Will acordou mais cedo do que costumava. Uma coruja batia o bico no vidro da janela. Will pulou do colchão e correu até a ave.
Abriu a janela e pegou a carta amarrada na perna da coruja.
Billy,
Sinto muito não estar lhe escrevendo. Mas quero lembrá-lo que enviar corujas é muito perigoso. Enviar uma coruja significa mostrar onde estou. Queria apenas alertá-lo que estou bem. Não se preocupe comigo, estou tomando muito cuidado.
SiriusWill correu até a cama de Jack e o sacudiu. Jack sentou-se com a cara amassada e cheia de sono.
— É dele! — Alertou Will.
Foi como se alguém tivesse jogado um banho de água fria na cara de Jack. Ele pareceu de repente bem acordado. Arrancou a carta das mãos de Will e leu várias vezes antes de dizer.
— Ah, merlin! Que ótimo!
— Sim! — Will sorriu grande de orelha a orelha. Uma onde de alívio percorria seu corpo. Estava tudo bem. Ele pegou a carta de volta e releu duas vezes. Estava tudo bem.
Houve uma batida na porta.
— Meninos? — Era o Sr. Stuart — Já acordaram?
— Por incrível que pareça, papai! — Falou Jack
A porta do quarto se abriu lentamente. Will atirou a carta para baixo da cama. O Sr.Stuart entrou no quarto sorrindo grandemente.
— Então, vão se ajeitando! — Disse ele — Nós vamos sair mais cedo já que já levantaram! Vou fazer o café! — Ele fechou a porta ao sair.
Will ficou parado, grudado ao chão.
— Que foi? — Perguntou Jack.
— É so que...eu não contei pro meu pai que vou na copa.
Jack revirou os olhos.
— Will, isso não é tão importante assim.
— Jay, ele deve estar achando que estou com meu tio passando mais um verão chatissimo!
— Então escreva para ele que cê tá aqui em casa.
Mas Will não podia escrever para o pai. A coruja poderia ser atacada e o Ministério poderia saber a localização de Sirius.
— Não, estou bem assim. — Will tirou do malão uma camiseta preta e uma calça da mesma cor, assim pareceria um trouxa.
— Will — O rosto de Jack estava sério — Precisamos conversar. Você tem ideia de que...de que...vamos ver Victor Krum!?
Will não conseguiu segurar o sorriso.
— Vamos ver Victor Krum! — Repetiu.
Depois de trocarem de roupas e colocarem vestes semelhantes à de trouxas, os dois desceram para o café da manhã. Will se serviu de duas torradas e tomou um ótimo café preto.
— Vou levar dinheiro para compra três Onióculos — Contou o Sr. Stuart levando o café até os lábios.
— Onióculos? — Repetiu Will.
— Binóculos de latão Mágicos — Explicou o Sr. Stuart — Vão nos ajudar a observar melhor a partida. Quais será os mascotes dos times?
Will ergueu os olhos, pensativo. Talvez...Mascotes da Irlanda e da Bulgária...
— Leprechauns e Veelas! — Disse confiante.
— Concordo com o Will! — Disse Jack.
O Sr. Stuart sorriu olhando o relógio da parede.
— Nessa hora, Ludo Bagman já deve ter feito um montão de apostas. Coitado dele. Ele vai perder tudo, sabe?
— Quem? — Perguntou Will.
— Ludo Bagman é um ex-batedor. Agora trabalha no Ministério da Magia. Ele é quem vai narrar o jogo — Jack contou.
— Vamos ver...— O Sr. Stuart se levantou e puxou para perto de si uma grande mochila — Sim, já peguei a barraca para casa passarmos a noite. Vamos, garotos?
Will e Jack se ergueram rápido demais. Os três saíram da escada e começaram a caminhar pela estrada.
— Aonde estamos indo, Sr. Stuart?
— Vamos buscar a Chave de Portal. Fiquem de olhos abertos é uma meia branca rasgada.
Will sorriu.
— Para que os trouxas não peguem? — O Sr. Stuart respondeu com um sorriso.
O Sr. Stuart parou em uma praça que havia no fim da estrada. Will, Jack e o Sr. Stuart começaram a procurar a meia rasgada por todo o parque. Eles passaram aproximadamente quinze minutos para, então, Will gritar:
— Aqui! — Ergueu a meia para cima.
— Maravilha! — O Sr.Stuart pegou a meia da mão de Will. Ele olhou para o relógio do pulso e murmurou: — Falta um minuto...meninos, encostem na Chave de Portal.
Will e Jack seguraram a meia junto com o Sr. Stuart. O adulto do grupo começou a contar.
— 10...9...8...7...6...5...4...3...2...1...agora!
Will teve a sensação de que um gancho dentro do seu umbigo fora irresistivelmente puxado para a frente. Seus pés deixaram o chão; ele sentiu Jack e o Sr.Stuart de cada lado, os ombros se tocando; todos avançavam vertiginosamente em meio ao uivo do vento e ao rodopio de cores; seu dedo indicador estava grudado na bota como se esta o atraísse magneticamente para a frente, e então...
Will caiu no mesmo momento que seus pés bateram no chão; Jack caiu ao seu lado, já o Sr. Stuart caiu e conseguiu manter o equilíbrio.
— Vocês estão bem, meninos? — Perguntou o Sr. Stuart.
— Sim — Responderam Jack e Will.
— Dez e nove chegaram do Parque Young! — Uma voz gritou ali perto.
— 'Dia, Basílio! — O Sr. Stuart perguntou.
— Bom dia, Charles! Não está trabalhando? Sorte a sua!
Will se levantou do chão. Ele estendeu a mão para o amigo e puxou Jack do chão.
— Basílio, acho que não conhece meu menino Jack. E esse é o amigo dele Will.
O tal bruxo Basílio encarou Jack e, depois, Will. A boca de Basílio se abriu; ficou encarando Will do mesmo jeito que as pessoas da escola: com medo. Medo se Sirius Black, o homem de qual Will puxou a aparência.
— Venham, meninos! — O Sr. Stuart guiu Will e Jack para uma imensa quantidade de barracas, montadas na ondulação suave de um grande campo, no rumo de uma floresta escura no horizonte.
— Uau! Quantos bruxos! — Exclamou Will. Nem em Hogwarts havia tantos alunos assim. Mas claro, aqueles bruxos vinham de todos os cantos do mundo; ali haviam bruxos que estudaram nas escolas bruxas de cada país. Um dos sonhos de Will era conhecer Ilvermorny, a escola de magia dos Estados Unidos. — Quanto magianfoi necessária para esconder isso dos Trouxas?
— Muita, Will. Muita.
— Olhem! — Jack apontou para um local, onde havia várias barracas que foram decoradas com posters de um adolescente com um rosto muito carrancudo com grossas sobrancelhas negras.
— Victor Krum! — Will e Jack exclamaram juntos.
— Onde será que a Luna 'tá? — Will olhou para todos os lados à procura da amiga.
— Lovegood? Eles estão aqui a uma semana, já devem estar no estádio. — O Sr. Stuart olhou o relógio — Está quase na hora. Venham, meninos!
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O filho de Sirius Black:William S. Black
FanfictionEra uma manhã normal no ano de 1993, quando William avista a grande foto de um homem na capa do Profeta Diário.