Capítulo 68

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— Will — O garoto ergueu o rosto para Gina — Por que Harry fica te encarando?

     Will olhou na direção da mesa da Grifinória, realmente Harry o encarava sem nem piscar.

— Não contei? Dormimos juntos ontem à noite. — Charlie e Gina gargalharam. Will piscou para Harry, que balançou a cabeça e voltou o olhar para uma Hermione confusa. — Bom... — Will estralou os dedos — Hoje é o dia da minha Orientação Vocacional.

     A orientação vocacional era para os alunos do quinto ano conversaram com os diretores de suas Casas para discutir suas futuras carreiras. Hoje, durante o horário livre depois do almoço, era a sua vez de conversar com Flitwick.

     Will chegou pontualmente.

— Oi, senhor.

— Pode sentar-se, Black — O garoto notou que o professor falava com formalidade. — Bom, Black, esta reunião é para discutirmos as ideias sobre carreiras que você já tenha, e ajudá-lo a decidir que disciplinas você deve fazer no sexto e sétimos anos — começou Flitwick. — Você já pensou no que gostaria de fazer quando terminasse Hogwarts?

     Will sorriu levemente.

— Sim, senhor. Penso em ser historiador.

— Precisa de notas importantíssimas para isso, não sabe, Black?

— Sei, sim, senhor. Em História da Magia, Estudo dos Trouxas, Runas Antigas e, talvez, Alquimia e Teoria da Magia.

— Sim, isso mesmo. Mas, devo dizer, que se deseja estudar mais a fundo a origem de feitiços e poções, também precisa estar nas respectivas aulas. Vejamos, você tem: "E" em História da Magia, "O" em Estudo dos Trouxas, "E" em Runas Antigas, "O" em Feitiços e "O" em Poções... sim, sim, Black você tem total capacidade para ser um historiador. Mas, o Prof. Snape só aceita alunos com nota "E", é apenas isso que deve melhorar.

    Will segurou um sorriso.

— Pode ir, Black! Continue assim e será um historiador tão bom quanto Batilda Baghshot!

     Enquanto caminhava pelo corredor, viu o novo decreto deUmbridge:

Enquanto isso, com Harry Potter:

— Largo Grimmauld doze! — ordenou alto e bom som.

     Foi uma das sensações mais curiosas que já experimentara. Já viajara usando Pó de Flu antes, é claro, mas então todo o seu corpo girara muitas vezes nas chamas atravessando a rede de lareiras bruxas que cobria o país. Desta vez, seus joelhos continuaram firmes na sala da Umbridge, e somente sua cabeça se arremessou pelo fogo esmeraldino...

     Então, tão abruptamente quanto se iniciara, a rotação cessou. Sentindo-se bastante enjoado como se estivesse usando um abafador excepcionalmente quente na cabeça, Harry abriu os olhos e se viu olhando para fora da lareira da cozinha e para a comprida mesa de madeira, onde um homem estudava um pergaminho.

— Sirius?

     O homem se sobressaltou e olhou para os lados. Não era Sirius, mas Lupin.

— Harry! — exclamou muito chocado. — Que é que você... que aconteceu, está tudo bem?

— Está. Pensei... quero dizer, tive vontade... de bater um papo com o Sirius.

— Vou chamá-lo — disse Lupin se levantando, ainda perplexo –, ele foi lá em cima procurar o Monstro, parece que anda se escondendo no sótão outra vez...

     E Harry viu Lupin sair correndo da cozinha. Agora não tinha nada para olhar exceto as pernas das cadeiras e da mesa. Ficou imaginando por que Sirius jamais mencionara como era desconfortável falar entre as chamas; seus joelhos já estavam protestando dolorosamente contra o contato prolongado com o duro chão de pedra da sala da Umbridge.

O filho de Sirius Black:William S. BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora