— Não vou... Não preciso de ala hospitalar... Não quero...
Harry balbuciava ao mesmo tempo que tentava se desvencilhar do Prof. Tofty, que o observava muito preocupado depois de ajudá-lo a andar até o Saguão de Entrada sob os olhares de todos os estudantes.
— Estou... estou ótimo – gaguejou Harry, enxugando o suor do rosto. – Verdade... eu só adormeci... tive um pesadelo...
— A pressão dos exames! — disse o velho bruxo simpaticamente, dando palmadinhas trêmulas no ombro do garoto. — Acontece, meu rapaz, acontece! Agora, uma bebida refrescante, e talvez você possa voltar ao Salão Principal? O exame está quase terminando, mas você talvez consiga concluir satisfatoriamente a última pergunta?
— Sim — respondeu Harry sem pensar. — Quero dizer... não... já fiz... fiz tudo que pude, acho...
— Muito bem, muito bem — disse o velho bruxo gentilmente. — Então vou recolher o seu exame e sugiro que vá se deitar um pouco.
— Vou fazer isso — disse Harry, acenando a cabeça com vigor. — Muitíssimo obrigado.
Will acompanhou Harry com olhar, quando os olhos verdes se Harry o alcançaram, Harry moveu os lábios: "Sirius". Will não entendeu o recado, nem nada. Apenas ficou lá, esperando o tempo passar e, no fim, saiu correndo do Salão, junto com Rony e Hermione.
— Harry! — chamou Hermione na mesma hora, parecendo muito assustada. — Que aconteceu? Você está bem? Está doente?
— Onde você esteve? — quis saber Rony.
— Venham comigo — disse Harry depressa. — Depressa, tenho de falar uma coisa para vocês.
Ele os levou para o corredor do primeiro andar, espiando pelos portais, e finalmente encontrou uma sala de aula vazia em que mergulhou, fechando a porta logo que Will, Rony e Hermione entraram, e se apoiou na porta para encarar os amigos.
— Voldemort pegou Sirius.
O corpo de Will tremeu.
— C-como...como pode ter tanta certeza disso? — Questionou Will.
— Vi. Agorinha. Quando adormeci no exame.
— Mas... onde? Como? — perguntou Hermione, cujo rosto estava branco.
— Não sei como — falou Harry. — Mas sei exatamente onde. Tem uma sala no Departamento de Mistérios cheia de estantes com pequenas esferas de vidro, e eles estão no fim do corredor noventa e sete... ele está tentando usar Sirius para apanhar alguma coisa que quer lá de dentro... está torturando ele... diz que quando terminar vai matá-lo!
O corpo de Will começou a tremer sem parar.
— Como é que vamos chegar lá? — perguntou aos amigos. Fez-se um momento de silêncio. Então Rony perguntou:
— Ch-chegar lá?
— Chegar ao Departamento de Mistérios para poder salvar Sirius! — disse Harry em voz alta
— Mas... Harry... — disse Rony com a voz fraca.
— Quê? Quê? — exclamou Harry.
Will não conseguia prestar tanta atenção no que falavam, apenas pós a mão em frente o nariz, tentando manter a respiração regular.
— Harry — disse Hermione com a voz muito assustada —, ah... como... como foi que Voldemort entrou no Ministério da Magia sem ninguém perceber a presença dele?
— Como é que eu vou saber? — urrou Harry — A questão é como nós vamos entrar lá!
— Mas... Harry, pense —– disse Hermione, chegando mais perto dele —, são cinco horas da tarde... o Ministério da Magia deve estar cheio de funcionários... como é que Voldemort e Sirius entraram lá sem serem vistos? Harry... eles são provavelmente os dois bruxos mais procurados do mundo... você acha que poderiam entrar em um prédio cheio de aurores sem ninguém perceber?
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O filho de Sirius Black:William S. Black
FanfictionEra uma manhã normal no ano de 1993, quando William avista a grande foto de um homem na capa do Profeta Diário.