CAPÍTULO 30:

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Depois de alguns minutos vi os meus colegas entrando na sala de espera, todos tinham passado, aquilo foi um grande alívio pra mim, se bem que eu já esperava isso. Então ali só tinham os 100 que passaram na primeira fase, o fato de eu estar naquela sala era sem dúvida um milagre. De repente mandaram olhar pra um telão e exibiram o campo de testes sendo demolido em algumas partes criando um cenário de desastre, aquilo era a próxima prova que seria um exercício de resgate.

{Resgatar pessoas... A única coisa que eu mais quero fazer}

Olhei pro Midorya de relance e os olhos dele pareciam brilhar ao ouvir aquilo, acho que pra ele isso tinha um significado maior do que pra qualquer pessoa ali na sala. Também vimos no telão várias pessoas nos destroços, eram vítimas profissionais, isso mesmo que você ouviu, essas pessoas eram de uma empresa especializada nisso. Nós seríamos avaliados por pontuação na hora do resgate e nos deram 10 minutos de preparo antes da prova. Me sentei em uma cadeira e fiquei com as mãos na cabeça pensando um pouco sobre tudo o que já tinha acontecido.

{Até agora só usei minha individualidade para lutar, atacar e me defender, mas nunca a usei para salvar uma vida, estou usando errado esse verdadeiro milagre dos céus... Mas agora é hora de começar a usar minha individualidade para o bem maior que é salvar!}

Enquanto pensava senti a mão da Kyamirī tocando meu ombro, ela estava em pé na minha frente sorrindo.

(Samy) O que tá fazendo?

(Kyamirī) Nada não, só estava olhando você. No que está pensando?

(Samy) *mexendo no colar* Nada demais, é que... Essa é a primeira vez que vou salvar alguém, não vou mais ficar na sombra dos meus colegas, tenho que fazer isso sozinho.

(Kyamirī) Como assim na sombra dos seus colegas?

(Samy) A gente fez uma loucura, quando o Bakugou foi sequestrado alguns colegas meus foram salvar ele e eu inventei de ir junto, mas não fiz foi nada, parecia que eu era invisível pra eles.

(Kyamirī) Entendi, então você se sente inútil?

(Samy) Exatamente, não que eu não goste dos meus colegas, mas perto deles eu nem pareço existir. E essa prova agora... Vai mostrar quem é um herói de verdade, salvar vidas não é pra todo mundo.

Fiquei olhando disfarçadamente pro Bakugou e me levantei arrumando meu colar.

(Samy) Tá vendo o loirinho estressado?

(Kyamirī) Aquele loiro lindo com os braços fortes?

(Samy) Se ele fosse salvar alguém a pessoa ia correr e pedir pro vilão salvar ela, sinceramente esse moleque precisa de um calmante.

Fui andando na direção dele com a cara fechada e ele esbarrou em mim de leve.

(Bakugou) Cuidado por onde anda seu gordo idiota.

(Samy) Quem?

(Bakugou) Você seu cego!

(Samy) Perguntou alguma coisa pra você cara. Égua vai te catar.

Após essa situação esquisita um alarme tocou, aquilo devia ser o início do teste. O teto começou a abrir enquanto o instrutor falava a situação caótica que iríamos enfrentar, um cenário onde o herói é a única esperança das pessoas, era hora de botar pra quebrar. Todos saíram correndo até o local de desastre mais próximo, pareciam querer salvar o maior número pessoas o mais rápido possível.

{Até na hora de salvar nos fazem ser ambiciosos, isso é pra mostrar o verdadeiro caráter}

Entrando na área urbana mais próxima fui gritando para ver se alguém respondia, bati de leve em alguns escombros esperando uma resposta, até que finalmente ouvi a voz de um rapaz caído com um pedaço de concreto em cima dele, usando o elemento vento criei a harpia para levantar o concreto, fui até o rapaz e a interface do óculos não mostrava nada de errado com ele.

