ARABELLA

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Joe me ajudou com as malas, eu definitivamente não sabia o que levar, ou como fazer uma, para viagem

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Joe me ajudou com as malas, eu definitivamente não sabia o que levar, ou como fazer uma, para viagem. Me surpreendi com sua organização e bom gosto, o homem sabe como escolher boas roupas, e não é de se esperar menos. Tendo em vista o quão bem ele se veste.
Nós saímos cedo, devido a ansiedade que exalava do homem, desde que aceitei acompanhar sua viagem dois dias atrás. Tomamos café no aeroporto, que estava me dando nos nervos, a quantidade de pessoas, e vozes ao mesmo tempo me deixou mais desconfortável do que nunca.

Despachamos nossas malas uma hora antes do embarque, e eu estava tão nervosa. Seria minha primeira viagem de avião e para fora do país, eu nunca sai da Inglaterra antes. E a ideia de estar a mais de mil pés, me fazia suar frio.

— É mais tranquilo do que pensa — Joe tentou me tranquilizar, tentativa falha, pois as minhas mãos tremiam nervosamente. 

Joe colocou sua mochila na cabine a cima de nossas cabeças, ele me ofereceu o lugar na janela e educadamente recusei, seria demais para mim, bastava tremer de medo. Joe sentou-se ali e segui para o seu lado, sentei e o homem se acomodou tão tranquilamente que me chocou não ter um pingo de receio nos seus movimentos. 

Esfreguei minhas mãos uma na outra, e as sequei na roupa. Ela ainda suavam, pelo medo. Joe levantou a divisória dos nossos acentos e agarrou o cinto que descansava em cada lado do meu quadril, ele puxou cada parte, ficando próximo ao meu rosto. Eu o encarei e o homem estava concentrado em arrumar aquilo. Respirei fundo quando seus dedos roçaram todo o meu quadril, e apertando o cinto, firmemente.
Ele se certificou de que estivesse bem seguro, puxando o tecido pelo menos duas vezes.

— Obrigada — Sorri sem mostrar dentes, Joe assentiu e baixou a divisória.

Apertando o seu cinto, ele conectou o fone de ouvido à tela a sua frente, deixando-os no pescoço o homem se recostou sob a cadeira, totalmente relaxado.
Ninguém sentou ao meu lado, e agradeci aos céus por isso. 

Quando a aeronave começou a se mover, senti o meu estômago embrulhar. Respirei fundo agarrando as divisórias do acento quando meu corpo foi impulsionado para trás, quando as rodas saíram do chão, fechei os olhos fortemente. Se eu não morresse da queda, seria de medo.

— Ei — Joe chamou, calmamente.
O homem pegou uma das minhas mãos, e a apertou fazendo carinho com o polegar. Meu coração estava completa acelerado pelo medo, continuei com os olhos fechados na medida em que a aeronave subia mais e mais. Fechei os olhos sentindo a pressão zumbir em meus ouvidos.

Como alguém consegue gostar de viagens?

[...]

Quando pisei fora da aeronave, meus músculos tremiam, era como se eu estivesse numa cama elástica por cinco horas, uma sensação esquisita, porém, confortável. Joe carregava sua mochila nas costas e minha bolsa em seu ombro.

diary • joseph quinn Onde histórias criam vida. Descubra agora