Epílogo

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Boa Leitura! 

Mas cá entre nós, não havia como não me apaixonar por estes olhos.

A Última Carta de Amor.

Levi Monteiro 

E os meses foram se passando e minha vida de casado não poderia estar melhor, não era perfeito, mas ainda sim eu me considero o cara mais sortudo do planeta. Helen já entrou no último mês de gestação e tem sido bem desafiador para nós, mais para mim que sou pai de primeira viagem. Muita coisa mudou nesses meses e uma delas foi mudança de casa, eu cismei que nossa princesinha precisa de um quintal maior e consegui. Segunda mudança foi a partida de Emílio e Henrik, acabei descobrindo por ele que Elias pediu sua ajuda.

Eu achava bem arriscado tudo isso, mas prometi que não iria contar para Helen sobre isso, pois ela não pode ficar nervosa. Por isso eles foram embora tem sete meses, não falei mais com Henrik, só com Emílio que liga pra mãe sempre que pode. 

Eu espero que tudo de certo. 

-Oi filho. - meu pai sorri assim que chego na sua casa. 

-Tá um silencio isso aqui... - falo, pois minha irmã é uma pestinha. 

-Babi saiu com a pestinha. - fala rindo. - Quer uma cerveja? - pergunta. 

-Eu aceito. 

Vamos até a cozinha e depois voltamos pra sala, sento do lado dele tomando um gole de cerveja. 

-Que delicia. - falo. 

-Não bebe faz tempo? 

Quando Helen e Emílio foram sequestrados eu passei a beber muito, por isso depois que ela voltou eu tenho evitado muito e quase não bebo. 

-Faz uns cinco meses, mas eu tava precisando. - respondo. 

Eu não sou um viciado, mas gostei de dar uma segurado na bebida. 

-Eu dei uma segurada, pois depois do meu infarto... Tenho que me cuidar. - fala meu pai rindo.

-O que o senhor queria conversar comigo? - pergunto curioso. - Você me ligou ontem e fiquei preocupado, tá acontecendo alguma coisa?

Eu e meu pai estamos voltando a ter aquela relação de pai e filho, coisa que não somos a um bom tempo, desde a morte do Zion pra ser mais exato. Nem quando eu soube da sua profissão de matador e sobre não ser filho dele a gente se afastou tanto. 

-Eu e babi conversamos, depois de tudo que aconteceu e do que eu fiz... Eu gostaria de... Gostaria de saber se você aceita criar uma parceria com o seu velho pai. - eu fico o olhando quieto. - Eu quero abrir uma instituição para apoiar pais que perderam seus filhos ou que tenham filhos desaparecidos. 

-Jura? Eu super apoio pai. - falo feliz. 

-Eu não sei bem como será ainda, mas eu gostaria de ter você do meu lado. 

-É claro que aceito pai. - falo. - Eu nem sei dizer como o senhor ficou quando soube que Zion e eu fomos trocados, eu sei que amava o Zion e eu também. - abaixo a cabeça. - Eu aprendi a amar ele, mesmo que no fundo eu sentisse ciúmes por ele ser seu filho de sangue e eu não. 

-Você é meu filho, Levi. - toca meu ombro. - Pode não ser de sangue, mas é o menino que eu criei desde bebê, te vi andar e falar pela primeira vez... Eu te amo meu filho e nunca vou me perdoar por te culpar pela morte do Zion. Seu irmão deu um passo maior que a perna e acabou morto, não é sua culpa e nunca será. - minha garganta fecha. 

Levi - Amor e Recomeço - Família Monteiro - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora