ARABELLA

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No café da manhã nós descemos para aproveitar o dia e a boa refeição do hotel

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No café da manhã nós descemos para aproveitar o dia e a boa refeição do hotel. Esperei que houvesse algo mais regional, mas me parece que ovos e bacon é como um café tradicional, mesmo na Itália.

Dessa vez eu acertei na roupa para a manhã ensolarada de Roma, algo mais leve e bom o suficiente para não me sufocar, e decidi que talvez eu devesse da uma chance as minhas próprias escolhas sem me importar com o que outras pessoas achariam do que eu estava vestindo.

O hotel era incrivelmente perto do Museu nacional romano Palazzo Altemps, que tivemos o prazer de visitar no final da manhã, descobrindo uma rica coleção de esculturas antigas em um magnífico cenário arquitetônico, pinturas fascinantes em tons verde e cor de rosa, adornada por bustos lindíssimos. Todo o passeio foi uma verdadeira revelação de salas decoradas e intriga de escadas e corredores, nos levando a descobertas e mais descobertas.
Considerado a outros, é um pequeno museu mas ainda sim pleno de maravilhosas estátuas conservadas por milênios, permitindo-nos conhecer os rostos de imperadores, senadores e outras figuras públicas do passado romano.  Teria sido incrível, se os seus funcionários não fossem tão mal humorados e antipáticos.

Joe ficou boa parte do passeio calado, pensativo e até mesmo desconfortável com o clima de algumas pessoas ali, considerando sua empolgação na sugestão de visitar o lugar durante o café da manhã. Eu diria que ele estava desapontado com a hospitalidade dos anfitriões.
Tentei lhe passar alguma animação enquanto éramos os últimos em alguns dos corredores, mas ele estava verdadeiramente decepcionado com aquilo, depois de algum tempo eu desisti de tentar, apenas continuei ao seu lado, caminhando lentamente.
Olívia ainda me ligava quando saímos do lugar, ela não havia desistido desde a manhã, e já passava do horário de almoço. Meu coração apertou ao pensar que talvez tivesse acontecido algo e eu estava agindo como uma egotista, com vergonha de contar algo sobre mim.

O celular vibrava freneticamente quando o tirei da bolsa, havia algumas mensagens e ligações perdidas da garota.

— Olívia? — Indaguei atendendo.

Joe e eu caminhávamos lentamente numas das ruas pouco movimentadas ainda perto do museu. O homem encarava o chão, desanimado.

— Ei — Ela exclamou — Você está bem?

Você não imagina como!

— Estou ótima, Oli — Respondi sorrindo.

— Isso é bom — Ela pareceu pensar alto.

Franzi o cenho, ela estava estranhamente quieta após minha empolgação.

— Desculpe não ter atendido antes, eu estava ocupada.

— Tudo bem, eu só quero que saiba que você é uma ótima pessoa — Ela disse parecendo tirar algum peso dos ombros — É a pessoa mais linda que já conheci, e eu não estou falando apenas da sua beleza. Eu quero que lembre sempre disso.

diary • joseph quinn Onde histórias criam vida. Descubra agora