Six Zombie

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Meu pai olhou a cabana a distância, estávamos escondidos atrás de um arbusto grande o suficiente para esconder nós três

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Meu pai olhou a cabana a distância, estávamos escondidos atrás de um arbusto grande o suficiente para esconder nós três.

— Muito bem, tem oito daquelas coisas na frente da porta, vamos atrair um por um pra cá. Você entendeu? - Ele disse a Mayu e ela assentiu.

Abri um pequeno buraco entre as folhas do arbusto e olhei aquele grupo de perdidos, batendo incansavelmente na porta. Alguém devia estar ali dentro, ou algum outro comedor que fez barulho, e agora pensam que tem carne fresca.

— Tá bem. Maggie fica aqui abaixada, não faça barulho. - Mayu disse enquanto meu pai pegava uma pedrinha do chão.

— Tá bem, não vou sair. - Assenti.

Não tinha nenhuma intenção de ficar cara a cara com um bicho daqueles novamente. Ainda me lembro do bafo e do cheiro da morte, bem próximo ao meu rosto.

Em circunstâncias normais, nenhuma pessoa conseguiria comer nada, por causa de todo o contato que tínhamos com cadáveres. Mas agora, com a fome e o estômago devorando a si mesmo, qualquer um consegue comer desesperadamente. No final, acabamos não sendo tão diferentes desses mortos que andam por aí.

Meu pai jogou a pedra em um dos comedores, que se virou para trás. É engraçado pensar como eles sentem pequenas coisas como essa, será que eles sentem dor? Mesmo depois da morte?

O devorador deu alguns passos na nossa direção. Meu pai cravou a ponta da estaca entre os olhos dele. Mayu puxou o cadáver para o mato, e tapei o meu nariz. Ele fedia tanto! Estavam cada vez mais fedidos...

— Eca... - Cochichei resmungando.

Meu pai jogou outra pedra em outros, e dois vieram de uma vez. Mayu apertou a lança respirando fundo e também enfiou a ponta afiada entre os olhos dele. Meu pai derrubou um dos que veio e puxou para o mato.

Fechei meus olhos tentando evitar continuar olhando para o rosto horrível daquelas pessoas apodrecendo diante de nós.

O caminho logo estava livre. Mayu olhou atenta ao redor e meu pai se aproximou da casa. Checaram os arredores minuciosamente e depois fomos até a porta dos fundos da casa.

— Olá, tem alguém aí? - Ele perguntou checando a porta.

— Se tivesse acho que saberíamos... - Mayu espiou pelo vidro escuro da janela e então se afastou bruscamente.

— Mayu? O que foi?... - Ajudei ela a levantar do chão.

— T-tem uma menininha lá dentro... - Ela disse hesitante, seus olhos estavam se enchendo de lágrimas lentamente.

Meu pai suspirou triste e olhou lá dentro. Aquela foi a primeira criança que eles haviam visto em tanto tempo. Eles sabiam o que isso significava, mas eu não.

T.W.D - 𝙎𝙩𝙖𝙮 𝘼𝙡𝙞𝙫𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora