lugar, da cama eu conseguia vê-lo parado no portal com uma das mãos ali e outra repousada sob seu quadril.
— Desculpe? — Joe indagou para quem quer que estivesse a sua frente.
As pessoas que repreendiam Jason ficaram quietas assim como ele, mas ainda era possível ouvir a voz de Olívia. Talvez ela estivesse puxando o homem para longe dali.
— Desculpe, Joseph — Olívia disse e parecia envergonhada.
Joe fechou a porta e voltou para o quarto, caminhando lentamente até a persiana para espionar. Como se quisesse se certificar de que haviam se distanciado da porta, enquanto eu permaneci deita e sem reação na cama.
Bufando, ele se deitou ao meu lado, dessa vez, mais próximo do que antes. Uma de suas mãos chocou-se contra a minha e ela estava tão quente, contra os meus dedos gelados. Senti a mesma energia de antes percorrer por toda a minha espinha e respirei fundo.
— Estava demorando — Disse bufando. Joe me virou-se para mim quando falei.
Ele olhou para nossas mãos, agarrando-a ele envolveu meus dedos nos seus. E me olhou como se pedisse permissão para aquilo, eu sorri sem dentes para ele, concedendo-lhe o toque.
Ele levou minha mão a altura da sua boca, beijando o nó dos meus dedos.
Meu coração acelerou no mesmo momento, e me senti impossibilitada de continuar assistindo aquela série. Virei-me de lado, ficando de frente para o homem, ainda com nossas mãos entrelaçadas eu o encarei depois de olhar nossas mãos, encontrando os olhos brilhantes me encarando.
Fechei os olhos instantaneamente quando Joe alisou as costas da minha mão com o seu polegar.
— O que você está fazendo, Joe? — Sussurrei com os olhos fechados. Sentindo um tipo de energia pinicar o meu couro cabeludo, eu conseguia ouvir o meu próprio coração.
Abri os olhos, encontrando Joe ainda me encarando. Ele estava sério.
— Eu é que te pergunto, Arabella — Ele sussurrou de volta, se aproximando. — O que é que você tem feito comigo? — Ele sussurrou novamente, mas dessa vez em meu ouvido e eu conseguia sentir seus lábios tocarem ali.
Eu queria reagir, mas não tinha coragem. Meu corpo estava pedindo para abraçá-lo e sentir o seu toque, mas eu não conseguia me mover um centímetro se quer. Como eu se não tivesse qualquer força para aquilo.
Meu peito subia e descia tão rapidamente que eu tive a sensação de que meu coração pularia fora dali a qualquer momento.
Mas eu não sabia exatamente o que fazer, eu nunca estive tão próxima de alguém assim, não de forma consensual. E isso me deixava nervosa, o fato de não saber se quer beijar alguém me deixa ainda mais em pânico. Joe com certeza já beijou milhares de outras pessoas, deve ser tão bom nisso que não consigo imaginar.
Talvez ele me rejeite ao saber que não sei algo tão simples.
Totalmente vidrada em seus olhos, mau percebi quando Joe nos virou, ficando em cima de mim. Apoiado em seus cotovelos que repousavam cada um ao lado da minha cabeça.
Minhas mãos foram ao encontro do seu quadril quase que instantaneamente e eu respirei fundo, fechando os olhos quando ele aproximou o seu rosto do meu.
Joe roçou o seu nariz no meu, carinhosamente mas eu conseguia sentir um pouco da sua boca, roçar a superfície da minha. E abri os olhos para olhar o homem que parecia estar em transe, ele respirou fundo e me encarou.
A luz da TV adornava o seu rosto tão suavemente que fazia o homem parecer uma obra de arte.
— Tudo no seu tempo — Ele sussurrou levando as costas dos seus até minha bochecha e fazendo carinho ali.
O homem tirou os fios de cabelo que repousavam sob minha testa, tão lentamente enquanto eu quase morria ali. Ele beijou minha testa e deitou-se ao meu lado.
Continuei a olhar para o teto, assimilando o que havia acabado de acontecer. Tentando conter o sorriso que insistia em brotar no meu rosto.
Joe queria algo, ele me viu.
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Ei, o que acharam desse capítulo?
Obrigada por lerem até aqui 🤎
(capítulo não revisado, ignorem os erros)
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diary • joseph quinn
FanfictionJoseph acabou esbarrando em uma pequena garota. Essa garota deixou algo cair, como estava com pressa acabou não notando. Joseph o levou para casa e começou a lê-lo por curiosidade. Ao ler a última pagina, descobriu que aquela garota estava indo se s...