{Claro idiota, ele é um ator. Tá certo, como o tio fazia? A sim, lembrei}

(Samy) Senhor fique calmo, pode me chamar de Raoni, você consegue me ouvir? Pode se mexer?

Passei meu dedo acima dos olhos dele para ver se ele tinha alguma resposta motora e se estava consciente.

(Samy) Senhor preciso que me diga se consegue sentir seus braços e pernas.

(Vítima 1) Não consigo sentir minha perna direita, me ajude por favor.

Tirei de uma pequena bolsa lateral na minha cintura um kit de primeiros socorros que tem uma tala, coloquei ela na perna do rapaz, o segurei no colo deixando sua cabeça pra cima e o levei até uma área de primeiros socorros que uma equipe de outra escola que esqueci o nome tinha feito.

(Samy) Esse aqui está consciente e com uma perna quebrada, volto daqui a pouco com outros.

Deixei ele lá deitado em uma maca, segurei sua mão e disse que tudo daria certo, me virei pra voltar e senti um medo terrível, era o medo de que aquilo um dia seria real e eu poderia fazer algo que custaria a vida de alguém. Enquanto voltava segurei meu colar de novo e fechei os olhos.

{Criador por favor... Tire esse medo de mim... E me ajuda a salvar mais um}

(Samy) *sussurrando * Me ajuda a salvar mais um.

Corri de volta pro desastre e encontrei um casal de idosos dentro de um prédio, usando o vento subi até o segundo andar e os alcancei.

(Samy) Não se preocupem, eu vou ajudar vocês, segurem minha mão.

Eles não tinham nada além de um pouco de sangue na cabeça, tratei daquilo com uma gaze e soro e os levei até a área de primeiros socorros, novamente segurei a mão deles e disse que tudo vai ficar bem.

(Vítima idosa) Muito bem rapaz. Não perdeu pontos até agora.

(Samy) Ah... Então são vocês que dão os pontos?

Atrás de mim o rapaz que eu tinha salvado antes começou a falar.

(Vítima 1) Exato, vocês precisam analisar tudo, se a gente está gravemente ferido, se estamos conscientes e como nos tirar com vida de lá. A gente tá com medo e feridos, então tudo vai contar pra sua pontuação.

(Vítima idosa) E você está se saindo muito bem, onde aprendeu a ser profissional assim?

(Samy) E-eu aprendi observando meu tio ajudando as pessoas no hospital, nunca salvei ninguém antes, mas estou fazendo o que posso.

Nem acreditava que eu estava indo tão bem, mas ainda não tinha acabado, podia ouvir as pessoas pedindo socorro em meio aquelas construções destruídas, então ajeitei meu traje e voltei ao trabalho.

(Samy) Mais um, me ajuda a salvar mais um.

Entrei e sai da área urbana até perder a conta, o local de primeiros socorros estava bem cheio, vi o Midorya chegando com um menino e olhando a situação, aquele baixinho só tinha salvado uma pessoa nesse tempo todo? Que filho de uma égua preguiçoso, justo ele que eu considero o mais forte da turma. Nem deu tempo de me irritar porque ouvimos uma explosão e um aviso de ataque terrorista, de um buraco na parede saiu o Gang Orca junto de alguns capangas, eles estavam sendo os vilões nos testes. Nos avisaram para continuar a salvar as pessoas e conter os vilões.

{Salvar... E combater... Deixar tudo em equilíbrio com o caos em volta, vão nos colocar em um crisol pra viramos heróis de elite}

Eu estava carregando uma criança ferida nas costas, quando ela viu os vilões chegando começou a chorar e ficou com medo.

(Samy) Shhh, tá tudo bem ok?

(Criança) Mas eles vão nos pegar, eu tô com medo!

(Samy) Não precisa ficar com medo ok? Porque eu estou aqui!

Continua.....

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