Capítulo 22

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Boa Leitura! 

Levi Monteiro 

Foram sete meses longe da minha mulher, sete meses em que eu me tornei uma pessoa bem pior do que eu já era. Eu bebi muito, matei muito e trabalhei muito também em excesso, mas o que me deixava mais "em paz" é que eu não estava sozinho. Meu pai é um grande homem e toda magoa que eu poderia ainda ter dele, eu não sentia mais. 

-Eu já disse que foi isso que aconteceu. - explico para o detetive que estava aqui no quarto do hospital me interrogando. 

-Ele manteve a mulher dele refém, você a resgatou e ele fugiu? 

-Sim ele fugiu e agora é o dever de vocês o encontrar. - respondo tentando passar sinceridade. 

-Tem coisas que não batem... 

-Ai é seu dever, não meu detetive. - olho pra ele. - Eu só quero sair daqui e ir pra casa com minha mulher, de resto não é da minha conta.

 -Não está preocupado dele voltar? - pergunta me encarando. 

-Ele não vai. - sorrio. 

Ele estava morto e agora ele não fazia mais parte de nossas vidas. 

-Eu entro com contato se precisar. - fala ele se levantando da cadeira. 

-Como queria. - respondo e ele sai do quarto.

Eu só queria ver minha mulher e ir pra casa, só isso que quero. 

[...] 

-Levi. - Helen entra no quarto. 

-Oi coelhinha. - abro os braços. - Vem cá. 

Ela me abraça e chora, mas sinto que é um choro de felicidade por finalmente estarmos bem e juntos. 

-Eu te amo tanto, tanto. - ela funga. - Me promete nunca mais me deixar, promete pra mim que nada vai nos separar. 

-Eu prometo. - seguro seu rosto. - Eu te prometo que seremos muito, muito felizes. - beijo seus lábios. - Eu te amo, amo mais que tudo e sofri muito longe de você. E como está? Cuidaram de você? 

-Sim, estou melhor... Você tá com dor? - ela olha pra minha perna.

-Estou bem, logo isso passa. 

Seremos felizes e é algo que não abro mão. 

-Toc toc. - a porta é aberta por Emílio. 

-Entra Emílio. - peço. 

Ele se aproxima de nós devagar e vejo como seu rosto ainda está machucado, mas agora devidamente cuidado. 

-Como você está? - pergunta pra mim sendo abraçado pela mãe.

-Eu estou bem e você? Como está? - pergunto o encarando. 

Sei que o pai dele deve ter feito coisas que o machucaram nesses sete meses, vejo em seus olhos a tristeza por ter passado por tudo isso. 

-Eu vou ficar. - ele dá um meio sorriso. - Henrik está me ajudando. - seu rosto fica da cor de um tomate. 

-Já se pegaram? - pergunto sem papas na língua e Helen me olha rindo. 

-Que? Não! Ele... Não. - Emílio responde agitado. - Ele só me vê como amigo. - diz triste. 

-Eu não acho. - ele me olha confuso. - Ele sofreu bastante quando você estava longe, acho que é mais que amizade. 

Ele não responde, mas sei que coloquei uma pulga atrás da sua orelha. 

Levi - Amor e Recomeço - Família Monteiro - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora