Capítulo 20

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Boa Leitura! 

Eu quero é ele. Ele, ele, ele. É que não tem ninguém igual. É que não vai ter sentimento igual. É que não vai ter outra pessoa que seja assim, tão único, tão perfeito, tão, tão... sabe? Não vai ter, eu sei.

Clarissa Corrêa.

Levi Monteiro

Eu fui traído. 

Eu não imaginei que fosse ser tão fácil assim me enganar, mas pelo visto eu não sou tão bom quanto eu pensava. Na realidade eu achei alguém que é muito melhor e mais experiente do que eu nisso tudo. 

Eu sou um golfinho indefeso perto do grande tubarão que é Leonardo. 

Eu o subestimei e quase coloquei a vida dos que são fieis a mim em perigo, eu coloquei minha família em perigo e claro a minha noiva. 

Eu quase morri, levei dois tiros e por sorte estou vivo. 

-Chefe ele está com os dois. - fala Arnaldo vindo até mim mancando. - Ele vai levar eles para um lugar seguro. 

Quando eu percebi a emboscada, mandei Juvenal ligar para Norueguês para proteger Helen e Emílio. 

-Ele disse que o senhor Emílio matou o Gerson. - bom garoto.  

-Preciso falar com ela, mas agora não é seguro. - digo gemendo sentindo meu braço arder. - Precisamos sair daqui e ir pra casa. 

-Leonardo colocou homens em todos os lugares, chefe. - fala Juvenal. - Ele quer nos matar. 

-Ele quase teve sorte. - respondo me levantado da cadeira. - Khalil conseguiu ajuda pra nos tirar daqui? 

-Consegui um avião, eles vão nos ajudar a sair desapercebidos... Temos que ser cautelosos, Leonardo não está para brincadeiras e já está resolvido na casa do seu pai e tio. Os seguranças estão mortos, meu amigo fez o serviço. 

Eu tinha colocado seguranças que pensei confiar e por falha minha quase matei minha família. 

-Eu sou igual ele... Eu fui enganado como ele... - sussurro. - Faz o que tiver que fazer, mas precisamos estar em casa amanhã. 

[...]

Cinco da manhã eu tinha acabado de chegar em São Paulo, foi uma verdadeira guerra para entrar no avião e voltar para casa. Eu não tinha falado com Helen ainda e preferi assim, segundo meu amigo me disse ela estava muito agitada.

Uma coisa que o Norueguês é bom é em se esconder, por isso eu estava chegando numa casa que fica verdadeiramente no meio do mato. Tivemos que ir a pé para chegar até a casa, pois carro não passa. 

Apressado eu ando e vejo Henrik na porta segurando uma metralhadora na mão, ele relaxa ao me ver e abre a porta para nos entrarmos. 

-Como eles estão? - pergunto pra ele.

 -Eu sedei os dois, Emílio queria ir até o pai e Helen ameaçou ir junto... Tive que dar um remédio para eles dormirem, vão acordar só daqui umas duas horas. - ele olha pro relógio. - Isso dá tempo para resolvermos o que fazer. 

-Como está tudo? 

-Não temos ninguém. - fala Henrik. - Os que não se venderam para Leonardo estão mortos, o que temos agora é esse grupo aqui. 

Era eu, Henrik, Arnaldo, Juvenal e Khalil em quem eu poderia confiar. 

-Somos só nós. - murmura Juvenal. - Estamos fodidos. 

Levi - Amor e Recomeço - Família Monteiro - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora