ARABELLA

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Três xícaras de chá de camomila não foram o suficiente para me acalmar essa noite

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Três xícaras de chá de camomila não foram o suficiente para me acalmar essa noite.
Não há nada pior do que dormir na intenção de sonhar e ter um terrível pesadelo dos seus maiores traumas. São quase sete da manhã e eu estou como uma verdadeira morta viva. Ou pior.

Levanto da cama, desistindo totalmente de continuar tentando. Tentativas me cansam.

Não há sono algum, mas preguiça tem de sobra. Me arrasto para o banheiro. Talvez um bom banho me ajude a finalmente relaxar, ou tirar toda essa preguiça que me impede de andar como um ser humano normal.

Dispo-me da minha única peça de roupa, e espero a água fica na temperatura boa, quase fervendo.
Debaixo do chuveiro, deixo que a água leve todo o suor que o pesadelo me trouxe e relaxo um pouco com o som da água.

E em minha paz, lembro de ter sonhado com olhos castanhos, olhos brilhantes e castanhos. Um complemento para minha tranquilidade, e quase que genuinamente sorri ao lembrar.

O tempo debaixo do chuveiro passou como um piscar de olhos. Só me dei conta quando minha pele começou a incomodar, protestando pela temperatura alta demais. Mas eu precisava, depois dessa noite.

Passo uma boa camada de hidrante em todo o meu corpo, não pretendo parecer uma cobra trocando de pele. Não hoje. Visto novamente meu pijama, ainda é cedo demais para não estar vestida assim.

Ligo a TV e volto a deitar na cama, o dia está frio demais pra ficar fora dela. O telefone carrega na mesa de cabeceira, e me estico para pega-lo.
E ele ainda está no contato do Joe, penso em lhe mandar alguma mensagem, mas não acho que ele estaria acordado nesse horário, é muito cedo pra acordar num dia frio. Mas, talvez um SMS não lhe acorde.

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iMessage
Today 8:02 AM

You: ei, bom dia 🙂

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Jogo o telefone ao lado enrolando-me nas cobertas, na tentativa de oferecer algum calor ao meu corpo. Mas, receio que o frio dos meus pés não serão facilmente domados, tal como minhas mãos.

Aninho-me nelas procurando por uma boa posição. Com o controle em mãos, procuro por algum filme, há um bom tempo não assisto algo. A anos não tenho ânimo pra sentar e assistir, seja um pequeno vídeo, ou um seriado de TV.

Procuro por alguns minutos, mas não acho algo que me chame a atenção. Então decido, tentar dormir mais um pouco.
Quando senti o sono se aproximar, meu telefone vibrou perto das minhas costas. Assustando-me. Seria Joseph ou Olívia. Totalmente preguiçosa, estico braço na direção em que vibra e pego-o, olhando o visor e lá está, Joe.

diary • joseph quinn Onde histórias criam vida. Descubra agora