Bem ou mau? Part. II

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(...)

— Entre — O mais velho disse abrindo a porta para o menor — Por favor, se sente aí.

— Ah... Okay?

— Bokuto. Irei te fazer algumas perguntas, beleza?

— Tudo bem.

- Para agilizar as coisas, me diga o por que você se corta.

(...)

— Q-que? Como assim? — Bokuto se fez desentendido.

— Da pra perceber. Eu sou psicólogo também, Bokuto. Tenho olhar pra isso, quando foi a primeira vez que você fez isso?

— Acho que eu tinha uns... 6 anos.

— Hum... Vou fazer algumas pergutinhas para você, ok?

— Okay...

— Já achou difícil se acalmar?

— Bom... Sim, a maior parte das vezes.

— Já teve dificuldade em respirar? Como uma respiração ofegante, sem ar, ou coisa do tipo?

— Muitas vezes...

— Sentiu tremores nas mãos? — O menor confirmou com a cabeça — Você já teve a tendência de reagir a algumas situações de modo exagerado?

— Não exatamente...

— Já se sentiu agitado, ou com dificuldade de se acalmar?

- Sim! Várias vezes.

— Já se sentiu sem ânimo, sem vontade de fazer nada, totalmente deprimido?

— Uhum.

— Já sentiu que ia entrar em pânico?

— Não como já senti, mas como entrei.

— Sentiu que não tinha valor como pessoa?

— E eu tenho?

— Tem mais do que imagina — O mais velho deu um suspiro — Última pergunta: já sentiu que a vida não tinha mais sentido?

— Muitas vezes.

— Bokuto. Você me disse que sente isso e está assim desde dos seus 6 anos, certo?

— Sim, senhor.

— Certo... Bom, olha. Provavelmente, você tem depressão e ansiedade. Desde dos seus 6 anos, isso é uma idade muita nova, Bokuto. Nem consigo imaginar pelo o que você passou, me diga, seu pai tem alguma coisa haver?

— Bom, a maior parte.

— Como assim? — Antes que Bokuto podesse dizer algo foi interrompido — Ou melhor, não me diga agora. Vamos fazer assim, eu vou começar a cuidar de você. Se você se sentir ansioso vem conversar comigo. Se sentir sozinho, eu vou te dá um abraço. Eu vou te proteger, okay? — O tio disse mostrando o dedinho para o sobrinho como para que ele apertasse, como se fosse uma promessa.

— Okay! — Bokuto disse apertando o dedo sorrindo.

(...)

— Onde você estava Bokuto?

— Com o ti–

— Não importa. Anda, faz suas malas.

— Malas? Pra quê?

— A Akashi saberia. Sabe a empresa que eu trabalho? Então, você sabe que faz uns anos que o presidente morreu. Agora que a empresa pode mudar de presidente, vou voltar para pegar o cargo, mas não como vice... Senão as suspeitas cairão sobre mim. Então mudarei meu nome, o da sua mãe. A sua irmã já usa nome falso faz tempo.

— Minha irmã?...

— Eu também não sei pra que, coisas dela. Já pedi pra mãe de vocês para levá-los pro salão, mudar o cabelo, acho que branco serve. Agora anda, o avião saí hoje a noite.

(...)

— Akashi? Você tá chorando? — Akashi se encontrava sentanda em um dos bancos do avião. quando o irmão entro.

— Eu tive que me despedir de– Quer saber, não te interessa.

— Não mesmo.

— Ou melhor, Bokuto. Você pode mudar de vida, se me ajudar com algo.

— Algo?

— Me ajudar a conquistar o que é meu.

Eu não amo ela, eu amo ✨Ele✨ - hiatus 🔴Onde histórias criam vida. Descubra agora