Lembram-se quando eu disse que daqui pra frente é só pra trás? Então, é nesse capítulo que a merda começa a acontecer.
De volta ao passado
- Um Martíni por favor.
Lucien estava sentado na cadeira de bar dentro da galeria. A exposição estava linda, de fato, um quadro mais emocionante que o outro. Mas Lucien não estava com cabeça para isso agora, poderia se sentir culpado depois mas agora ele precisava muito encher a cara.
Quase sete horas e Azriel ainda não tinha chegado, não que O rei estivesse olhando para o relógio de meia em meia hora,não, longe disso. Mas achava uma tremenda filha da putagem o que o Illyriano estava fazendo.
Tinham combinado as seis em ponto, não era nada difícil chegar na hora combinada.
Esse pensamento o fez pensar o quão ranzinza Lucien estava.
Ao inferno com o bom humor. Se quiserem positividade que vão buscar em elétrons, hoje eu não to nem aí.
-Aqui senhor. - o bartender o entregou uma taça cristal e um sorriso bonito, mas não tão bonito quando o maldito illyriano que não saia de sua cabeça.- É por conta da casa.
-É muita gentileza.-tentou devolver o mesmo sorriso mas tem quase certeza de que falhou até nisso.
A verdade é que Lucien sabia que isso podia acontecer, essas coisas acontecem, faz parte da vida, o que ele poderia fazer?
Mas ainda doía pensar que não era ele o destinado do marido.
O que ele iria fazer? Lutar pelo casamento? Com que armas?
A verdade é que estou cansado de lutar. Cansado de ser um lutador. - pensou enquanto o o líquido descia rasgando sua garganta.
Você não deve de maneira alguma beber Lucien. - a voz de Dorian em sua mente fazia sua cabeça latejar.
Sabia que não deveria fazer isso e se arrependeu segundos depois que colocou o álcool na boca.
Lucien começou a olhar ao redor do espaço, as pessoas sorriam umas para as outras como se não houvessem problemas em sua vida. Todos muito bem vestidos, com joias exuberantes e roupas elegantes.
Ele particularmente vestia uma camisa preta que moldada bem seus músculos, blazer e calça cinza e uma lenço em tons quentes que moldava a frente do blazer. Seus cabelos estavam soltos, não teve tanta paciência para arruma-los.
Butucou os dedos no balcão enquanto passava os olhos pelo espaço, suas mãos estavam leves demais, tinha a impressão de estar esquecendo algo, mas não sabia de fato o que.
Seu olhar recaiu em uma parede a mais ou menos dez metros de distância, não na parede em si, mas no que estava próximo dela.
Azriel Vanserra, o encantador de sombras e mestre espião estava belíssimo, vestia um colete de gola alta e cortes restos tão escuro quanto o céu estreado,as ramas illyrianas tatuadas em seus braços fodidamentes musculosos estavam a mostra. Os sifoes presos um em cada mão davam a ele um visual elegante, ameaçador e sexy ao mesmo tempo.
Mas aí estava uma novidade.
O encantador de sombras não estava sozinho.
Lucien não conseguiu ver seu rosto já que o grão senhor da corte estival e sua enorme cabeça de tamarindo não facilitavam a visão.
Mas ela parecia ser bonita. Usava um vestido lilás solto, não usava um decote extravagante, na verdade era mínimo e delicado. Mas não passava despercebido as curvas de seu corpo.
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Corte da Irmandade
FantasyE se vinte anos depois da sua morte, a rainha dos vivos e dos mortos e segundo ela, a fêmea mais poderosa dentre os féericos, saísse das sombras com um único objetivo, pegar o que um dia teria sido dela? Ela queria e ela teria. Mas para isso precis...