Capítulo 91

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      Todas as aulas foram suspensas, todos os exames adiados. Alguns estudantes foram retirados às pressas de Hogwarts, pelos pais, nos dois dias que se seguiram. O céu bonito parecia zombar da raiva e tristeza de William.

        Quando Gina não estava com Harry, Rony e Hermione, ela sempre estava com William, Luna e Charlie. As duas amigas e u namorade tentavam fazer o Black se sentir melhor, o que parecia fácil...até fácil demais.

— Will? — Chamou Luna, quando Charlie e Gina se afastaram um pouco. William ergueu o rosto e sorriu para ela.

— Sim, Lu?

— O que está planejando?

— Como assim?

— Por favor, Will, não minta para mim. — Pediu. William encarou aqueles grandes olhos azuis, deu uma espiada em Charlie e Gina e virou-se novamente para Luna.

— Quero ir para casa. Quero ver todos os sinais que ele deu e eu nunca percebi.

— Will, não. É muito perigoso. Snape pode estar l...é isso que você quer? Quer ver Snape?

        William se manteve quieto, negando com a cabeça.

— Ele não vai estar lá de qualquer jeito, só se tiver um feitiço Fidelius em volta dela. Não se preocupe tanto, Luna, vou pedir para Mcgonagall me acompanhar. — Luna não respondeu.

      Era o último dia em Hogwarts. Embaixo, no Salão Principal, encontrou o ambiente anormalmente quieto. Todos usavam vestes formais, e ninguém parecia ter muita fome. A profa McGonagall deixara vazio o cadeirão ao centro da mesa dos professores. McGonagall ficara de pé, e os murmúrios tristes no Salão Principal tinham cessado prontamente.

— Está quase na hora — começou ela. — Por favor, acompanhem os diretores de suas Casasaté os jardins. Alunos da Grifinória, venham comigo.

       O prof. Flitwick chamou a Corvinal em seguida, depois Slughorn caminhou na frente dos alunos da Sonserina, por fim, a Profa. Sprout guiou os alunos da Lufa-Lufa. Nos jardins, uma variedade extraordinária de pessoas já se acomodara em metade das cadeiras; malvestidas e bem-vestidas, velhas e jovens. William reconheceu alguns membros da Ordem como Kingsley Shacklebolt, Olho-Tonto Moody, Tonks, seus cabelos milagrosamente tinham recuperado o tom rosa-berrante, Remo Lupin, com quem ela parecia estar de mãos dadas, o sr. e a sra. Weasley, Gui amparado por Fleur eseguido por Fred e Jorge, usando paletós pretos de pele de dragão.

      William avistou, para nenhuma surpresa, Batilda Bagshot. Ela fora uma grande amiga de Dumbledore e, por mais que William sonhasse em conversar com ela, ele não se sentiu nem um pouco entusiasmado.

       Cornélio Fudge passou por eles em direção às filas mais à frente, com uma expressão de infelicidade, girando um chapéu-coco. RitaSkeeter, e enfureceu-o ver um bloco de notas naquelas mãos de garras vermelhas; e, Dolores Umbridge, com uma expressão de tristeza pouco convincente em sua cara de sapo, um laço de veludo negro no alto dos cachos azulados.

      Os professores finalmente se sentaram. Hagrid vinha andando pela passagem entre as cadeiras. Chorava silenciosamente, seu rosto brilhava de lágrimas, e trazia nos braços, envolto em veludo roxo salpicado de estrelas douradas, o que William sabia ser o corpo de Dumbledore. Os olhos de William queimaram, quando Hagrid passou por ele, pois conseguiu ver de perto a vítima de Snape.

       O garoto não conseguia ver com clareza o que acontecia à frente. Hagrid parecia ter colocado o corpo cuidadosamente sobre a mesa.

      Um homenzinho com os cabelos em tufos e simples vestes pretas se erguera e agora estava parado diante do corpo de Dumbledore.

       "Nobreza de espírito...contribuição intelectual... grandeza de coração..."

      O homenzinho de preto parara finalmente de falar e retomara seu lugar.

       Então várias pessoas gritaram. Vivas chamas irromperam em torno do corpo de Dumbledore e da mesa em que jazia: cada vez mais altas, ocultando seu corpo. Subiram espirais de fumaça branca no ar, desenhando estranhas formas. Então surgiu um túmulo de mármore branco, encerrando o corpo de Dumbledore e a mesa em que repousara.

— Profa. Mcgonagall! — William chegou até a professora, no momento em que ela enxugava as lágrimas em um lenço branco.

— Sim, Black?

— Eu queria pedir algo para senhora.

— E o que é? — Ela limpou outra lágrima que caiu.

— Quero ir para a minha antiga casa...pegar umas roupas. —Mcgonagall o olhou com força, tentando ver se ele dizia a verdade, ela soltou um longo suspiro. William fico surpreso, nunca viu a professora tão insegura.

— Sinto muito, Black. Isso não será possível. É muito perigoso...

Eu sei, professora. Mas, se a senhora ou outro membro me acompanhar...

— Quer que arrisquemos mais vidas, garoto? — Rosnou uma voz atrás de Mcgonagall. Moody.

— NÃO! De forma alguma, só quero pegar umas roupas...

— Não minta, pirralho.

— Alastor! — Brigou Mcgonagall — Black, os membros da Ordem já decidiram que você passara as férias com os Weasley, sem nenhum contato com sua outra casa.

— Vocês não se preocupam se eu tentar fugir?

— Nós te conhecemos, Black. Nunca quebra as regras dadas a você.

Veremos.

       E com isso, William se virou e saiu correndo até as escadas de pedra.

O filho de Sirius Black:William S. BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora