[Obra Ativa] CAPÍTULO NOVO TODA SEMANA
Light Novel
Stay Alive conta a História de uma pequena sobrevivente, Maggie Charles de 10 anos. No mundo pós-apocalíptico tomado pelos mortos-vivos, e sobreviventes crué...
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Estamos caminhando já faz dois dias, o chão está quente, papai não quer parar. Andamos de dia, e descansamos alguns minutos a noite, para depois continuar a caminhada.
— Estou com sede. - Mayu diz secando a testa suada, ela fez um coque alto, mas está ensopado de suor, é nojento.
— E eu tô com fome, calor e com sede. - Reclamo.
Meu pai está arfando bastante, ele usa a ponta da placa como apoio para caminhar.
Olho Mayu enquanto ele faz silêncio, acho que está nos ignorando. A nossa comida e água fica na bolsa dele, e só de vez em quando oferece um gole de água.
Mayu acaba surtando e puxando a bolsa dele.
— Ei! - Ele grita.
— Você não ouviu?! A gente tá com sede, tá quente pra caralho!
— Olha como você fala comigo! Eu já disse que precisamos economizar! Vocês duas acham que eu também não tô cansado, porra!?
— Então vamos parar, e descansar! Você ao menos sabe para onde está nos levando? Eu não aguento mais caminhar!
— Vocês duas só sabem reclamar!
— Eu não disse nada além de que estava com sede, calor e fome! - Tento me defender.
— Tá bom! Vai! Bebam a água toda, comam essa merda! Mas depois não vem reclamar comigo que estão com fome e sede de novo!
Mayu aperta a bolsa com raiva e pega a garrafa de água.
— O que custa você ser mais legal com a gente? Hã? Nós também perdemos a mamãe, a gente tá na mesma situação! Precisamos de você, e você tem tratado a gente mal desde que essa merda toda começou! - Ela desabafa abrindo a garrafa.
Papai não diz nada, ele volta a caminhar.
— Argh!💢 Fala sério... - Ela reclama mais uma vez indignada.
— Ei me dá água também.
Olho a Mayu tomar uma grande quantidade de água, e me dar o resto.
— Ei! Você exagerou! - Olho a garrafa.
— Cala a boca, a gente vai achar água em algum lugar. - Ela arruma a bolsa nas costas e volta a caminhar.
Eu bebo a água quente até a última gota, e guardo a garrafa na minha mochila, na esperança de que ela esteja certa. Papai agora está andando mais distante de nós, ele parece querer ficar sozinho, eu entendo o lado dele, mas ele não está ferrado sozinho...
Caminhamos por mais algumas horas, o sol está beirando a tarde e tá cada vez mais quente.
— Olha Maggie! - Mayu se vira para mim sorrindo. - Encontramos um posto de gasolina, tem um mercadinho.
