A verdade é uma coisa tentadora, as pessoas vem a verdade como uma egoísta, uma dor profunda e um alívio ao mesmo tempo com só um sentindo.
Senhor Oliveira, um delegado da polícia federal nunca disse uma mentira, mas ele esconde algo profundo de mui...
Abri meus olhos encarando o teto da delegacia deitada em um sofá, acho que estou em outro escritório desse lugar.
___ que bom que acordou? Se lembra do que aconteceu? Você bateu a cabeça no chão.-- Nicolas se aproximou de mim, me sentei no sofá tentando recordar a memória.
Me lembro de tudo.
___ cadê o corpo? -- perguntei assustada, isso aqui já tá virando um filme de terror.
___ não foi encontrado.-- me levantei do sofá em choque.
___ como não foi encontrado Nicolas? Aquela mulher não ficou viva do nada e andou pelada na rua! -- o mesmo se aproximou de mim colocando as mãos nos meus ombros.
___ calma está bem? Enquanto a gente revira os outros lugares da casa alguém arrastou o corpo da mulher, eu e os outros policiais falamos com todos os vizinhos, mas eles não viram e nem ouviram nada nem hoje e nem antes, o que significa que aquele corpo foi posto lá na casa do Ronny.
___ em falar nele, cadê ele?
___ na sala de interrogatório, eu estava esperando você acordar, afinal de contas você é minha parceira.
___ posso morar com você até o assassino for preso? Nem acredito que fui escolhida no governo pra defender esse cara ou ela...
Minha relação com a federativa é conturbada, nem sempre são bonzinhos, já fui contratada só pra defender mafiosos e traficantes da PCC, por isso que eu falo que a justiça desse país é uma droga.
___ claro que pode bonequinha, vai ser um prazer morar com você, mas antes eu preciso que assine esse documento -- ele me deu uma pasta preta, abri, dentro dele já tem até uma caneta.
Assinei meu nome sem ler.
___ acho que fui idiota, esse documento é pra que mesmo?
___ pra você ter os passes livres pra ouvi os depoimentos e interrogar qualquer suspeito -- isso que está suspeito, mas confio no Nicolas.
Deixei o documento no sofá e saímos da sala indo até a sala de interrogatório que não é longe da que estávamos.
Entrei no lugar observando o Ronny chorando.
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___ o que vocês fizeram com ele? -- será que Nicolas bateu nele?
___ a vítima era irmã dele, passamos as informações pra Jéssica.
___ tá bom Ronny, fala tudo! -- me sentei na cadeira observando ele que me olha com tristeza, já estou sentou com pena -- primeira pergunta, por que você comprou aqueles broches que coincidentemente a vítima tinha? E você não falou nada pra gente...
___ eu não sabia que a mulher sem cabeça tinha um broche igual, tá!? Enquanto vocês estavam vasculhando as coisas dela eu estava vendo a cabeça que você jogou na janela!! Todas as coisas daquela mulher foram passados para Jéssica! Não tinha como eu saber se não já teria avisado.-- ele me parece sincero.
___ ok, mas porque você comprou esse broche? -- quem perguntou foi Nicolas.
___ os broches não eram pra mim, era pra minha irmã que chegaria de viajem hoje do mato Grosso do Sul.-- ele parou de chorar.
Estou começando a ligar os pontos.
___ acho que as mulheres que tem aquele broche sempre acaba morrendo, e elas São do Mato Grosso do Sul...-- vale me Deus.
Estou com medo? Estou, mas também estou adorando essa investigação.
___ Ronny infelizmente você se torna nosso primeiro suspeito, mas pra você ser ajudado por favor me passe a lista com endereço da casa de cada amiga da sua irmã e os nomes delas.-- essa investigação está cada vez mais difícil.
___ senhor...-- um policial abriu a porta preocupado.-- outra vítima encontrada, só que dessa vez são duas vítimas em dois lugares diferentes, uma escola e um cemitério.
Oh my good!!
___ onde a gente vai primeiro cemitério ou escola? -- perguntei ansiosa.
