Capítulo LVI

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       Antes mesmo de abrir os olhos, a voz de Rô ecoou na mente de Will. Ele sentiu uma forte dor de cabeça e, com certeza, não desejava nada mais do que gritar mais alto do que na noite anterior.

— Black! Black!

    Will afundou o rosto no travesseiro. O prof. Flitwick o chamando. Will apertou os olhos. Por que o Prof. Flitwick estava chamando. Foi preciso o maior esforço, para o corpo fraco de Will se sentar.

— Professor? — De repente, Will se preocupou. Será que o feitiço não havia funcionado? Será que haviam escutado os gritos dele? Will ergueu as mãos e cutucou o rosto, tentando saber se estava inchado ou não. Estava. Merda.

— Arthur Weasley foi atacado. Você e a Srta
Granger estão indo para a sede passar as férias de Natal.

       Will notou que não havia ninguém no dormitório, por isso o professor estava falando com tanta liberdade. Will se preocupou com Sr. Weasley, ao mesmo tempo que o assunto não era seu rosto inchado.

— Como assim o Sr. Weasley foi atacado? — Will esfregou os olhos e tentou focar os olhos no professor.

— Ele estava em uma missão da ordem e foi atacado por uma cobra, ele já está bem, sendo tratado no St. Mungus.

— E como ele foi encontrado? — Questionou Will.

       Will observou o Prof. Flitwick se afastar e hesitar em responder. O que estava acontecendo? Que missão era essa do Sr. Weasley?

— Harry Potter. Ele...ele teve uma visão de Arthur sendo a atacado.

— Como assim uma visão? — Will estava tentado o distrair, para o professor não notar que havia algo de errado com Will.

       O prof. Flitwick pareceu ter se irritado, ou se desesperado, porque ele não respondeu, apenas se virou e disse:

— Você vai para a sede nas férias. Aviso dado. — Mas antes de sair do dormitório ele se virou para encarar Will — Você está bem, William?

       O garoto engoliu em seco diante o olhar do professor. Era um olhar de compaixão, mas, mesmo assim, Will sentia um certo julgamento, talvez fosse por parte dele mesmo, não do professor. Will abaixou a cabeça, refletindo, devia contar ao Prof. Flitwick sobre seu medo?

       Em vez disso, Will abriu um sorriso arrogante, os olhos brilhando de falsa alegria.

— Estou bem, senhor. Só que, sabe, o S Weasley acaba de ser atacado.

      Flitwick olhou Will de cima a abaixo. Então, o Black percebeu que o professor apressa os ouvidos para ver se escutava alguma coisa do lado de fora. É claro. Ele é o professor de feitiços, sabe os reconhecer.

— Talvez devesse ver o Prof. Snape, Black. — Então, saiu.

      Mas Will não queria ver seu tio. Ele queria conversar com outra pessoa. Não poderia fazer isso agora, óbvio, em breve, talvez.

      Will se levantou e caminhou, lentamente, até o malão, ele pegou seu uniforme da Corvinal e vestiu. Ele desceu até a Sala Comunal e correu até o salão principal. Will parou nas portas do salão e procurou a onda de cabelos espessos, encontrando-a sentada à mesa da Grifinória. Antes de a encontrar, ele viu Rô e Jack sentados lado a lado na mesa da Corvinal, trocando sussuros apressados. Não sei como te aguentamos! Will apertou os olhos, forçando as lágrimas a recuarem. Will começou a se sentir muito preocupado com a sua aparência atual, o rosto inchado, o cabelo comprido bagunçado...

— Mione! — Will correu para a mesa da Grifinória e se sentou ao lado de Hermione — O que aconteceu?

— Dumbledore me chamou. — Sussurrou ela. Então, parou, encarando o rosto de Will— Você está bem? — Will balançou a mão no ar, como se afastasse um mosquitos Hermione ficou o encarando. — Will...

O filho de Sirius Black:William S. BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora