Bem ou mau? Part. I

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Pov: Narradora

Sons dos tapas podiam ser ouvidos atrás no quintal da casa de uma família renomada.

— Para de chorar, você está me deixando enjoado — O pai, o chefe da família, havia acabado de punir o filho, por quais motivos? Por tirar 9 em uma prova de 10 — Veja sua irmã, sempre com uma nota exemplar. Ela nunca me deu trabalho, diferente... — Outro tapa é dado no menor — ...de você.

— E-eu sin-sinto muito p-pa-pai — O pequeno disse entre lágrimas, soluços e sangue que escorria do rosto do menor.

— Pelo amor, vai se limpar. Daqui a pouco irá chegar visitas — O pai disse saindo do local.

— Você é bem fraco, né? — A irmã disse se aproximando do gêmeo — Mesmo fazendo jiu jitsu, você é fraco. E não digo fisicamente — ela disse colocando o dedo indicador na testa do garoto — Digo psicologicamente.

(...)

— AKASHI! VEJA VEJA! — O garotinho disse mostrando a irmã a prova na qual havia fechado — Hoje o papai não vai me bater! — O menor disse com um sorriso, cheio de band-aid em seu rosto, tampando os machucados obtidos pelo pai.

— Hum... Sabe, nessa prova eu perdi meio ponto. Mas você não... que tal comemorarmos? — ela disse dando um sorriso.

— AH! SIM!

(...)

A irmã havia levado o pequeno para os fundos da escola, onde alguns garotos maiores se encontravam lá.

— Sasaki, você sabe o que fazer — ela disse dando um olhar mortal.

— Pode deixar — O garoto disse estralando os dedos das mãos.

— C-como assi– Antes que o pequeno podesse ter falado qualquer coisa, ele foi interrompido pelo soco que recebeu na barriga, fazendo o mesmo da uma tremida, se ele não tivesse feito artes marciais, com certeza teria caído no chão, pois aqueles garotos eram muito maiores e mais fortes que eles.

— P-parem! Nii... chan... m-me aju– Dessa vez quem havia batido nele, havia sido a irmã.

— Não me lembre que sou irmã de um merda como você.

E a partir desse dia, a vida do Hasegawa foi de ruim, para pior.

(...)

— O que aconteceu com minhas coisas? — O garoto havia ido em seu armário pegar seus materiais para o próximo horário, porém, ao chegar na porta do armário, se encontrava uma tinta vermelha escorrendo.

— Ihh, Bokuto. Matou seus materiais foi? — Essa frase desencadeou uma série de risos.

E em pouco tempo, o Hasegawa começou a sofrer o Ijime:

Xingamentos e vandalismo na mesa no qual o mesmo estudava.

Baldes de água ou tinta quando o garoto entrava na sala de aula.

Afogamento no vaso sanitário da escola.

Vandalismo aos materiais.

Extorsão de dinheiro.

Queimação de bitucas de cigarro no braço e nas costas do mesmo.

Perseguição no caminho para casa.

E entre muitos outros, que não chegam perto, do dia que os garotos os levaram para lá...

(...)

Eu não amo ela, eu amo ✨Ele✨ - hiatus 🔴Onde histórias criam vida. Descubra agora