Capítulo XXV

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     Will e Jack cantavam o hino da Irlanda, enquanto caminhavam em direção do bruxo do Ministério,  Basílio, para pegar a Chave de Portal de volta.

— Incrível! — Murmurava o Sr. Stuart — Krum pegou o pomo, mas a Irlanda venceu...incrível!

— Krum! Krum! Victor Krum! O melhor apanhador da Bulgária! — Jack cantou em uma bela voz desafinada e horripilante.

— Esse jogo foi...in-crí-vel! — Disse Will.

— Incrível! — Murmurou o Sr. Stuart.

— Jay, podemos fazer o trabalho de história hoje? — Jack olhou para ele como se fosse louco.

— William Severus Black! Essa partida foi inesquecível e você quer estragar minha noite com um trabalho de história!?

— Não diga meu nome completo! — As bochechas de Will queimaram, ninguém, com exceção de seus amigos e seu tio, sabia que o nome do meio dele era Severus. — Eu preciso de um jeito de liberar essa energia! Eu vou fazer o trabalho! Mas não pense que vou deixar você copiar, Jackson Jordan Rose-Stuart!

— Hey! Não diga meu nome completo! — As bochechas de Jack ficaram vermelhas, igual suas orelhas.

     O Sr. Stuart soltou uma risada alta.

— Vocês são a melhor dupla de todas!

— Obrigado! — Will colocou as mãos no peito, agiu como se aquele fosse o elogio do século.

— Noite, Basílio! — Cumprimentou o Sr. Stuart.

— Jogo espetacular, não acha, Charles?

— Óbvio! Irlanda venceu, mas Krum pegou o pomo...minha nossa...esse fim foi tão...nossa! — Will segurou a vontade de rir — Nossa chave de Portal, por favor, Basílio!

— Aqui! — Basílio entregou a meia rasgada para o Sr. Stuart.

— Venham, meninos! — Will e Jack seguraram a meia rasgada. O Sr. Stuart começou a contada — 5...4...3...2...1...agora!

      Will sentiu como se fosse puxado pelo umbigo; seus pés deixaram o chão. Ele apertou os olhos com força para não tontear, só voltou a abri-los quando seus pés tocaram o chão. Pela segunda vez naquele dia, Jack e Will perderam o equilíbrio e caíram na grama.

      Will e Jack cantaram o hino do time da Irlanda no caminho de volta para a casa dos Stuarts, o pai de Jack as vezes murmurava alguns trechos da letra.

— Julia! Chegamos! — O Sr. Stuart abriu a porta da casa e abriu espaço para os meninos entrarem.

— Quem ganhou? — A Sra. Stuart apareceu. Seus cabelos estavam presos em um coque firme, segurava uma concha suja de feijão.

— Irlanda. Porém, você não vai acreditar, Victor Krum pegou o pomo.

— Pelas barbas de Merlin! Que fim incrível!

— Sra. Stuart, por quê não foi ao jogo com nós? — Will perguntou educadamente.

      A mulher sorriu para ele.

— Madame Malkin precisava da minha ajuda na loja. Estamos cheios de trabalho. Venham, o jantar já está pronto.

      Os quatro se sentaram a mesa. A Sra. Stuart começou a perguntar sobre o jogo, Will e Jack respondiam tudo com uma animação fora do normal. A comida da Sra. Stuart era bem melhor da que Will preparava para ele e epara o tio; ela devia trabalhar com comida e não com roupas.

— Por que a loja está cheia de trabalho, mamãe? — Perguntou Jack.

      O Sr. Stuart e a Sra. Stuart procuram sorrissinhos cheios de mistério.

— Digamos que vai acontecer algo incrível em Hogwarts esse ano e estamos tendo que fazer vestes a rigor.

      Will quase guspiu o suco de maçã que acabará de beber.

— A senhora não disse...Por quê?

— Vão descobrir quando chegarem em Hogwarts! Mais carne? — Will não queria mais, mas a Sra. Stuart encheu seu prato como se aquilo fosse um pedido de desculpas por não poder contar o que aconteceria em Hogwarts.

      Eram nove horas da noite, quando Jack e Will subiram para o quarto. Eles foram até duas da manhã conversando, até a Sra. Stuart entrar no quarto e os mandarem dormir.

      Quando Will acordou, ele se sentou na cama. Esfregou os olhos e deslumbrou o quarto a sua frente. Sua coruja, Violett, estava em cima da gaiola com um carta amarrada na perna.

— Será que é dele? — Will ergueu o rosto; Jack já havia acordado.

— É isso que vou ver! — Will correu até Violett e pegou a carta.

       William,
               Por favor, volte para casa. Quando você descobrir o que aconteceu, saberá o motivo por querer você por perto.
                                                                                                  S. Snape

— É do meu tio. — Will nem precisa ter dito, já que Jack lia a carta por cima do ombro dele.

— O que aconteceu? — Perguntou ele.

      Um grito alto veio da cozinha. Will e Jack correram até lá; a Sra. Stuart segurava a nova edição do Profeta Diário, o Sr. Stuart lia a notícia da capa por cima do ombro da esposa.

— O que houve? — Os dois garotos perguntaram juntos.

— Comensais da Morte, Seguidores de Você-Sabe-Quem, atacaram os trouxas de madrugada no acampamento da copa.

— Isso não é o pior. A Marca Negra também apareceu! — Completou a Sra. Stuart.

— Marca Negra? Tipo, a marca que os Comensais da Morte e Você-Sabe-Quem usavam depois de atacar um lugar e matarem alguém?

— Exato! — Exclamou a mulher, parecia aterrorizada.

— Como isso aconteceu? Os Comensais não foram presos depois da queda de Você-Sabe-Quem? — Perguntou Jack.

— Alguns conseguiram ficarem soltos — Contou Will — Mas por que eles se revelaram ontem?

— Escutem — Todos olharam para o Sr. Stuart — Escutem: vocês dois são muito jovens, não se preocupem com isso, ok o Ministério vai cuidar de tudo. Will, que carta é essa?

      Will olhou para a carta do tio. Era disso o que Severus falava, os Comensais da Morte soltos se revelaram ainda a favor de Lord Voldemort. Will tentou conter o sorriso. Seu tio o queria por perto para protegê-lo do perigo. Ahh, no fundo você me ama, tio Sev.

— Meu tio quer que eu volte para casa por causa do ataque.

— E ele não está errado! Se Jack não estivesse em casa, eu entraria em pânico depois de ler essa notícia! — Disse a Sra. Stuart. — Antes de você ir, vou ao Beco Diagonal comprar os materiais de vocês e...— Riu — Suas vestes a rigor! — Ela saiu correndo da casa.

— Odeio vestes a rigor! — Resmungou Will.

O filho de Sirius Black:William S. BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora