Capítulo 20

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-Amarantha.- a voz de Jurian saiu rouca enquanto passava os braços fortes na cintura de Vassa com a intenção de protege-la e tira-la da visão do fantasma de seu passado.

-É bom saber que não se esqueceu de mim Jurian.- um sorriso vampirico se arrastou pelos lábios da "rainha". – E ah, por favor, não se incomodem em se mexer.

Não conseguiam acreditar no que estava em sua frente. A fêmea responsavél pelos seus piores pesadelos em noites ruins, aquela que devastou e infernizou a vida de cada um presente naquela sala de maneiras que jamais poderiam mensurar. Aquela que a décadas foi dada como morta pelas mãos do homem que por cinquenta anos amaldiçoou, estava ali, bem a sua frente, mais viva e impiedosa do que jamais tinham visto antes.

-Como isso é possível?- perguntou Helion em um sussurro enquanto encarava Amarantha.

Ela estava de pé no centro da sala, com os típicos lábios vermelhos, vestido preto com detalhes alaranjados que refletiam conforme ela se movimentava. Os cabelos em tons ruivos escuros como sangue que manchava suas mãos. Pele esbranquiçada, em contraste com sombrios e poderosos olhos acastanhados, e uma face com maçãs das bochechas acentuadas, formando uma aparência felina.

Tão cruel...

- Olhe ao seu redor Helion quebrador de feitiços, nada é impossível. Mas vou poupar suas mentes ardilosas com teorias, Asmo.- ao lado da mulher de cabelos vermelhos uma fumaça prateada formou um arco, e dentro dele uma sombra encapusada saiu do mar de escuridão.

Seu rosto não aparecia, sua pele não estava exposta, mas os olhos, os olhos cor de âmbar e um sorriso branco afiado foram os únicos resquícios aparentes que se tornaram evidentes em meio a tanta escuridão. Foi o suficiente para que Vassa estremesesse e o coração de Lucien ficasse pesado.

Koschei.

- Você a trouxe aqui? Você tem noção da merda que fez?- gritou Cassian.

Koschei nada disse, apenas continuou parado ao lado da rainha.

-Mas que feio, não é assim que se recebe amigos tão antigos.

-Olha aqui Dona, eu não sei quem você é muito menos o que você quer. Mas vou te dar um conselho. Saia daqui antes que tenha um Deja-vu do seu pescoço sendo quebrado.- Adran se posicionou um passo a frente do arco, com a mão no cabo da espada no lado esquerdo de seu corpo.

- Você deve ser o sobrinho. - Amaranta imita o movimento do Illyriano, dando um passo a frente mas se limitando a olhar de solário para Rhysand.- Devo admitir que ele me lembra você Rhys, a língua afiada e a coragem parecem ser algo em comum entre os Illyrianos. Vejamos se essas são apenas as familiaridades que compartilham. -ela avançou em direção ao Illyriano mas foi parada.

A sua frente a história parecia se repetir, uma humana com olhos ferozes e postura eloquente a desafiava ao se colocar entre Amarantha e seu objetivo.

Mary se colocou em frente à Adran com a espada empenhada na mão direita em posição de ataque.

Amarantha sorriu para a criatura, mas seus olhos começavam a queima-la.

-Ouse encostar um dedo nele e garanto a você, que o que Feyre fez no passado a você vai parecer brincadeira de criança.

- Ela cheira como você Jurian. - a voz melodiosa fez os ossos da coluna do humano se arrepiassem- Tem o mesmo egoísmo e o cheiro nojento de humanidade que o maldito do seu pai.

-Ouse soltar mais um comentário sobre a minha família e será a última vez que vai usar a sua língua. - os olhos de Mary fervilhavam em direção a ruiva-  Vadia maluca.

Corte da IrmandadeOnde histórias criam vida. Descubra agora