O filho de Sirius Black:William S. Black

Capítulo 84

       Oi! Deixei uma pergunta lá na "CONVERSAS" se conseguirem responder, por favor. É importante para decidir a próxima fanfic minha.

       Ela estava sentada diante dele, nos jardins de Hogwarts, a conversa havia sido normal e tranquila até aqui. Mas, olhando o Lago Negro, Will percebeu que adiar essa conversa só a tornaria mais difícil.

— Hey, Lu. — A garota ergueu seu rosto do livro que segurava, seu doce sorriso sumiu, aos poucos, ao perceber que chegará a hora de conversar sobre aquilo.

— Oi, Will.

       O clima havia ficado tenso, afinal, ambos estavam tensos.

— Lhe devo uma explicação — Luna acenou com a cabeça — sobre...sobre Roberta e Jackson. E o motivo deles terem sido expulsos. — ela continuou acenando — Roberta. Ela...ela me dava muita pressão, me assustava, fazia me sentir ruim, péssimo. Já Jack...ele...me agrediu, mais de dois vezes.

       Seu rosto expressou puro choque, seu choro chegou automaticamente. Seus grandes olhos azuis só demonstravam tristeza e decepção.

— Nós conversamos por cartas no verão — Revelou — Jogaram toda a culpa em você, eu não entendi bem, mas não queria me intrometer tanto, pensei que eles estavam sensíveis, apenas isso. E-eu nunca imaginei que...eu seguia eles...eu imitava eles! Ah, Will, me perdoe...eu sou horrível!

—Não, não, não, Luna Lovegood! Você é melhor pessoa que conheço...Você chegou aqui igual a todos nós: sem amigos, e quando nós encontrou, tentou imitar a gente, para, sabe, não perder? Em nenhum momento foi sua culpa. Nunca foi nem 1% sua culpa. Está me ouvindo, Lu?

— Eu devia ter notado! — Luna se encolheu, abraçando os joelhos.

— Não havia como notar, Luna, era sigiloso, e estava animada demais por ter amigos! A felicidade cega nossos olhos.

— M-mas...mas...

       Will ergueu sua mão direita e limpou as lágrimas de Luna.

— Estou bem. Eles estão longe.

— Poderiam estar longe há muito mais tempo.

— Eu ainda não tinha coragem de falar. Tinha medo. Agora, ainda tenho, claro, medo de acabar esbarrando neles no meio de uma rua, ou...sei lá! Porém, me sinto mais seguro agora. Me desculpe ter deixado você tanto tempo no escuro, Lu. Promete que não vai se culpar por nada?

        Luna demorou para responder, e quando o fez, apenas acenou com a cabeça, não conseguindo dizer nada por conta das lágrimas.

— E-e-eles continuam me mandando cartas, o que eu faço?

— Faça o que quiser, Lu.

       Ela acenou com a cabeça.

~ ✰ ~

        Vários alunos haviam ido embora de Hogwarts por conta dos pais que iam os buscando a cada ataque de Comensais da Morte. Foi em uma manhã, em que Erika, uma garota Sonserina, se aproximou de Will na aula de Runas Antiga. Quando a garota sentou ao seu lado, Will a olhou com a testa franzida, afinal, quase todos os alunos da Sonserina eram filhos de comensais.

— Oi. — Ela cumprimentou.

— Oi — Will respondeu educadamente.

— Sou Erika. Você é William Black, certo?

— Sim.

— Posso lhe contar algo?

        Will a olhou com desconfiança.

—Está vendo aquela garota? — Erika se inclinou para trás, revelando uma aluna da Grifinória.

— Sim?

— O nome dela é Romilda Vane. Ela estava no banheiro com um livro de Poções aberto na parte de Poção do Amor...você é amigo de Harry Potter, né?

       O garoto acenou com a cabeça, um pouco assombrado.

— Vou alertar Harry. Obrigado pro avisar, Erika. — Ela sorriu para ele.

        No fim da aula, Will correu por toda a Hogwarts procurando Harry, encontrando na biblioteca.

— O que faz aqui? — Perguntou.

— Oi, Will.

— Você na biblioteca?

— Ei, eu venho muito aqui com Mione!

       Will viu um movimento atrás de Harry, se inclinou para o lado, vendo Romilda Vane. Will foi até Harry, segurou seus ombros e trocou-os de lado, fazendo Harry ter a visão da garota.

— Está vendo? Ela é Romilda Vane, está te preparando uma Poção do Amor.

— Jura? — Harry se inclinou mais para o lado para ve-la melhor. Will ergueu seu livro e o bateu na cabeça do garoto — Ai!

— Ela só faz isso porque pensa que você é O Eleito. Não vá se exibir.

— Mas eu sou O Eleito.

        Will congelou e olhou para Harry, cheio de choque. Harry o olhou de volta, muito nervoso, como se tivesse dito besteira.

— É-É brincadeira!

— Me explique essa brincadeira. Pois sempre odiou chamar a atenção e agora faz uma piada dessa.

       Harry olhou de um lado para o outro, procurando alguém que pudesse o escutar.

— Existe uma profecia sobre mim e Voldemort.

— Eu vi ela sendo quebrada. Ninguém a ouviu.

— Quem fez a profecia foi a Profa. Trelawney. — Quê! — Dumbledore a ouviu no dia que ela a fez.

— Harry — Disse Will, tenso — O que a profecia dizia?

— Aquele com o poder de vencer o se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar do sétimo mês... e o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece...

— Continue.

— É isso!

— Harry...

      Ele olhou para Will, como se tentasse lembrar todos os motivos para confiar no menino Black.

— e um dos dois deverá morrer na mão do outro, pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver...

      Sem nem pensar, sem nem falar nada, sem nem expressar uma só emoção, os braços de Will se moveram e abraçar o pescoço de Harry com força, o garoto também abraçou Will, com a mesma força. Eles ficaram assim por torno de um minuto, Will quase chorou pensando o que aconteceria se Harry perdesse e Voldemort governasse o mundo. Mas o que mais doía, sem dúvidas era o medo de perder seu amigo.

      Will se afastou e olhou para Harry com vergonha de tê-lo abraçado.

— E...tem mesmo chance de ser você?

— Voldemort já me marcou como seu igual. Ele me escolheu. Sou eu, Will, apenas eu.

      Black olhou para todos os lugares, menos para Harry.

— Como o destino do mudo pode estar nas mãos de alguém tão idiota quanto você?

      Harry riu, fazendo Will sorrir, ele havia conseguido aliviar aquele clima mortal que havia se espalhado. O Black ergueu suas mãos e passou pelo seu cabelo que ai até os ombros, depois olhou para Harry e fez um cara de nojo.

— Que foi? — O Potter questionou, aflito com a rápida mudança de expressão de Will.

— Arrume esse cabelo! — Dito isso, Will se virou, saindo do corredor com um sorriso no rosto, que logo se desmanchou ao lembrar da terrível profecia junto com toda a história de Harry

       O que acontecia agora? Quando seria esse duelo entre Harry e Voldemort? O que aconteceria se Voldemort ganhasse?