Capítulo XX

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      Will sentiu uma forte dor de cabeça. Quando abriu os olhos, ele se viu na Ala hospitalar. Na cama ao lado Hermione e Harry comiam uma grande barra de chocolate.

— O que aconteceu? — Perguntou Will, colocando a mão na própria testa.

       Harry e Hermione contaram a aventura com o vira-tempo. Eles impediram a morte do hipogrifo, Bicuço, e voaram com ele até onde Sirius estava trancado; Sirius fugiu junto à Bicuço.

— Obrigado por salvarem ele. — Sussurou Will.

      Harry sorriu.

— Tome! — Entregou um pedaço de chocolate.

      Will comeu o chocolate e sentiu um calor percorrer seu corpo, foi quando ele lembrou...

— Onde está meu tio?

       Harry e Hermione se entreolharam.

— Will, — Começou Hermione — Snape inventou uma história para o Ministro da Magia...ele queria que Black recebesse o beijo do dementador. Snape mentiu e disse que Black inventou uma história falsa para nós.

       Um arrepio percorreu todo o corpo de Will, nem o chocolate aliviaria aquilo.

— Não...— Resmungou — M-meu tio jamais faria isso. Ele sabe...que...digo, eu estava lá...

— Sinto muito, Will! — Sussurou Harry.

      Um ronco de fúria veio do andar de cima. Madame Pomfrey saiu da sua sala, olhava para o teto.

— Que foi isso? — perguntou Madame Pomfrey assustada.

      Agora ouviam vozes raivosas, que iam se avolumando sem parar. A enfermeira tinha os olhos na porta.

— Francamente, vão acordar todo mundo! Que é que eles acham que estão fazendo?

— Ele deve ter desaparatado, Severus. Devíamos ter deixado alguém na sala vigiando. Quando isto vazar...

— ELE NÃO DESAPARATOU! — vociferou Snape, agora muito próximo. — NÃO SE PODE APARATAR NEM DESAPARATAR DENTRO DESTE CASTELO! ISTO... TEM... DEDO... DO... POTTER!

      Will sentiu-se tonto. Aquilo não estava acontecendo. Por favor, não...

— Severus... seja razoável... Harry está trancado...

       PAM.

     A porta da ala hospitalar se escancarou.

     Fudge, Snape e Dumbledore entraram na enfermaria. Somente o diretor parecia calmo. De fato, parecia que estava se divertindo. Fudge tinha uma expressão zangada. Mas Snape estava fora de si.

— DESEMBUCHE, POTTER! — berrou ele. — QUE FOI QUE VOCÊ FEZ?

— Professor Snape! — protestou esganiçada Madame Pomfrey. — Controle-se!

— Olhe aqui, Snape, seja razoável — ponderou Fudge. — A porta esteve trancada, acabamos de constatar...

— ELES AJUDARAM BLACK A ESCAPAR, EU SEI! — berrou Snape, apontando para Harry e Hermione. Seu rosto estava contorcido; voava cuspe de sua boca.

— Acalme-se, homem! — ordenou Fudge. — Você está falando disparates!

— O SENHOR NÃO CONHECE POTTER! — berrou Snape em falsete. — FOI ELE, EU SEI QUE FOI ELE QUE FEZ ISSO...

— Chega, Severus — disse Dumbledore em voz baixa. — Pense no que está dizendo. A porta esteve trancada desde que deixei a enfermaria dez minutos atrás. Madame Pomfrey, esses garotos saíram da cama?

O filho de Sirius Black:William S. BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora