capítulo 4

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-Calma... Pelo que me disse não tem muito tempo pra arrumar um lugar pra ficar, quero que você e Kiraz fiquem no apartamento ao lado até o tempo que precisarem. -Disse Melo sorrindo.
-Não posso aceitar Melo, o quartinho já seria bem difícil pagar e um apartamento então é impossível. -Disse Eda apreensiva.
-Vamos fazer o seguinte, eu trabalho em um salão de beleza bem próximo daqui e estão precisando de uma faxineira, se você quiser posso dar seu nome. -Ofereceu a morena.
-Está falando sério Melo? -Perguntou Eda sorrindo. -Eu nem sei como agradecer... Mais, não tenho com quem deixar Kiraz... -Disse Eda um pouco triste.
-Bom, tem uma creche aqui pertinho e ela pode ficar lá. -Sugeriu Melo.
-Kiraz não está acostumada a ficar sem mim, mais vou conversar com ela, explicar... -Disse Eda sorrindo. -Obrigada Melo eu nem sei como agradecer... -Abraçando a mulher.
-Não precisa Eda, eu tenho certeza que vamos nos dar muito bem. -Disse sorrindo.

Eda se despediu das pessoas que a ajudaram no bairro e partiu rumo a seu novo lar. Era um apartamento pequeno de um quarto, sala cozinha e banheiro, cômodos bem pequenos.

-Mamãe quelo a foto do meu papai aqui... -Disse Kiraz tentando colocar o porta-retrato em cima da mesinha.

Era uma foto em que Serkan aparecia com seu sorriso mais lindo, Eda recortou da revista e colocou no porta-retratos. Nunca escondeu da filha quem era seu pai, mais não tinha intenção de dizer a ele que tinha uma filha.

-Tudo bem meu amor vamos deixar aqui... -Colocando na mesinha. -A mamãe precisa conversar com você agora minha anjinha... -Disse Eda sentando a filha em seu colo.
-Tá blaba comigo mamãe? -Perguntou a garotinha de cabeça baixa.
-Não meu amor... -Disse Eda dando um beijo na filha. -A mamãe não está brava com você... A mamãe conseguiu um serviço. -Disse Eda sorrindo.
-Obá! Quelo aquela bonequinha que toca musiquinha mamãe... -Pediu Kiraz com os olhinhos brilhando.
-Quando a mamãe tiver o dinheiro ela compra pra você... -Acariciando os cabelinhos escuros. -No lugar que a mamãe vai trabalhar você não pode ir meu amor... -Explicou Eda séria. -Por isso a mamãe vai te deixar num lugar bem legal, cheio de crianças e brinquedos.
-Não mamãe... -Disse Kiraz apertando a mãe. -Quelo voxe... -Disse a menina chorando.

-Meu amor não chora... -Disse Eda chorando e apertando a filha. -É rapidinho, e a mamãe vai buscar você correndo...
-Não mamãe... Eu pometo não bincar na água mamãe... -Pediu Kiraz com os braçinhos em torno do pescoço da mãe.
-Olhe pra mamãe Kiraz... -Pediu Eda segurando o rostinho da filha. -Escute o que a mamãe vai dizer minha querida... -Começou Eda enxugando as lágrimas da menina. -Se a mamãe não trabalhar não vamos poder ter uma casa grande e bonita com um cachorrinho, e nem aquela boneca grandona que você viu na loja... -Explicou Eda olhando fundo nos olhos azuis. -Vai ser bem rapidinho minha pequena, a mamãe vai voltar de tardinha pra buscar você... -Abraçando a filha.
-Mais quelo voxe... -Disse Kiraz se aconchegando a mãe.
-Eu sei a mamãe também quer muito você... -Balançando a filha. -Mais você promete tentar? -Perguntou sorrindo.
-Pometo... -Disse antes de fechar os olhinhos.

Depois de um longo e entediante dia de trabalho Serkan foi ao restaurante onde ficou de se encontrar com Selin, lá estava à loira com um vestido verde super provocante. Ela e Serkan vinham saíndo juntos durante muito tempo, mais isso não impedia Serkan de procurar outras mulheres.

-Oi amor... -Disse Selin lhe dando um beijo.
-Boa noite Selin, e então você vai mesmo viajar com sua mãe? -Perguntou Serkan sorrindo.
-Vou sim... -Pedindo um champanhe. -Porque, vai sentir saudades Serkan? -Perguntou à loira colocando a mão sobre a dele na mesa.
-Claro que sim chaveirinho... -Disse ele com um sorriso irônico.
-Odeio esse apelido Serkan... -Disse ela virando o rosto.
-Mais é carinhoso querida, você é meu chaveiro preferido. -Disse ele bebendo um gole de vinho.
-Deve ter tantos não é Serkan? -Perguntou enciumada.
-Eu não fico perguntando a você quantos machos esconde debaixo da cama... -Disse ele sorrindo com deboche.
-Você é tão rude às vezes... -Se queixou ela.
-Se não gostasse já tinha dado no pé... -Disse ele sorrindo. -Vamos ao que interessa, eu marquei esse jantar pra esclarecer algumas coisinhas...
-Esclarecer o que? -Perguntou ela desconfiada.
-Não vai haver casamento Selin... -Disse direto.
-Serkan eu sei que não é o momento agora mais...
-Nem agora nem nunca, eu não tenho o menor desejo de me atar a uma mulher a vida toda, não quero uma mulher me vigiando o tempo todo, chega a me dar alergia pensar nessa prisão que é chamada casamento... -Disse ele se coçando.
-Serkan isso é uma doença...
-Talvez seja mesmo, então procure alguém que queria se algemar a você Selin. -Disse ele sério.
-Está querendo dizer que está tudo acabado? -Perguntou ela pasma.
-Não está tudo acabado... Porque nunca começou. -Disse ele olhando direto pra ela.

Nossa Serkan!

Meu destino é te amar Onde histórias criam vida. Descubra agora