Capítulo 21

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Boa Leitura! 

Me ame nas quedas.

Helen Leal 

Eu estava a sete meses trancada nessa fazenda e tudo que eu pensava era quando eu iria morrer, pois o que Leonardo tem se esforçado em fazer é me maltratar. Eu apanhava todos os dias e muitas vezes pela pessoa que devia me amar, minha irmã Joana vim sempre aqui jogar na minha cara sua vida de hoje. Ela dizia que Leonardo estava a tratando como uma esposa, que ele a amava e toda aquele conto que ela fantasiava. 

Coitada! 

Leonardo a usa e ela pensava que era amor, eu não sei bem o que ela fez, mas Leonardo mandou matar o marido de Joana que já estava mais pra lá do que pra cá. Quando eu e Emílio chegamos aqui nós ficamos juntos, mas Leonardo queria me ver sofrendo por o "trair" como ele mesmo fala. Eu o odeio! Ele é um ser desprezível e tudo que eu quero é me livrar dele, mas estou cada dia mais sem esperanças que Levi me encontre. 

Eu sinto tanta falta dele, tanta saudades e tento me apegar nisso e no pensamento do meu filhos estar sendo melhor tratado. Eu estou desmoronando aos poucos, estou definhando e não sei até quando aguentarei. 

Eu estava na casa do caseiro da fazenda que não tem caseiro, ele colocou grades na janelas, tirou os sofás, fogão, geladeira, tudo. Eu só tenho um colchão de casal que fica na sala onde dormo ou tento dormir. Eu estou suja, pois eu só tomo banho uma vez por semana, minhas roupas são um lixo e não me deixam usar sapatos. 

Eu não aguento mais isso. 

Já faz dois dias que não vejo Joana e segundo escutei os capangas conversando do lado de fora ela foi pra capital, mas pelo que ouvi agora pela manhã ela já voltou. 

Eu não comi direito e estou com o estômago doendo, minha boca está cortada pelo tapa que levei e minhas costas e nádegas estão doloridas e machucadas. Leonardo abusa de mim sempre que pode e me bater parece o fazer feliz, ele quer que eu volte pra ele, mas antes disso eu prefiro a morte. 

-Acorda! 

A porta é aberta bruscamente e por ela entra Leonardo, mas o que chama minha atenção é meu filho que é jogado no colchão. 

-Emílio. - eu o abraço chorando. 

-Mãe! - ele me abraça de volta chorando igualmente, ele está mais magro e debilitado.

-Que comovente! - Leonardo bate palma nos olhando. - Peguem ela. 

-Me solta! - um dos seus homens me agarra pelo braço. - O que vai fazer comigo? 

Sem me responder ele avança sobre mim e rasga meu vestido me deixando nua, eu tento me esconder, mas estou sendo segurada pelos braços. Quando ele aponta o celular pra mim, sei o que ele pretende fazer. 

-Porque tá fazendo isso pai? Para de nos maltratar, pare de ser esse homem. - grita Emílio chorando. - Mata a mim, me mata e acaba com isso. 

-Filho não diz isso. - eu olho pra ele envergonhada pelo meu estado. - A culpa é mim, tudo é culpa minha. 

-Sim, é culpa sua. - Leonardo grunhi. 

-Eu deixei você me ameaçar e arrastei Emílio pra essa vida ao seu lado. - solto. - Eu poderia ter fugido quando você largou Joana e disse que me queria como sua esposa. - eu riu. - Eu poderia ter desaparecido, mas eu sabia que dia menos dia você me encontraria. - dou de ombros. - Está com raiva de mim? Ótimo! Pegue a porra da sua arma e atira na minha cabeça, mas eu nunca vou dizer que te amo ou qualquer coisa que queira. Porque perde tanta energia conosco? Se não nos quer na sua vida, nos deixei livre para viver longe de você. Agora se quer me matar faça, só quero deixe meu filho vivo e bem. 

Levi - Amor e Recomeço - Família Monteiro - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora