Capítulo 12

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-Por que será que ele nos chamou?- pergunta Ayla assim que ela e seu irmão aterrissam no chão.

-Não sei, nunca tinha vindo pra cá antes.- respondeu Alec olhando para a paisagem, ele sabia que estava na divisa do centro da Diurna com o litoral, mas nunca viu nada parecido com aquele lugar.

A vegetação verde escura ondulava pelos morros ao redor de onde estavam, era escondido das pessoas mas não do Sol, ele acariciava a terra com adoração, não devia passar das duas horas quando chegaram lá.

Lucien havia enviado uma mensagem de fogo aos filhos pela manhã, solicitando sua presença nas coordenadas dadas no papel, a mensagem foi um tanto formal para o pai, fazendo com que os filhos estranhassem seu comportamento.

Vestidos e revestidos em couro illyriano e armas, os gemêos voaram até lá.

As coordenadas os levaram a um campo deserto, não tinha nada ali a não ser a vegetação e a presença do vento fresco, eles não viram e não ouviram ninguém, o que por instinto os deixou ainda mais em alerta, eles não estavam em condições normais, tudo aqui era muito, muito suspeito.

Eles ouviram passos de trás das árvores e não demorou muito para se posicionassem em posição de ataque, apenas esperando que o que fosse atrás da árvore saísse para fora.

- Ei! Vocês vieram.- Lucien acenou para os filhos enquanto caminhava em sua direção.

Com os cabelos bem penteados e presos em um coque baixo apareceu o rei. As vestes reais pareciam ter sido colocadas em segundo plano, já que Lucien vestia calça e botas escuras, uma blusa de linha creme e um sobretudo preto com bordados em ouro.

O macho anda em direção aos filhos com os braços erguidos em saudação, sorria abertamente para Ayla e Alec, de forma com que as dobras de sua boca se tornassem aparentes, era evidente que estava feliz.

-Pai?- exclamou Ayla enquanto era recebida e espremida em um abraço caloroso.

Lucien tinha os dois filhos em seus braços, o rosto amaçado contra suas cabeças e o calor familiar faziam seu coração se aconchegar. Poderia ir para qualquer canto da Terra, a qualquer hora e no meio de milhares de pessoas. Mas esse era o seu lar. O lugar que sempre desejará voltar.

-Senti falta de vocês crianças.- disse depois que desfez o abraço.- Vocês cresceram tanto. Estão a cada dia mais bonitos. Essa genética vocês puxaram a mim.- gargalhou com os filhos.

-Faz tempo que não nos vemos.- comentou Alec.

-Aconteceu tanta coisa...- Ayla direcionou um sorriso pequeno ao pai e um olhar singelo, Lucien retornou o gesto com a mensagem silenciosa: "Me chame quando quiser conversar querida".-Por que estamos aqui?

-Bom.- o sorriso do rei aumentou o tamanho – Eu trouxe vocês aqui para mostrar uma coisa. Seu pai e eu estavamos esperando o momento certo para contar e bem... esse parece ser o momento certo.

-A não.- Ayla arregalou os olhos.

-Vocês estão grávido?- Alec tinha as sobrancelhas arqueadas e boca entortada, uma careta realmente engraçada.

-O que? Não crianças, não. Eu não estou esperando um bebê.- Lucien começou a manear a cabeça enquanto olhava para o alto e mordia o lábio.- Mas não reclamaria caso acontece-se.

-Então o que você quer nos mostrar.

-Venham comigo.

Lucien os conduziu até o início da floretesta mata a dentro, caminharam por cerca de dez minutos, Alec percebeu uma diveridade incrivel de plantas e flores que nunca tinha visto antes até que o pai parou em frente a uma videira de folhas em correntes enormes de plantas. Formavam o tipo de umca cortina verde linda.

Corte da IrmandadeOnde histórias criam vida. Descubra agora